Dripping Blood

2. Insadong

Sede de Diamond

10:36

— Bong e Chin, vocês estão prestando atenção? — Batendo as mãos na mesa, Wonsik disse para os dois, que eram considerados os melhores da gangue, depois de seu chefe, claro. Os dois se assustaram e deram um pequeno pulo, dedicando agora toda a sua atenção para o chefe.

— S-sim, senhor. — Bong respondeu, enquanto espalitava os dentes sem motivo aparente.

— Eu preciso que os dois apareçam no beco perto de Insadong. Vocês precisam ser muito discretos e atentos, ele não pode estar acompanhado e muito menos ver vocês, não podemos chamar atenção. Essa missão não pode ter um erro sequer. — Wonsik os observou depois de mostrar o trajeto que Jimin faria depois de sair das ruas de Insadong e fazer suas compras na feirinha local, como costuma fazer.

— Mas senhor, o senhor Park é um dos mais perigosos. Se der merda, quem vai se foder seremos nós. — Chin apontou sério, preocupado com o que Jimin poderia fazer com eles caso dessem o menor dos deslizes.

— Temos o plano perfeito, só dará errado se um dos dois paspalhões fizerem merda. E não chame Park de senhor, quem precisará implorar pela vida será ele, não um de nós. — Wonsik avisou raivoso, sem assustar ninguém que estava ali, por já conhecerem seu jeito temperamental.

— E quando faremos? — Bong perguntou curioso, apesar de seu medo, fazer Jimin perder tudo o que tinha era uma das vontades de todos ali, eles se tornariam a maior gangue dali sem ter ninguém os atrapalhando em suas vendas.

Wonsik respirou fundo enquanto pensava em como seria ter Park Jimin, seu maior inimigo, amarrado à sua frente sem poder se defender. As inúmeras coisas que ele poderia fazer com Jimin passavam como um turbilhão pela sua cabeça um tanto perturbada. As coisas que ele diria para Jimin, as chantagens, as torturas, o dinheiro que poderia tirar dele. Ele finalmente teria a vingança que tanto esperou.

— Em breve.

Casa de Jimin

13:03

— Mas que porra? — Jimin exclamou ao ter os olhos ofuscados pela luz do celular acendendo em seu quarto escuro, viu as vinte e sete ligações perdidas e sessenta e três mensagens por Taehyung. Preocupado, ligou instantaneamente para seu melhor amigo — Taehyung? O que aconteceu? Ta tudo bem? Onde você ta? — Jimin levantou da cama com um pulo correndo até seu guarda-roupas procurando a primeira camiseta à sua frente para se vestir.

— Jimin, eu tô te ligando desde meio dia e você só acordou agora? Eu tô morrendo de fome, vamos almoçar naquele restaurante que inaugurou mês passado, você sabe que eu quero muito ir lá, mas só vou com você. — Taehyung disse impaciente do outro lado da linha fazendo Jimin suspirar frustrado e desacelerar o que fazia.

— Caralho Taehyung que susto, você tá louco? Você sabe que eu não penso duas vezes antes de matar alguém por sua causa. — Jimin sentou na cama passando sua mão livre pelo rosto e tentou acalmar a batida descontrolada de seu coração.

— Awn, obrigado pela declaração, foi lindo, mas meu estômago não enche com amor, Jimin. Você demorou tanto que vim para Insadong sozinho fazer compras, mas estou morto de fome. Se você levantar essa bundinha linda e vier rápido ainda podemos comer juntos. — Jimin bem que pode ouvir outras pessoas falando perto de Tae e uma barulheira no fundo.

— Tudo bem, chego aí em meia hora.

— Meia hora? Até lá já vão ter que recolher meu corpo morto do chão. Minha glicemia já tá abaixando. Ah, a tontura tá começan-