CAPÍTULO I

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— Você precisa ir mesmo? — minha melhor amiga pergunta fazendo um bico em seus lábios.

— Sim. — respondo sorrindo.

— E não pode me levar junto? — ela pergunta esperançosa.

— Jieun, combinamos que quando eu voltar de Paris vamos fazer diversas coisas juntas! Eu prometi de dedinho!

— Você não entende, Louisa. Ficar em Chicago com minha "prima insuportável", vai ser a pior férias de todos os tempos! Você poderia me levar na sua mala...

— Não, não. — nego — Nem pense nisso, você já aprontou demais!

Jieun cruza os braços e bufa, o que me faz rir de sua careta.

— Vou sentir saudades, minha amiga francesa...

— Ei, não sou francesa! Mas, bem que seria fantástico ter nascido na França... — penso a respeito.

— Não! Assim, você nunca iria me conhecer.

Sorri e escutamos um anúncio vindo dos alto-falantes dizendo que todos que fosse pegar o próximo voo de Londres, deveria aguardar no portão 16.

— Preciso ir...

— Eu entendo, espero que aproveite suas férias. Me mande foto das coisas que comprar e me ligue quando chegar, por favor! — Jieun sorri minimamente e me abraça apertado.

— Prometo fazer essas coisas e outras mil! — garanto.

— Vai lá!

Acenamos uma para outra e saí em direção ao meu portão. Não demorou muito para que eles logo abrissem e começassem a nos liberar para entrar dentro do avião.

Eu estava em uma mistura de emoções, estava nervosa. Não era a primeira vez que eu viajaria de avião, mas era a primeira vez que eu passaria minhas férias sozinha. Eu chamei Jieun para vir comigo à Paris, mas sua mãe não permitiu isso já que a mesma iria receber visitas dos tios e de uma prima que ela não suporta desde um longo tempo.

Mil emoções invadiam meu corpo, e me fazia suar frio enquanto o avião já não estava mas na terra. Agora por diante, tenho que aproveitar a cidade francesa.

★★★

Não houve turbulências, o que me fez ficar bem tranquila. Nas horas em que passei sentada, me bateu um forte sono e decidi dormir um pouquinho. O que eu não esperava era que só iria acordar com a voz da aeromoça avisando para nós, passageiros que já iríamos pousar.

Fui ao banheiro ver o estado do meu cabelo já que eu tinha dormido por algumas horas e ele estava bagunçado.

Credo! Que imagem eu passei para as pessoas que se levantavam e passavam por mim?

Tudo bem, já passou.

Agora Louisa, concentre-se em se acalmar para pisar plena em Paris!

Voltei ao meu assento, colocando o cinto de segurança e não demorou muito para sentir que já estávamos bem próximos do chão.

Quando menos me dou conta, todos já estão se levantando e as portas do avião são abertas.

Peguei minha bolsa que estava ao meu lado, e desci. Não podendo esquecer de registrar o momento com uma foto e legenda marcando a localização da cidade.

Ao entrar no aeroporto, espero ansiosamente por minha mala que não demora a aparecer e a pego indo para a frente do grande lugar.

Ok, talvez eu me perca um pouquinho aqui...

Paris não é a mesma sem você | KTH Onde histórias criam vida. Descubra agora