Tulips & Greeks [larry stylinson]

Capítulo 6 - Starry Night

𝔄𝔠𝔥𝔬 𝔮𝔲𝔢 𝔞 𝔳𝔦𝔡𝔞 𝔤𝔬𝔰𝔱𝔞 𝔡𝔢 𝔣𝔞𝔷𝔢𝔯 𝔦𝔰𝔰𝔬 𝔠𝔬𝔪 𝔞 𝔤𝔢𝔫𝔱𝔢 𝔡𝔢 𝔳𝔢𝔷 𝔢𝔪 𝔮𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬; 
𝔱𝔢 𝔧𝔬𝔤𝔞 𝔫𝔲𝔪 𝔪𝔢𝔯𝔤𝔲𝔩𝔥𝔬 𝔢𝔪 𝔞𝔩𝔱𝔬-𝔪𝔞𝔯 𝔢,
𝔮𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔭𝔞𝔯𝔢𝔠𝔢 𝔮𝔲𝔢 𝔳𝔬𝔠ê 𝔫ã𝔬 𝔳𝔞𝔦 𝔰𝔲𝔭𝔬𝔯𝔱𝔞𝔯,
 𝔢𝔩𝔞 𝔱𝔢 𝔱𝔯𝔞𝔷 𝔭𝔯𝔞 𝔱𝔢𝔯𝔯𝔞 𝔣𝔦𝔯𝔪𝔢 𝔡𝔢 𝔫𝔬𝔳𝔬.
- Love, Rosie. 

   Nossa vida é feita de tempo, nossos dias são mensurados em horas, nosso pagamento mensurados por essas horas e nosso conhecimento é mensurado por anos. Nós aproveitamos rapidamente uns minutos para um café. Corremos de volta para nossas mesas, assistimos o relógio, vivemos de compromissos. E ainda eventualmente paramos para pensar se no fundo de nossos corações se esses segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas estão sendo gastas da melhor forma possível.

   Por que nós paramos de acreditar em nós mesmos? Por que nós deixamos fatos e imagens e tudo menos nossos sonhos guiarem nossa vida?
   Você me perguntava, Harry Styles. E eu nunca te respondi, pois eu me dava conta somente nos momentos que eu estava com você. Eu aprendi na prática e você foi o melhor tutor de todo o mundo. 
   Mas agora minha mente mudou. Nada mais é impossível, Harry. Estava lá o tempo inteiro, eu só não estava alcançando longe o suficiente.

— Sabe que as vezes eu me cobro por incoerência? — olhei para Harry e logo me distraí em devaneio.

— Por que? — ele me olhava confuso.

— Eu falo tanto de Jamie, mas percebe que você chegou da mesma forma? 

— Realmente, Louis. Você costuma ser sempre assim? 

— Para! Eu não fui influenciado por Jamie, só o Luke — respondi. — Mas eu achei você diferente, sei lá... A áurea!

— A áurea? — ele ria forçadamente. — E se eu for o traficante?

— Por isso você quer que eu fique na Holanda? Pra me contratar nos seus negócios?

— Acho que se eu fosse, iria te apoiar a voltar pra casa e com certeza pediria um favor. Entregar uma mala esquisita em algum lugar estranho —, ele levantava a sobrancelha enquanto falava e gesticulava seu plano.

— Acho melhor a gente parar de falar sobre tráfico e coisas do tipo aqui —, sussurrei disfarçadamente.

— Melhor. Bom, a sua vida vai mudar depois desse museu —, ele falava enquanto entrávamos na fila.

— Ah é? Por que?

— Você vai descobrir — ele falava ao tempo em que apoiou seu braço em volta do meu ombro.

— Por que nós sempre paramos em filas? É um tipo de fetiche nosso? — eu perguntei e nós rimos por descobrir que era um fato.

— As filas fazem a gente pensar, Louis! Foi por causa dela que você descobriu a função dos moinhos.

— E qual a curiosidade histórica de hoje? — perguntei.

— Sabia que Noite Estrelada foi pintada num manicômio? — ele perguntava me observando pelo canto dos olhos.

— Não! — respondi surpreso. — E qual era o diagnóstico dele?