Fiquei por alguns instantes olhando para ele, com certeza estava me enganando. Todos os homens são assim: primeiro dizem estar apaixonados e depois estragam tudo.
- Eu não sei o que dizer.
- Entendo. Bom, eu acho que já vou então... - disse ele, se levantando.
- Espera. - estendi a mão, pedindo que voltasse. - Precisamos conversar.
Interessado em minha proposta de conversa, Sermen voltou e sentou, animado.
- Eu não sei se realmente está falando a verdade, mas já que teve a iniciativa de declarar isso, o que pretende ganhar pós essa declaração?
Minha pergunta deixou Sermen vermelho, mesmo demonstrando ser um cara forte e a frente de alguns que conheci, minhas perguntas causava desconforto.
- Eu não sei. Faz muito tempo que não se apaixono por alguém. Está sendo muito difícil pra mim estar aqui, falando tudo isso. Só queria ouvir um pouco de você, se sente o mesmo por mim.
Olhei para ele e fiquei por alguns segundos em silêncio. Não sabia exatamente o que estava sentindo.
- Preciso de um tempo para responder sua pergunta.
Sermen pareceu decepcionado com minha resposta, mas compreendeu.
O assunto se finalizou nisso, tomamos uma cerveja e como estávamos sem assunto, saímos do bar.
- Deixa que eu te levo em casa. - disse ele, abrindo a porta de seu carro.
- Não precisa. Eu pego um táxi.
- Aceita, por favor. - reforçou o pedido, com um olhar.
Admirava carros de luxo, principalmente BMWs, era lindos. Sentei no banco de trás para se sentir mais confortável. No caminho, tentei ficar em silêncio, mas ele não permitiu.
- Você gosta de que tipo de música?
- Não tenho preferência. Mas gosto muito de sertanejo.
- Aquelas sofrências?
- Sim.
- Ah, eu amo pop e música clássica. - respondeu, trocando de música em seu rádio. - Mas pra te deixar feliz vou fazer esse sacrifício de ouvir sertanejo.
Sorri, tentando finalizar o assunto.
- E a sua mãe como está?
Sua pergunta não parecia ser espontanea.
- Está bem. - respondi, desconfiada.
- E o trabalho, está gostando?
- Sim. Além do salário ser bom, consigo se distrair.
- Trabalhar sempre é bom. Tem hora que cansa, mas só ter paciência.
Pra ele era fácil, dono de empresas e milionário desde criança.
Sermen era um cara inteligente, ele sabia quando uma mulher estava apaixonada por ele, com certeza ele tinha percebido que eu não parava de olhá-lo. Ele também sabia que só não aceitei sentar no banco da frente porque não resistira caso fosse tocada por ele.
Como não tinha trânsito, chegamos em questões de minutos em casa.
- Quando estiver pronta para dar a resposta, estarei feliz.
- Pode deixar. - disse, se despedindo com um beijo no rosto.
Minha tia estava acompanhando tudo pela janela.
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Ajoelhou, vai ter que me amar.
RomanceGeisy está prestes a se formar em sua faculdade e não consegue pensar em nada além da formatura. Tudo em sua vida estava caminhando para a realização de seus objetivos, até conhecer o chefe de seu namorado. Sr. Sermen é um bilionário, CEO da empresa...