CAPÍTULO XI

287 39 2
                                    

Rolava um clima estranho ali e todos nós tínhamos consciência disso. O pai de Taehyung olhava em reprovação para sua esposa, que continuava de braços cruzados.

— Podemos jantar? Estamos com fome. — Tae sorri forçadamente.

— Claro, fizemos sua comida preferida Tae! Aposto que Louisa vai gostar também!

— Taehyung fala muito da sua comida, senhor Kim! — sorrio ao dizer.

Passamos a noite conversando, exceto a senhora Kim, que ficava me encarando a cada 1 minuto, parecia que ela estava me testando ou algo do tipo.

Como já estava ficando tarde, Taehyung me levou para casa e nos despedimos com um selar. Ele disse que eu fui bem e que pelo visto eles amaram a minha visita.

Assenti e fingi estar tranquila com isso, porque lá no fundo, Tae sabia que sua mãe não foi nem um pouquinho com a minha cara. Ele só disse tais palavras para me confortar.

Quando amanheceu, como eu não tinha planos para hoje, decidi passear pelo comércio da cidade e aproveitei para comprar algumas comidas para casa e também coisas para mim.

Passando em uma loja, observei que havia uma plantinha linda, então não hesitei em comprá-la. Ontem, enquanto estávamos na casa dos pais de Tae, observei que eles tem vários jarros de plantas no quintal, e até para a decoração da sala.

Brotou uma ideia em minha cabeça de dar a plantinha para a senhora Kim. Será que ganho pontos por isso? Ou ela simplesmente vai recusar porque não aceita nada de estrangeiros?

Taehyung

No final da tarde, fui ver Louisa e ficamos assistindo filmes por um longo tempo, o objetivo era melhorar o seu vocabulário em francês já que a mesma estava aprendendo.

— Acho que já vou.

— Mas já? — ela se vira me perguntando — Não quer ficar pra jantar?

— Não, princesa. Vou jantar em casa mesmo, se eu faltasse hoje minha mãe jamais me perdoaria.

— Entendo... por falar em sua mãe, eu comprei uma coisinha para ela!

— Sério? Que bom, amor!

Ela me entrega um pacotinho.

— Tome cuidado, é frágil!

— Pode deixar que vou levar com cuidado, minha mãe vai adorar! — sorri.

— Tem certeza? Você e eu sabemos muito bem que ela me detestou ontem! Não precisa fingir...

— Ela é assim com todo o mundo no começo, minha mãe é uma pessoa difícil. Depois que vocês pegarem intimidade, tenho certeza que tudo vai melhorar! — garanto.

— Tudo bem, então!

— Te vejo amanhã?

Ela assente e nos despedimos com um abraço.

Chegando em casa, toco a campainha e dessa vez é minha mãe que atende.

— Chegou cedo, filho! — ela diz contente.

— Sim. Como a senhora está? — pergunto enquanto andávamos até o jardim.

— Bem, e você?

— Também. Mãe, tenho um presente para você!

— Sério? E o que é? — ela parecia ansiosa.

Coloquei a plantinha em cima da mesa e os olhos de mamãe se arregalaram e ela sorri minimamente.

— Nossa, eu queria muito essa planta! Que amor... onde a encontrou?

— Na verdade, não fui eu quem comprei. Foi Louisa agradeça a ela!

Mamãe agora estava supreendida, porque tenho certeza que ela não esperava nada vindo da minha namorada.

Paris não é a mesma sem você | KTH Onde histórias criam vida. Descubra agora