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Carol on

Quando eu recebi a proposta de trabalhar em São Paulo não pensei duas vezes e aceitei, minha maior dificuldade lá foi a saudade do povo daqui. Meus pai nunca foram presente na minha vida, mas sei que posso contar com eles qualquer hora.

Tava morrendo de saudades do Rio, minhas amigas, baladas e praias que só o Rio tem. Óbvio que eu também tinha meus contatinhos, mas isso deixa em off.

Sai do banho enrolada na toalha e fiquei uns 5 minutos admirando o Ramon só de cueca deitado na minha cama mexendo no celular, senhor que eu não aguento uma cena dessas!

Quem vê essa carinha nem imagina que acabou comigo ontem a noite! Ri comigo mesma e fui até o meu closet, separei um vestido básico junto com uma sandália aberta e já voltei vestida.

Quando eu ia passando pela cama o Ramon me puxou pela cintura fazendo eu cair deitada por cima dele. Ele cheirou meu pescoço, coisa que fez eu me arrepiar todinha.

-Para, vamos chegar atrasados na faculdade! -Tirei o cabelo do meu rosto e dei um selinho nele- Vamos, já vai dar 7 horas e eu tenho aula 08:30.

- Foda-se a faculdade, tô mais afim de gastar meu tempo com você! -Aquela voz rouca no meu ouvido fazia meu juízo sumir em questão de segundos-

-Cê ta muito grudentinho ein, nosso lance é de puro interesse baby. -Ele me encarou por um tempo e depois me soltou, olhei pra ele sem entender- Oux, Que foi?

-Nada...nada não pô. -Ele se sentou na cama e coçou a cabeça- Vou tomar um banho, jaja a gente vai.

Ele levantou, pegou suas roupas e foi direto para o banheiro. Sentei na cama ainda sem entender o motivo daquela reação dele e suspirei.

O Ramon foi o primeiro menino que eu fiquei quando entrei na faculdade e assim como todas as outras garotas eu fiquei toda derretida e bestinha por ele, achando que um dia iriamos namorar, casar e sermos felizes para sempre.

Esse sonho de princesa acabou quando eu vi ele pegando uma menina na minha frente. Óbvio que eu fiquei super mal, mas também foi como um chá bem amargo de realidade pra mim. Percebi que eu estava criando um sentimento enquanto para ele era só um pega.

Depois disso a gente se afastou por um tempo, eu conheci gente nova, fui em várias festas e comecei a ser essa Carol que hoje eu amo. Depois nós voltamos a ficar e era meio que uma amizade colorida, para os dois.

Toda vez que eu vinha ao Rio nós ficávamos e para mim estava ótimo dessa forma, eu tinha meus contatinhos em Sampa e tinha os aqui no Rio, com o Ramon sendo um dos favoritos.

Quando eu voltei de vez eu sabia que ele iria naquela festa, não demorou nem 10 minutos e uma amiga minha avisou que ele tinha chegado. Depois daquele dia a gente não se desgrudou mais.

Eu dei um tempo com os contatinhos de São Paulo e ativei alguns daqui, se eu e o Ramon resolvêssemos dar um tempo chupando dedo é que eu não iria ficar.

Nisso eu conheci o grupo de amigos dele as meninas foram super um amor comigo e os meninos também. Eu e a Luísa nos aproximamos bastante e eu morria de rir das histórias dela com o Felipe.

Saí dos meus pensamentos quando o Ramon parou na minha frente já todo arrumado e cheiroso. O Ramon vestido todo de branco era um pecado que dava gosto de cometer.

Fomos para faculdade no carro dele e em silêncio, aquilo estava me incomodando horrores por que ele sempre foi de ficar conversando ou tirando piadinhas.

Assim que chegamos eu desci e fiquei esperando ele. Entramos juntos e logo encontramos Diego, Milena, Lucca, Murilo e Luísa, o assunto óbvio que era o jogo do Flamengo de ontem.

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