2. Acho que odeio meu bárbaro.

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– Bem milady, acho que preciso lhe ensinar como se comporta uma prisioneira. – falou me lançando outro do seu sorriso perfeito e mordi o lábio imaginando como seria ser sua prisioneira.

Continuei o ignorando evitando olhar para seu sorriso maravilhoso, senti o cavalo se mover e em seguida seu corpo colado ao meu, a mão agarrando as rédeas do cavalo, e o outro braço em volta de mim, puxando meu corpo contra o seu, engoli em seco sentindo o calor do seu corpo me envolver e olhei para trás dando de cara com seus intensos olhos verdes, pigarreei e me virei para frente ficando o mais reta possível.

– Seu castelo é muito longe?

– Dois dias de viagem. – fiz uma careta.

– Teremos que acampar então?

– Bem, se não tivéssemos uma convidada, eu e meus homens cavalgaríamos a noite toda.

– Então é um dia de viagem?

– Sim, mas não quero cansá-la.

– Se for por mim, não precisa, eu sou muito forte. – ouvi sua risada e bufei. – Duvida de minha palavra?

– Não minha lady, mas você tem a aparência tão frágil. – ele passou a ponta do dedo pela minha garganta e engasguei.

– Bem, mãos não sou. – ele riu novamente e já estava ficando brava, ele nunca parava de rir!

– Meu senhor. – o cavaleiro voltou e fez uma reverencia.

– Estamos prontos?

– Sim meu senhor.

– Ótimo, então vamos logo, quero ir para casa.

– Sim meu senhor. – o homem correu para aonde tinha vários cavaleiros e ao sinal do meu bárbaro começamos a andar.

Ele atiçou o cavalo para longe dos portões do que foi a casa do Jauregui, iniciando uma rápida cavalgada e estremeci conforme seu corpo era pressionado no meu. Assim que estávamos longe do que foi minha casa pelos últimos 17 anos, ele começou uma cavalgada lenta guiando o cavalo pela floresta, seus homens nos seguindo, alguns passaram de nós ficando a nossa frente imagino que para proteger seu senhor, e outros atrás. Estávamos rodeados por seus soldados, e eu pressionada contra o bárbaro que agora era meu carrasco, suspirei em desânimo e olhei para frente imaginando o que tinha longe de casa, o que seria de mim agora?

Meu pai fugiu, meu noivo nem se importou quando fui levada, e era prisioneira de um bárbaro, um bárbaro muito agradável, mas ainda sim um bárbaro. Isso lembrava a questão, o que seria de mim, uma prisioneira.

Eu nem sabia como uma prisioneira se portava.

Eu ainda iria poder andar livremente? E comer carneiro e pão, beber vinho, ou eu ficaria a pão e água? Será que eu dormiria em um calabouço? Eu não queria dormir num calabouço, era tão escuro e nada alegre.

E o que eu usaria, havia algum tipo de roupa especifica que prisioneiras usassem? Esperava que fosse pelo menos bonitinho, não agüentaria usar um vestido feio...

– Oh... – exclamei tristemente e senti o bárbaro encostar o queixo em meu ombro, engoli em seco quando sai respiração quente roçou minha bochecha.

– O que foi minha lady?

– Eu... hmmm, eu não tenho vestidos. – murmurei pesarosa, e senti sua risada

contra minha pele.

– Lhe arranjaremos o que vestir em Masen.

– Oh, mas não será nada preto não é? Por que eu não gosto de preto, é muito triste e nem um pouco animador usar preto. Eu tive que usar preto um ano inteirinho em luto pela minha mãe. Foi um tanto deprimente, sabia que era o certo, mas depois disso nunca mais...

Adorável Prisioneira (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora