Aviso: Violência (mutilação, ato violento, lesão corporal)
O grito de dor cortou a garganta do homem assim que sentiu um de seus membros ser arrancado de seu corpo. A língua deslizou lentamente sobre os lábios sujos de sangue, as presas afiadas prontas para terminar o que havia começado.
– Por favor... – A voz do marinheiro saiu fraca, implorando por sua vida.
Os olhos brilhantes como uma pedra preciosa foram a última coisa que o homem viu. Cravou as presas no pescoço do marinheiro apertando até que ele parasse de se debater, afundou na água levando o corpo consigo vendo suas irmãs rondando ao seu derredor aguardando o momento certo de terem o seu pedaço. Na superfície o pequeno grupo de homens que ainda estavam vivos, lutavam – inutilmente – por sua sobrevivência.
Os braços batiam na água de forma rápida tentando nadar para longe de tudo aquilo. Pôde sentir o momento exato quando algo puxou suas pernas, sentiu os seres pularem sobre si, levando-o para baixo. Cada uma mordeu de um lado desmembrando mais um homem.
Sua grande beleza era igualada ao perigo de estar perto de um desses seres. Era uma regra para todos os que velejavam: se encontrasse uma, não deveria ter piedade. Mate-a antes que você seja morto, não converse, não se aproxime.
Jamais confie em uma sereia.
[...]
O par de olhos castanhos abriram-se de forma lenta, logo voltando a se fechar novamente. Sentia seu corpo pesado e molhado, apoiou as duas mãos na areia tentando se levantar. Ao realizar tal ação sentiu todo o corpo pesar indo de encontro ao chão mais uma vez.
Tentou organizar os pensamentos forçando-se a lembrar onde estava, e os flashes da noite anterior o atingiram como um soco no estômago, os gritos de desespero dos homens, o marinheiro que apontou a arma para Hoseok de forma tão fria.
Hoseok!
Lembrou-se do amigo e abriu os olhos apertando-os na tentativa de enxergar algo. Viu não muito longe o corpo do amigo estirado no chão, desceu o olhar sobre si vendo que não estava diferente dele. Respirou fundo juntando as últimas forças que ainda lhe restaram e forçou seu corpo a se levantar.
Com dificuldade se sentou na areia vendo que as ondas fracas batiam em suas pernas e retornavam para dentro do mar, tentou se levantar e quase caiu, suas pernas estavam lhe traindo e não obedeciam os seus comandos. Cambaleando foi em direção ao amigo, caindo de joelhos próximo ao rosto do ruivo.
– Hoseok! – Chamou preocupado, percebeu que sua voz estava rouca e fraca.
Levou as mãos até o amigo balançando o corpo forte de um lado para o outro. Nada. Nenhuma reação. Aproximou seu rosto até o peito do homem e sentiu a respiração falha.
Ele ainda estava vivo.
Olhou para os lados desesperado sem saber o que fazer, então se lembrou de uma das conversas que teve com Jungkook. O médico tinha lhe explicado o que deveria ser feito em casos de afogamento.
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SONG OF SIN (KNJ+KSJ)
Fiksi Penggemar" Durante toda a minha vida eu jamais me dei ao luxo de ceder aos desejos carnais e muito menos ao amor. Sempre apreciei o afeto, seja entre casais heteros ou homossexuais; e mesmo que de certa forma eu achasse errado, parte de mim admirava aquelas...