𝔓𝔯𝔢𝔱𝔢𝔫𝔡𝔢𝔯-𝔰𝔢 𝔮𝔲𝔢 𝔞 𝔳𝔦𝔡𝔞 𝔡𝔬𝔰 𝔥𝔬𝔪𝔢𝔫𝔰
𝔰𝔢𝔧𝔞 𝔰𝔢𝔪𝔭𝔯𝔢 𝔡𝔦𝔯𝔦𝔤𝔦𝔡𝔞 𝔭𝔢𝔩𝔞 𝔯𝔞𝔷ã𝔬
é 𝔡𝔢𝔰𝔱𝔯𝔲𝔦𝔯 𝔱𝔬𝔡𝔞 𝔞 𝔭𝔬𝔰𝔰𝔦𝔟𝔦𝔩𝔦𝔡𝔞𝔡𝔢 𝔡𝔢 𝔳𝔦𝔡𝔞
- Tolstoi.Harry e eu não demoramos a pegar no sono naquela madrugada. Tinha sido um dia cheio e estressante demais, completamente comum se comparado a normalidade humana. Mas nem tanto se estivermos falando de um intercâmbio, onde a última coisa que se espere seja a sua reputação na universidade em jogo, uma bolsa de estudos na Europa prestes a ser guilhotinada, um drama adolescente gay, amizade em risco, um celular perdido e uma host mom internada. Eu tenho certeza que isso estaria além do comum.
Aquela noite, apesar de seus conflitos, tinha sido especial. Pela primeira vez na vida eu havia me permitido estar numa posição vulnerável até demais, e confesso, foi a melhor experiência da minha vida. Eu tinha uma certa noção de que os lábios de Harry eram macios, mas até ele me... desculpa. Não preciso dar detalhes, vamos continuar o relato.
A luz do luar iluminava a silhueta de Harry que projetava um belo esboço na parede e eu percebi o quão fissurado talvez eu fosse por projeções. Desde girassóis de Van Gogh, a sua Noite Estrelada na primeira vez que o beijei e enfim a projeção do seu corpo, colado ao meu e na mesma cama, após a melhor primeira vez da minha vida. Que curiosamente começou-se por uma projeção de um coração num espelho embaçado. Freud teria uma explicação para esse fenômeno repetitivo?
— Bom dia, sweetcheeks — Harry disse com a voz embargada de sono.
— Bom dia, babycakes — falei virando-me de frente para ele.
— Podemos ficar aqui deitados pra sempre?
— Sim — respondi dando um selinho nele. — Sabia que você dorme sorrindo?
— Você ficou me observando? — ele expressou um falso medo divertido.
— Não é todo dia que tenho Harry Styles deitado na minha cama. Então, sim. Te observei até pegar no sono — falei. — Que não foram mais que cinco minutos porque eu estava extremamente cansado.
Harry gargalhou.
— Eu acho que te cansei um pouquinho à mais, uh? — perguntou.
— Nada que não tenha sido válido — respondi. — Obrigado pela noite, Harry.
— Você devia agradecer menos.
— Hmm okay —, reagi. — E então... acho que precisamos visitar Anne, uh?
— Com certeza — concordou. — Acha que ela gostaria se levássemos tulipas?
— Acho que ela adoraria.
Ele levantou-se imediatamente e pegou suas roupas penduradas na cadeira da escrivaninha. Vestiu-as e me encarou com um sorriso tímido–corado, como se soubesse que ambos naquele momento estariam lembrando da madrugada, do coração no espelho embaçado, e da experiência.
Harry aproximou-se e depositou um beijo em mim.— Vou preparar alguma coisa pra gente — ele disse.
Decidi checar a caixa de entrada do e-mail, já que faziam dias com nenhuma movimentação ou comunicação da agência e muito menos da Universidade. Será que a este ponto eles estariam cientes da situação de Anne? Resolvi não esperar que resolvessem e fui atrás dos direitos de Anne e os meus como estudante.
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Tulips & Greeks [larry stylinson]
Fiksi PenggemarNa vida, nos apaixonamos apenas por duas pessoas. Nos moinhos de vento da Holanda, reza a lenda do primeiro contato visual, que se permanecido por cinco ou mais segundos, esta se prova ser uma das tais pessoas. Louis Tomlinson encontra seu até então...