CAPÍTULO XVI

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No dia seguinte, acordei cedo para ir até a entrevista de emprego. Não demorei a me arrumar e logo peguei um táxi chegando no local marcado.

Estava nervosa, muito por sinal. Tanto é que minhas mãos suavam frio.

Adentrei no grande lugar e havia um balcão perto. Me aproximei devagar.

— Bom dia. — disse, receosa.

— Bom dia! Você é?

— Louisa, vocês me ligaram ontem para vir a uma entrevista de emprego!

— Ah sim, o Sr. Park está a sua espera. Vamos por aqui! — ela aponta para o elevador, no qual não demoramos a subir.

Parando em um andar, saímos e damos de cara com um corredor e uma enorme porta no final dele.

Ela bate na porta recendo uma autorização de entrada.

— Senhor? Esta é Louisa, a garota da entrevista.

Revela-se um home não muito velho, mas aparentando ter seus 43 anos. Ele se levanta pegando alguns papéis e libera a moça que me acompanhou até aqui.

Assim que ficando sozinhos na sala, ele me manda sentar e obedeço, sentando na cadeira a sua frente.

— Bom Louisa, você tem um bom currículo, mas pode me contar com mais detalhes o que você faz?

— Então, Sr. Park, eu sou de Chicago mas me mudei para Paris recentemente. Não posso me considerar fluente no idioma, mas estou fazendo o curso! Tirando isso, consigo falar inglês e português facilmente.

— Prossiga... — ele tinha uma expressão séria.

— Eu fiz uma faculdade de design de moda, e quando enviei o currículo por alguns lugares de Paris não tinha o menor pensamento de que seria chamada justamente na minha área. Mas estou feliz por isso! O senhor não precisa se ocupar me colocando em um cargo muito alto, apenas preciso de um emprego...

— E você trabalhava com isso em Chicago? — ele me interrompe.

— Sim! Não em uma empresa tão grande como essa, mas mesmo assim trabalhava!

— Entendo.

— Se o senhor me permitir, posso mostrar alguns dos meus desenhos?

— Claro. Isso é importante!

Estendo minha pasta e o mesmo começa a foliar a mesma.

— Incrível, Louisa! Gostei do seu currículo, do jeito que combina as roupas e principalmente seus desenhos. O emprego é seu, como sua especialidade, você aceita?

Meus olhos se arregalam e dou um sorriso.

— Claro! Eu agradeço de verdade, senhor Park!

— Não há de que! Você pode começar amanhã mesmo, por hoje é só!

Assenti e agradeci mais uma vez, saindo da sala e da empresa.

Assim que pedi um táxi voltando para casa, liguei para Taehyung surtando e o contei a novidade, ele não hesitou e também ficou bastante animado, assim como seus pais e sua irmã.

Para comemorar, a Sr. Kim disse que iria fazer um jantar e que todos nós estávamos convidados.

Também liguei para Jieun, porque mesmo com a diferença de horário, vi que a mesma estava online, e mesmo de longe pude sentir toda a sua alegria. Ela disse que o motivo de estar acordada aquele horário era sua faculdade que andava passando infinitos trabalhos e isso a cansava. A desejei boa sorte e desligamos da ligação.

Minha vida parece um sonho.

Paris não é a mesma sem você | KTH Onde histórias criam vida. Descubra agora