SEIS

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Karim Benzema

Cristina me presenteava com uma bela visão da sua bunda enquanto sua língua úmida percorria sobre meu abdômen em direção a minha virilha.

Que delicia de mulher!

Suas pernas estacionaram em cada lado do meu corpo. Um sorriso sapeca brilhou em seus lábios. Tina sabia o que fazer e o fazia muito bem.

Depois da estupidez de Farid, tudo que fiz foi trazer Tina para minha cama. Tina era diferente. Era doce, mas atrevida. Ao contrário das mulheres que eu paguei na vida para uma noite quente de prazer, Tina era diferente. E não digo isso só pela colisão de corpos. Tina era mesmo especial. Seus olhos puxados e seu cabelo iluminado feito seda me deixava sem saber o que ela era de fato: um anjo bom ou um anjo mau, mas sei que era um anjo.

– Ainda pensando em Farid? – seu indicado deslizou gostoso sobre meus lábios feito carinho.

– Farid? – sorri, irônico, tentando recorrer as lembranças do meu irmão mais velho.

Ele me pagaria por aquilo.

– Sim. Ou existe outra pessoa que possa estar em seus pensamentos neste momento, docinho?

Meus ouvidos capturam aquele apelido carinhoso e meu humor mudou. Instantaneamente.

Era como se ela estive ali na minha frente. Como os velhos tempos.

– Docinho, Tina?

Gargalhei, impressionado e ao mesmo tempo surpreso.

Quando dei por mim, eu já havia tirado seu corpo sobre o meu. Seus olhos me fitaram confusos enquanto minha mente fuzilava as malditas e deliciosas lembranças de Clair.

Porque agora meu Deus???

– Não gosta? – Cristina parecia mesmo interessada em saber a resposta.

– Qualquer homem gosta. Seria mentiroso se dissesse que não gosto. Mas, convenhamos que não seja convencional usar tal expressão em termos profissionais.

Ri, preocupado.

– Não vejo problema, docinho.

Tina raspou a ponta do seu mamilo sobre meu tronco ao se serpentear sobre mim, fazendo todo meu corpo se arrepiar com seu ato provocador. Segurei pela base da sua cintura, girando nossos corpos sobre o colchão.

Tina sorriu levada.

Por um mísero segundo vi o passado voltar a minha frente.

Por um mísero segundo senti a cicatriz esquecida dilatar em meu peito.

Aquela maldita cicatriz que Clair cravou em mim.

Clair foi uma explosão em minha vida. Foi meu primeiro amor. Cuidou, regou e colheu tudo que havia de mais amável em mim e me partiu ao meio quando não servi mais para ela me pedindo para seguir em frente sem ela, priorizar minha carreira no futebol. Carreira essa que é tão indefinida como uma partida.

Pedi.

Implorei que fosse comigo e tudo que ela me deixou foi uma carta explicando o motivo de sua partida e um coração destruído em meu peito. Mas eu a amava. Amava mais que minha própria vida.

Ainda assim eu a quis.

Quis minha Clair.

Quis a mulher que eu jurava ser minha e que agora estava noivo de outro rapaz.

Quis a mulher que me destroçou.

Quis Clair.

Foi como mergulhar em um oceano congelado: Clair me destruiu de um jeito irreparável.

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