CAPÍTULO VIII

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— Então, Louisa.... — Taehyung começa a falar.

— Sim? — respondo esperançosa.

— Eu sei que isso vai ser um pouco chato, mas eu realmente preciso dizer.

Fiquei um pouco preocupada com o que ele acabou de falar.

— Sobre o que quer conversar?

— Vou ser direto, prometo. Desde que você chegou, e nos começamos, você não acha que rolou um clima estranho?

— Por que está me perguntando isso?

— Nada, eu só... quando você vai voltar para Chicago?

— Em 3 semanas, por quê?

— Veja, querendo ou não tivemos uma conexão. Então, Louisa... entenda aonde quero chegar com essa conversa. Quando você voltar, o que vai acontecer com a gente?

— Pera... existe mesmo "a gente"? — pergunto desentendida.

— Sempre existiu! Mas eu tive medo de falar com você e não ser recíproco. Ou de você voltar pra Chicago e eu ficar aqui. Por favor, Louisa... não quebre o meu coração, não dessa vez. Eu já sofri muito em relação a esse tipo de coisa.

— Taehyung, é claro que eu sinto o mesmo por você! — sorri — Eu conversava com Jieun na possíveis disso acontecer, mas sempre achava impossível.

— E você vai ficar em Paris... não é?

— Não sei.

— Fique Louisa, por favor! Você mesma disse que ama Paris e eu prometo que vou fazer você feliz, podemos ir à Chicago nas férias do ano que vem... você vai poder aprender o francês e muitas outras coisas.

— Mas... e minha vida em Chicago? O que eu vou fazer com a Jieun? Meu trabalho e eu nem trouxe tudo, é muita loucura me mudar para Paris do nada.

— Eu só não quero te forçar a nada, entende? Você quer um tempo para pensar? Eu vou entender...

— Pode ser.

Taehyung foi embora.

Nós seguimos para lados diferentes e no hotel, eu não conseguia tirar da cabeça o que ele disse. Mas se eu não fosse ele iria ficar muito magoado.

Eu gosto de Taehyung, e sim, seria capaz de fazer isso por ele.

No dia seguinte, fui até a Torre, no lugar em que nos conhecemos e me bateu uma nostalgia, a lembrança de uns dias atrás começou a invadir a minha mente.

Sentada sobre a grama, admirando aquele belo lugar, sentindo o aroma das flores, com o vento batendo levemente sobre meu rosto.

Solto um longo suspiro ao pensar coisas que não deveria, mas especificamente, nele. Como eu o desejava ali ao meu lado, sinto tanta falta do meu menino.

Vejo algumas crianças brincando sobre a grama e noto que elas se comunicam com gestos. Me aproximei delas e perguntei em libras se elas não se importariam de eu me juntar ali também. Então passei a maior parte do meu tempo conhecendo-as melhor.

De longe vejo um garoto de cabelos negros admirando a Torre Eiffel, corro até o mesmo parando em sua frente e logo encaro sua face, era ele, era Kim Taehyung.

Eu o abracei fortemente sentindo o calor dos seus braços e seus batimentos cardíacos, ele não havia ido embora, e isso me fez derramar algumas lágrimas.

— O que estava fazendo enquanto eu estava fora? — ele inclinou sua cabeça para ter uma melhor visão do meu rosto. Limpou algumas lágrimas que escaparam dali e sorriu minimamente.

— Eu conversei com crianças, em libras.

— Uau, você nunca me disse que falava em libras — ele se fez de surpreso e segurou a minha mão.

Paris não é a mesma sem você | KTH Onde histórias criam vida. Descubra agora