delírios da quarentena

8 3 0
                                    

Eu disse que te amava na presença de telhas marrons
te beijei entre areias e estrelas
me entreguei dentro de concreto e cimento
sobre lençóis finos
luzes rodeavam nós
as luzes estão aí
carros nos esperam
nada nos atrapalha
não me diga que não é nada
eu sinto nos ossos
o que não é nosso
vamos furar a quarentena
fazer valer a pena
transar a noite inteira
fazer besteira
o amanhã que lute
vem aqui
me leva
vamos
o amanhã não existe
vivamos o hoje
somos jovens e precisamos errar
ao menos ainda podemos nos amar...

A melancólia da paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora