Namorada do meu funcionário

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Não prolonguei a espera desse encontro, queria me livrar logo de tudo que pudesse me agoniar. A formatura, o noivado e outros problemas estavam deixando minha mente cansada toda vez que pensava, tirar aquele homem de minha mente seria um descanso a mais.

Precisava ir na empresa sem que Daniel soubesse, escolhi um horário em que ele estivesse em casa. A ideia não foi muito boa porque ele ficou me ligando logo ao sair, então tive que deixá-lo no vácuo.

Escondida no jardim da empresa, vi Daniel passando por mim, apressado e preocupado porque não atendia as suas ligações.

Entrei com passos apressados, passei por alguns homens e tentei esconder meu rosto, fingindo estar entretida no celular, não queria que nenhum colega de Daniel me conhecesse.

Ao chegar na recepção, arrumei meu cabelo com a mão e tentando se manter calma, falei com a recepcionista.

- Boa tarde, será que poderia falar com Sr. Sermen.

Ao ouvir o nome de seu chefe, a recepcionista que aparentava ter 25 anos, tirou seu óculos e me encarou, demonstrando estar surpresa e ao mesmo tempo, desconfiada.

- O que você quer com ele?

- Nada. Só precisava conversar.

- Sobre?

Percebendo que ela estava sendo muito intrometida, não respondi.

- Posso falar com ele?

- O senhor Sermen está ocupado. Se encontra numa reunião muito importante.

- Ok. Volto depois. - sai, sem se despedir.

Prestes a passar pela grande porta da empresa, feita de metal e dourada como se fosse ouro, uma voz grossa e suave chamou pelo meu nome.

Assustada, olhei para trás e então vi Sermen, magnificamente vestido com um terno preto e uma gravata azul claro.

- Está me procurando?

- Sim. - confirmei, um pouco trêmula. A presença dele me deixava assim. Não entendia como ele sabia que estava ali por causa dele, talvez fosse autoconfiança.

- Venha, vamos até minha sala.

Meu olhar não negou que deseja ir até sua sala e ficar a sós com ele. A sala era gigantesca, tinha o mesmo tamanho de dois cômodos da casa de minha mãe. No centro, próximo da parede tinha sua mesa, cheia de papéis e do lado, uma cafeteira.

- Sente-se, por favor.

- Não, não precisa. É rápido. - disse.

- Certeza?

Fingi não entender a pergunta dele.

- Vim agradecer ao senhor...

- Não precisa de formalidade. - me interrompeu, sorrindo.

- Desculpe. Vim agradecer você pelo presente.

- Gostou do vestido?

- Ficou muito bom. Só não entendi porque me deu esse presente.

- Quis presenteá-la. Ficou ofendida? - perguntou, se levantando e bebendo café. - Quer café?

- Muito obrigada. Eu queria entender a intenção envulta nesse presente.

Sermen não pareceu estar surpreso com a minha desconfiança e sorrindo, se sentou, me olhando.

- Você quer saber ou provar?

Minhas bochechas coraram e então se encaminhei até a porta. Percebendo que o deixaria sozinho, Sermen me segurou pelo braço.

- Ei, me desculpe.

Ajoelhou, vai ter que me amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora