pulinhos animados.

3.4K 276 121
                                    

NOAH URREA

Os raios de sol que saíam das frestas da janela acabaram me acordando. Sabina ainda dormia tranquilamente ao meu lado, nossos corpos estavam grudados. No meio da noite a morena se agarrou em mim e eu não fiz nada para impedi-la.

Meu braço estava rodeando sua cintura e nossas pernas estavam entrelaçadas. Era bom estar assim com ela, o que era estranho, muito estanho. Eu a odiava, certo?

Sabina se remexeu ao meu lado e logo depois soltou alguns gemidos baixinhos. Ela estava acordado, é hora do show.

Abrindo os olhos lentamente, Sabina focou seu olhar em mim, franziu as sobrancelhas, olhou para nossos corpos entrelaçados, e gritou, gritou tão alto, que eu tenho certeza que sua garganta reclamaria depois.

— O quê... o que aconteceu? Por quê você está aqui? Por quê eu estou aqui? O que eu fiz? — Já com o corpo longe do meu, Sabina caminhava de um lado para o outro, com as mãos encravadas nos fios negros.

— Sabina se acalma... — Pedi lentamente, ela olhou para mim com os olhos arregalados. Eu estava me segurando para não cair em gargalhadas.

— Me acalmar? Noah nós acordamos juntinhos. — Ela fez gestos engraçados com as mãos, não me consegui segurar a gargalhada. — Isso é engraçado para você?

— Sim, muito na verdade. — Digo, enquanto secava algumas lágrimas.

— Noah, o que aconteceu? Nós...

— Não, meu deus, não. Você estava bêbada, eu nunca faria nada. — Olho indignado para ela. — Eu te trouxe para cá e você me pediu para ficar.

— Eu o quê? — Sabina caiu em gargalhadas. — Eu nunca diria isso.

— Pois foi o que você disse, acredite, eu não queria ficar aqui com você.

— Não gostou de dormir comigo, Nóe. — Decido não me irritar com o apelido.

— Na verdade eu gostei.

— O quê? — Sabina para de rir e me olha assustada. — Você é mesmo o Noah Urrea que eu conheço?

De repente senti uma súbita vontade de beija-la, Sabina era linda ao acordar.

— Sim... — Me aproximo da morena lentamente, Sabina dá alguns passos para trás, mas não me importo e continuo avançando.

— Noah, o que você...

A calei com meus lábios.

Não, eu não sabia o que eu estava fazendo. Sim, eu ainda não gostava dela. Mas seus lábios chamaram tanto a minha atenção, quem poderia resistir a isso?

Afundei meus dedos em seus cabelos e a trouxe mais para mim, era bom sentir o contato do seu corpo ao meu. Nossas línguas travavam uma baralha, todo o desejo reprimido estava sendo descontado neste beijo. Eu estava adorando.

Sabina me deu um empurrão forte e cambaleou para trás.

— O quê...

Não falei nada, apenas fiquei olhando-a fixamente. Essa tossiu forçadamente e caminhou até o banheiro que havia no quarto, em silêncio. Esperei Sabina fechar a porta para dar alguns pulinhos animados.

Meu deus o que acabou de acontecer?

O que está acontecendo com você, Noah Urrea?

— Deus do céu, que boca é aquela... — Murmurei.

the perfect play - beauany; urridalgo.Onde histórias criam vida. Descubra agora