25. Eu acho que era impossível amá-lo mais. Mas eu amava.

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– Bem, eu posso lhe dizer o que quer saber. – meu rosto esquentou e ela riu.

– Bem, então diga. – rimos e conversamos tentando esquecer a guerra que estava lá fora, e se concentrar em rezar para que meu bárbaro voltasse inteiro para nós.

[...]

Abri meus olhos de repente, eu havia adormecido em algum momento enquanto falava com Ally. Vi meu jantar ao lado da cama ainda intocado e suspirei. Eu não tinha fome, nem vontade de nada.

Me levantei colocando um vestido e um chalé nos ombros e abri a porta do quarto, Shawn estava ali fielmente me guardando.

– Minha senhora?

– Estou sem sono. Posso ir a capela?

– Claro. – ele me guiou para baixo e passamos por um soldado e ele o mandou vigiar a porta do meu quarto onde Ally dormia.

Fomos em silêncio a capela, cada um perdido em pensamentos. Olhei para os portões sabendo que meu bárbaro estava a poucos metros de mim, mas era como se tivéssemos a terras de distancia.

Entrei na capela e me sentei em um dos bancos e me pus a rezar. Pedi a Deus que não me tirasse meu bárbaro. Não me tirasse à razão da minha existência. Pois eu até aguentaria voltar para minha antiga vida, eu só não aguentaria saber que meu bárbaro se fora para sempre. Senti a mão de Shawn em meu ombro e o olhei tristemente.

– Cameron voltara intacto. – ele sussurrou e funguei secando as lagrimas que caiam em meus lábios.

– Você promete? – ele sorriu.

– EU já lutei com ele senhora, em varias guerras, é impossível derrubá-lo. – engoli assentindo, mas meu medo era maior que a razão.

– Mas e se o impossível acontecer? – ele sorriu.

– Então ele se lembrara que a família dele o espera e ira se levantar e voltar pra casa.

– Obrigada Shawn. – ele assentiu e já ia se levantar, mas peguei sua mão.

– Minha senhora?

– Pode conversar comigo? Sei que não gosta muito de falar, mas eu não quero ficar só.

– Claro. – ele se sentou e ficou me olhando.

– Então, está chateado?

– Por quê?

– Por ter que ficar de babá, e não poder ir lutar. – ele sorriu.

– Não, eu estou velho pra guerra. Cameron se pudesse preferia estar aqui também.

– Mas são guerreiros.

– As vezes a guerra cansa, e só queremos uma boa mulher e uma família. – toquei minha barriga, e me voltei para Shawn

– Você já tem uma boa mulher? – ele riu e negou.

– Não minha senhora.

– E nenhuma das moças do lugar o interessam?

– Não.

– Oh. Deve ser triste não ter ninguém. – ele sorriu.

– Bem, eu ainda tenho tempo, ainda posso encontrar uma boa moça para casar.

– Eu espero que encontre Shawn. – sorrimos um para o outro e ficamos em um silêncio confortável. Minha mente o tempo todo no meu bárbaro, e engoli a vontade de chorar.

Olhei para Shawn que nunca havia conhecido o amor, e um pequeno sorriso triste surgiu em meu rosto, mesmo se eu perdesse meu bárbaro eu devia me sentir afortunada. Era melhor ter o conhecido e o amado, do que nunca tê-lo amado, nunca ter sido amada por ele. Nunca ter tido as coisas maravilhosas que ele me deu, era pior do que perdê-lo. Mesmo se ele se fosse, eu guardaria para sempre na memória cada momento que desfrutamos juntos. Desde as brigas até os momentos de intensa paixão que dividimos.

Adorável Prisioneira (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora