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Era um fim de tarde com brisas geladas que invadiam toda a Holanda. Dos países que havia visitado, poucos haviam me surpreendido pelo clima, nem mesmo quando visitei o Peru jurando ser recebido por ondas quentes e secas, o que foi um impacto já que não havia levado roupas suficientes para a mudança constante de temperatura.
Mas ali foi diferente, aquele dormitório era gélido, e o sistema de aquecimento não funcionava como deveria, mas felizmente o sorriso da senhora que havia disponibilizado minha instalação fazia tudo valer a pena. Sistemas de host family me apavoram por serem imprevisíveis.— Que história é essa de moinho de vento? — Luke me olhava confuso. —, eu não sou burro porque sei o que é um moinho de vento, mas...
— É uma lenda antiga dos pioneiros.
— Porra, resume!
— Meio que... Só existem dois amores na vida e um deles é a pessoa que você manter contato visual por mais de cinco segundos nos campos de moinho de vento da Holanda.
— Foda!
Luke é meu amigo desde que ele quebrou o meu nariz na terceira série. Éramos opostos e incompatíveis, até trocarmos sangue durante a aula de história e filosofia. Hoje em dia nos consideramos irmãos, mas na real é que funcionamos com as coisas que nos move. Desde a briga que tivemos, amadurecemos em níveis inimagináveis que consequentemente nos fez alimentar um estilo de vida em comum até nos levar ao mesmo curso, na mesma universidade, na mesma sala e então, no mesmo programa de intercâmbio de História e Filosofia. A disciplina que nos uniu.
Nosso tempo na Holanda não se estenderia por muito tempo até que decidissem nosso próximo destino. A Holanda nos pertencia e nós pertencemos aos pubs.— Você já fez contato visual com alguém nos moinhos, Luke? — debochei dele dando tapas em sua cabeça.
— Ainda não, mas depois dessa informação, eu vou acampar lá.
— E ser deportado de volta pra Vancouver porque acampamento ali é totalmente ilegal.
— Cala a boca, Tomlinson. Desde quando você resolveu ser ético? Nós reprovamos duas vezes nessa matéria - ele me olhava com desaprovação.
— Falando sério! Você sente falta de Vancouver? — perguntei.
— As vezes. Tipo, somos nômades. Eu sei. Mas as vezes sinto falta da calmaria gelada de lá.
— É... as vezes eu também - respondi fazendo uma careta.
— Platão dizia...
— Vai se ferrar, Luke.
"Platão dizia" era nossa piada interna que usamos sempre quando desejamos ironizar qualquer coisa que tenha credibilidade, principalmente se quiséssemos provar nossa seriedade. Luke e eu éramos fartos de momentos assim, completamente descontraídos da pressão que o nosso curso nos atormentava. Dois adolescentes desafiados pela cultura, isso era incrível.
Nós descemos nessa noite para um pub próximo, pedimos não sei quantas cervejas e dançamos aos clássicos holandeses como jovens insuportáveis mas que todo mundo compreenderia por sermos justamente jovens.
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Tulips & Greeks [larry stylinson]
FanfictionNa vida, nos apaixonamos apenas por duas pessoas. Nos moinhos de vento da Holanda, reza a lenda do primeiro contato visual, que se permanecido por cinco ou mais segundos, esta se prova ser uma das tais pessoas. Louis Tomlinson encontra seu até então...