My Dear Other Half | supercorp

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"Os gregos antigos acreditavam que antes tínhamos quatro braços e pernas e uma só cabeça com duas caras. Éramos felizes. Completos. Tão completos que os deuses, temendo que não precisássemos de devoção, nos partiram em dois. Deixaram-nos vagando pela Terra, divididos e aflitos. Eternamente buscando. (...) A outra metade da nossa alma. Dizem que, quando as metades se encontram, há um entendimento tácito. Uma harmonia. É impossível ser mais feliz que isso. Se os deuses antigos fossem para o colégio, eles descobririam que não precisamos deles para estragar tudo. Pra mim, as pessoas passam tempo demais procurando alguém para completá-las. Quantos acham o amor perfeito? E, dos que acham, quantos fazem durar? Mais provas da teoria de Camus de que a vida é irracional e sem sentido."

E isso, meus amigos, é um dez em filosofia do amor, ou nove, se a Srta. Grant estiver de mau humor. De qualquer forma, é nota boa ou o seu dinheiro de volta. Depois de marcar todas as minhas tarefas do dia e pegar as minhas coisas, saio de casa com a minha bicicleta e faço o meu percurso normal para ir para a escola.

- Kara Chu! Olha o trem, Chu-Chu! - E como sempre, escuto risadas altas.

(...)

- Fantástico. Os anjos choram de alegria. Vamos falar sobre o show de talentos, que é OBRIGATÓRIO para o último ano. - Assim que o professor Snapper deu ênfase no "obrigatório", foi fácil de escutar protestos baixos de todos. Enquanto ele falava sobre o assunto, eu me concentrei apenas em entregar as redações que eu tinha feito sem ser pega.

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- Mais uma vez, as tubas devem ser testadas antes do uso.

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- Você me silenciou, Alex?

- Não, Sam.

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- Eu sei que você me silenciou, Alex.

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Depois que o professor Snapper acabou de falar, todos começaram a rir por um motivo desconhecido por mim.

- Algum problema?

- Não, Sr. Snapper. - Logo escuto a turma toda falar.

- Também tivemos outro problema...

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Provavelmente essa era a única notificação que eu queria receber naquele dia.

- Passa para o grandão.

- Muito abrigado. Voltando ao assunto, o homem que eu quero ser..

Eu não queria receber aquela notificação para ficar olhando aquele sem noção, eu queria para poder olhar a menina que estava sentada com ele. Lena Luthor.

- Coro, em pé. Todos na página 49.

Assim que ele começou a movimentar as suas mãos, todos começaram a cantar, mas uma voz entre todas tirou a minha atenção. Se você pensou Lena Luthor, você está mais do que certo.

- Srta. Danvers, você vai continuar olhando para a Srta. Luthor até quando? Precisamos acabar de treinar essa música e eu ainda não vi você colocar um dedo no teclado.

- E-eu não estava.. - Sinto um nervosismo descomunal e ele logo me interrompe.

- Esqueça isso, okay? Apenas toque e pronto.

- Sim, Sr. Snapper. - Assim que eu olho uma última vez para a Luthor, percebo que ela já estava me encarando.

- Vamos tudo de novo. - Em vez de apenas quebrar o nosso contato visual e cantar a música, ela sorri e abaixa a cabeça. - Toque dessa vez, Srta. Danvers.

- Pode ficar tranquilo, Sr. Snapper. - Sorrio e mordo o meu lábio inferior de leve. - Pode ficar tranquilo.. - Sussurro a última parte e começo a tocar com os outros.

Caso não tenha adivinhado, esta não é uma história de amor. Pelo menos não uma em que alguém consegue o que quer.

~•~

Resolvi fazer uma fic inspirada no filme "você nem imagina". Espero que gostem <3.