SABINA HIDALGO
Talvez eu e as garotas tenhamos nos empolgado um pouco nas compras. Eu não conseguia enxergar meus próprios pés por conta do tanto de sacolas que eu segurava. E, como a azarada que sou, em um momento de distração, acabo trombando com alguém. Minhas coisas voam para todos os lados e eu caio de bunda no chão.
— Aí. — Resmungo.
Olho para os lados a procura das garotas, mas não as encontro. Estranho, elas estavam bem aqui.
— Desculpe, deixe-me ajudá-la. — Diz uma voz bastante conhecida, eu poderia reconhecê-la em qualquer lugar. Os músculos do meu corpo se tencionam quando vejo Tyler em minha frente com a mão estendida.
Mais uma vez procuro as garotas, sem sucesso. O que resta é enfrentá-lo sozinha.
— Eu não vou nem dizer onde você deve enfiar essa mão. — Digo, me levantando. Ele tenta me ajudar, mas me esquivo do seu toque. — Não ouse encostar em mim.
Recolho minhas sacolas que com o baque acabaram caindo no chão e retiro meu celular do bolso com a intenção de ligar para Any. Tyler ainda continua a me encarar, então dou alguns passos para longe dele, mas o garoto me segue. Meu coração começa a acelerar.
Atende, Any.
— Você é uma dessas pessoas que guardam rancor, Sabina?
— Das pessoas que quase destruiram a minha vida, sim.
Eu continua a dar passadas para longe dele e ele continua me seguindo. Me viro, furiosa.
— Estou falando sério, Tyler. Saia de perto de mim ou eu não me responsabilizo por meus atos. E eu juro por Deus que eu acabo com você, toda a raiva que está me consumindo neste momento, eu vou descontar nesse seu rosto de merda.
Não sei em que momento aconteceu, mas antes que eu pudesse perceber suas intenções, eu já estava imprensada contra a parede e Tyler estava em cima de mim.
— Não fale assim comigo nunca mais. — O aperto que ele estava dando em meu braço já está começando a machucar. Faço força para sair de suas garras, mas ele é forte demais. — Pare com isso, Sabina. Porra, eu voltei por você, voltei para recuperar o que tínhamos.
— Você é louco... — Murmuro, meus olhos já estão cheios de lágrimas e eu me culpo por estar sendo tão fraca perante a ele. — Louco de achar que eu iria sequer pensar em voltar para você. Me solte, Tyler!
O aberto em meu braço aumentou. Fecho os olhos, respirando fundo.
— Eu disse para você me soltar! — Grito.
Volto a abrir os olhos quando não sinto mais o peso de Tyler me pressionando contra a parede. E também os arregalo quando vejo Sina em cima dele o acertando com sua bolsa.
— Nunca mais chegue perto dela, seu merda. — Grita, enquanto o acertava. Heyoon se juntou a ela, acertando Tyler no seu ponto mais sensível.
— Porra! — Grita em agonia. Adoro o som disso.
Percebo que já é a hora de parar quando as pessoas começam a se juntar ao nosso redor e começarem a filmar.
— Sina, ei, já chega! — A puxo para longe de Tyler, que está jogado no chão com as mãos protegendo sua parte íntima. — Ele não vale a pena.
— Ele tem sorte de que eu tenha esquecido meu canivete. — Diz ela e logo me abraça apartado. — Ele te machucou?
Quando abro a boca para respondê-la vejo que ela prendeu o olhar em meu braço, viro para ver o que é, está roxo onde Tyler apertou.
— Não foi nada, vamos embora. — Sussurro, mas Sina não se mexe. — Sina... Por favor.
— Any, não! — Ouvimos o grito de Heyoon e víramos a tempo de ver Any partir para cima de Tyler, o enchendo de chutes e socos.
— Nunca mais toque na minha irmã! — Grita.
Para conseguirmos tirar Any de cima de Tyler, tivemos ajuda dos seguranças que estavam ali. Depois de recolher todas as minhas sacolas e garantir aos seguranças de que Any não iria mais atacar o garoto que ainda continuava no chão, fomos embora.
— Me desculpa por ter te deixado sozinha, Sabi. — Minha irmã diz e me abraça apertado, sinto suas lágrimas molharem minha blusa.
— Ei, não chora. Está tudo bem, eu estou bem... Aí. — Gemo ao sentir Any apertar a parte machucada do meu braço.
— Ele fez isso? — Não respondo e isso já é o suficiente para ela. — Chega, vou mata-lo.
Heyoon impede de que Any volte para dentro do Shopping a segurando fortemente contra si.
Quando estamos novamente no conforto do carro de Sina, Heyoon vem logo me abraçar e me encher de beijos.
— Me desculpa, nos desculpe, ficamos distraídas e nem percebemos que havíamos nos distanciado de você. — Seus olhos também estavam cheios de lágrimas.
— Está tudo bem, juro. Obrigada por terem me salvado. — Brinco, arrancando risadas de Sina e Heyoon, Any continua séria.
— Bem, o dia começou bem e vai terminar bem. Vamos comer! — Any vira para Sina com uma careta engraçada.
— Sabe o que eu queria estar comendo? — Sina nega. — Queria estar comendo o Tyler... Na porrada.
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the perfect play - beauany; urridalgo.
RomanceOnde os irmãos Urrea's e as irmãs Hidalgo se odeiam, mas em uma noite de bebedeira Sabina acorda ao lado de Noah e Any ao lado de Josh. 𝐚𝐧𝐲𝐨𝐨𝐧𝐢𝐞 copyright © 2020 𝐛𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲 𝐚𝐧𝐝 𝐮𝐫𝐫𝐢𝐝𝐚𝐥𝐠𝐨 fanfiction