não vai lembrar de nada.

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SABINA HIDALGO

Meu corpo se movia no ritmo da música eletrônica que tocava na enorme sala de estar. Eu havia me perdido de minha irmã e amigas, já fazia algum tempo. Desisti de procurá-las assim que começou a tocar CNCO. Eu amava essa musica e elas provavelmente estavam pegando alguém por aí.

Eu já deveria estar no meu quinto copo de vodka, e a bebida já não descia mais queimando. Parecia água.

Minha visão estava turva e eu tenho certeza que estava caindo no chão, quando braços musculosos me seguraram.

— Já chega de bebida para você. — Ouvi uma voz sussurrando no meu ouvido. Levantei a cabeça, lentamente, pois com qualquer movimento brusco, eu acabaria colocando toda a bebida que eu ingeri, para fora.

— Vai se foder, Urrea. — A voz era de Noah, ele está lindo. Idiota.

— Você sabe que eu não gosto de você. — Ele parecia muito bem, mas com certeza ingeriu alguma coisa. — Mas não ao ponto de te ver beber desse jeito e não falar nada.

— Eu sei me cuidar. — Eu com certeza estou falando tudo embolado, mas não me importo nem um pouco.

— Por favor, Sabina. — Ele se aproxima lentamente. O que diabos ele estava fazendo?

— Eu já... — Noah não me deixou terminar de falar. Ele me levanta em seus braços e começa a caminhar. — O que você está fazendo? — Grito, me debatendo.

— Sabina você mal consegue ficar em pé.

— Mentira. — Meus olhos, eu não estava conseguindo manter meus olhos abertos. Abram agora. — Seu cheiro é tão bom.

— Obrigada, Hidalgo. — Noah disse, risonho. — Vou fingir que você nunca disse isso, para não ferir seu ego quando você acordar amanhã.

— Mas você chega be... — Senti meu estômago embrulhar, então parei de falar.

— Está tudo bem? — Noah tinha um olhar... preocupado?

— Por que está fazendo isso?

— Isso o quê, Hidalgo?

— Me ajudando.

— Já disse que não gosto de você, mas não sou mal o bastante para te deixar beber desse jeito e não fazer nada. — Ele para em um dos vários quartos que a casa de Jason tinha, chutou a mesma com o pé e adentrou, comigo ainda em seus braços.

Noah só me soltou quando minhas costas pousaram no colchão macio. Ele iria se afastar, mas eu o detive.

— Vai me deixar aqui sozinha?

— Já fiz meu papel que era te trazer até aqui em segurança. — Ele tem um sorriso divertido no rosto. — A não ser que você me peça para...

— Fica. — Noah parece surpreso com as minhas palavras, ou palavra. Seus olhos se arregalam e ele começa a tossir.

— Tem certeza?

— Sim. Agora vem, deita aqui. — O que eu estava fazendo? Eu também não sei.

Noah retira seus tênis e me ajuda a tirar os meus.

— Você não vai se lembrar de nada, amanhã. — Essa foi a última coisa que escutei, antes de apagar em seus braços.

the perfect play - beauany; urridalgo.Onde histórias criam vida. Descubra agora