Capítulo 7 - Regrets

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𝔖𝔢 𝔞𝔬 𝔪𝔢𝔫𝔬𝔰 𝔠𝔬𝔫𝔰𝔢𝔤𝔲í𝔰𝔰𝔢𝔪𝔬𝔰 𝔢𝔫𝔵𝔢𝔯𝔤𝔞𝔯 
𝔞 𝔦𝔫𝔣𝔦𝔫𝔦𝔱𝔞 𝔠𝔞𝔡𝔢𝔦𝔞 𝔡𝔢 𝔠𝔬𝔫𝔰𝔢𝔮𝔲ê𝔫𝔠𝔦𝔞𝔰 
𝔮𝔲𝔢 𝔯𝔢𝔰𝔲𝔩𝔱𝔞 𝔡𝔞𝔰 𝔫𝔬𝔰𝔰𝔞𝔰 𝔭𝔢𝔮𝔲𝔢𝔫𝔞𝔰 𝔡𝔢𝔠𝔦𝔰õ𝔢𝔰.

— Você tá todo sujo de grama — Harry gargalhava enquanto caminhávamos de volta para o carro no fim do dia.

— Harry, você lotou a memória do meu celular. Você tem noção?

— Você tá com vergonha — ele apontava para mim e voltava logo a rir — Você tá realmente sujo de grama!

— Harry, pelo amor de Deus.

   Em um dos escorregas de papelão, acabei por rolar em cima de um amontoado de grama. Esse era definitivamente o melhor dos vídeos da minha galeria, mas eu estava completamente avermelhado de vergonha. Levantar no meio das crianças e receber ajuda dos pais foi a maior das humilhações, enquanto Harry apenas se desmanchava de tanto rir.

— Seu cabelo — Harry tirava uns galhos e folhas restantes de mim segurando falhadamente seu riso. 

— Annelise vai amar lavar a minha roupa.

   Ele me olhou surpreso e com as sobrancelhas arqueadas.

— Calma. A Anne é Annelise? 

— Sim. Teve uma vez que eu e Luke estávamos tão bêbados que não lembramos o nome dela. Ficamos entre Jen e Pauline.

— Jen e Pauline é realmente semelhante à Annelise. Vocês deviam estar péssimos.

— Estávamos! Foi na noite que conhecemos Jamie —, falei. — Mas, não vamos falar sobre esses dois ingratos.

   Percebe-se que mesmo não querendo trazer o sentimento e os fatos envolvidos à Luke, eles estavam presentes? Isso acontece quando a importância é maior que os impedimentos. Nós dois crescemos juntos, éramos como irmãos. Meus esforços não eram suficientes para manter ele longe e racionalmente não tinha o porquê. 
   Negar o que nos nega é mais fácil quando encontramos conforto. Eu estava cansado das minhas obrigações com Luke, mas não percebia que a cada dia eu me prendia cada vez mais nele. 

   Harry assentiu.

— Eu vou dirigindo — ele tomou vantagem e nós apostamos corrida até o carro.

— Não! — gritei ao vê-lo entrar pelo lado do motorista.

   Algo sobre nós realmente importa, mas o que seria? É mais fácil destacarmos um entre um milhão? Somos realmente capaz de colocar um preço em nós se nem mesmo nós compraríamos? Minha analogia é, que se há um preço e há algo que realmente importa e talvez seja exclusivo, seria ignorância não expôr e transformar em algo inalcançável. Eu luto pela normalização das demonstrações de quem somos, das nossas vulnerabilidades e da evolução pessoal. 

   O que seria de Aristóteles sem os relatos de Platão e suas críticas interpessoais? Será que Platão teria a noção de que seus ensinamentos seriam tão significantes? 
   Harry me dizia que estes relatos eram como pergaminhos gregos. E Deus, como eu amei esta analogia. Porque é realmente esta a minha intenção. Mesmo não sabendo a importância disso tudo e não tendo a mínima noção de onde isso possa chegar, eu espero que eu possa iluminar através da minha auto análise. Meu eu, Louis Tomlinson.

   Eu amo relatos, mas este é meu preferido. Não sei a possibilidade disto viver para sempre, assim como pergaminhos gregos. Há vida neste relato como em todos nós, por enquanto. Até que a última pessoa leia e testemunhe a nossa história, Harry Styles. 

Tulips & Greeks [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora