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Duquesa Vera estava radiante.

Manter a postura, porém, era algo que ela conseguia fazer com maestria. Taehyung tentou copiar.

O Kim portava uma vestimenta pouco confortável para o dia ensolarado e quente; o tecido pesado de lã cor-de-rosa pastel foi feito por uma de suas camareiras, ele particularmente adorava muito aquela peça. No entanto, ela não parecia apropriada para aquela ocasião um tanto quanto específica.

A família Kim era prestigiada no reino de Busan por ser a principal encarregada do rei dentro do ramo de pesca e caça de baleias. A vila inteira, durante anos, teve que contar com os recursos dos Kim para sobreviverem, já que a côrte não podia fazer muita coisa em temporadas de caça e explorações nas outras províncias. Toda a população estava se preparando para o início do equinócio da primavera, pois era a melhor época de todas. A família Kim sempre preparava festas, bailes, festivais — também hospedavam viajantes de outras províncias a fim de estabelecerem um bom vínculo com as populações. O rei apoiava, todos apoiavam; Tae podia ver os ômegas interesseiros passando para lá e pra cá, só na espera dos alfas que chegariam.

O sol quente e vento fresco era a ambientação do grandíssimo jardim composto por mesas e toalhas brancas, tudo milimetricamente enfeitado pelas cores do brasão e flor da família Kim: laranja, dourado e branco. O cheiro permeava no ar, os mais diversificados aromas junto com a flor utilizada na família; gardênias.

Taehyung sabia que logo mais os aromas mudariam com a chegada dos estrangeiros; não só pela maioria ser alfa, mas também pelo ambiente que eles estavam habituados em suas respectivas terras. Cada um carregava sua característica e herança do lugar de onde veio; Taehyung, por ser um ômega que nasceu em terras litorâneas, não era tão resistente aos climas frios. Exalava energia com sua pele beijada pelo sol e cabelos loiros; tal beleza muito bem exibida por sua família — principalmente, sua mãe.

— Kim Taehyung!

E por falar nela...

O ômega sentiu sua mãe aproximando-se um tanto quanto apressada. Mesmo com pressa, ela exalava elegância e postura firme carregando os tecidos pesados do seu longo vestido amarelo. Definitivamente, amarelo não era uma cor que combinava com a aura alfa de Kim Vera, mas Taehyung sabia que ela só estava usando daquela cor porque era a demanda do dia especial. Por ser a matriarca alfa da família, Vera tinha o dever de receber todos e agir como uma verdadeira hospedeira anfitriã.

— Você tem que ficar na mesa principal, sentado com os outros ômegas — ela disse, olhando ao redor antes de pegá-lo pelo braço. Não com a força de uma alfa, mas com a autoridade de uma. — Está parecendo um oferecido aqui em pé, sozinho!

— Mas, mãe — O ômega não deixou de resmungar levemente, contrariado. — Está muito calor e essa roupa fica desconfortável quando estou sentado.

O porto da baleia | tae.kookOnde histórias criam vida. Descubra agora