Inimigo se torna amigo

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  - Ainda está no mar.
  - Pai.
  - O que foi.
  - Posso ir a escola, como todos os outros?
  - Você não é como os outros, mas pode ir.
  - Valeu pai.
  - Assim você vai aprender como os humanos nos tratam, e vai ver que eu tenho certeza.
   Não entendeu o que o seu pai quis dizer mas estava feliz por ir a escola.

  Retornando a Sirena

  Os meninos já haviam ido, me deitei na cama pra descansar, e fique pensando “Jônatas parecia triste, espera, por que estou pensando nele? Ele me sequestrou, não merece que eu pensa nele", acabei dormindo por algumas horinhas até a minha mãe me chamar, acordei meio sonolenta e fui logo ver o que era.
  - Sim mãe.
  Ele estava arrumando uma mala, em seu quarto, e disse:
  - Eu e sua avó, vamos viajar e ficar fora por uns dias. E você vai ficar na casa da Soraia.
  - Quem é Soraia?
  - Uma amiga.
  - Mas mãe, eu tenho idade pra ficar sozinho em casa, enquanto estão viajando.
  - Ela tem razão.
  Diz vovó passando ente nos com umas roupas e indo em direção ao seu quarto. Mãe disse em seguida:
  - Tem sim mas ficaria mais tranquila se você esteve-se perto de alguém, vai lá se saber o que poderia acontecer com você aqui sozinha.
  - Ente mãe.
  - Amanhã depois da escola você vai pra lá. Então arrume logo suas coisas.
  Tive de obedecer, afinal ela é minha mãe. Depois de arrumar a minha bolsa, fui fazer um lanchinho e voltei pro quarto.
  No dia seguinte, na escola avia murmúrios sobre um aluno novo, e eu disse a Henrique:
  - Quem será o aluno novo?
  - Teremos de esperar pra ver.
  Já na sala, a professora anunciou o aluno novo, fique surpresa quando ele entrou na sala, Henrique percebeu como eu fiquei em ver o aluno novo e perguntou:
  - Tudo bem?
  - Sim.
  A professora pediu pra que ele se sentasse no meu lada direito, na mesa vazia. Fiquei paralisada, não olhei pra ele mas ele parecia feliz, não sei o por quer.
  No intervalo, peguei meu lanche e ia pro lugar de sempre, mas  ouvi algo:
  - Você por aqui, que surpresa.
  Olhei pra traz vi Jônatas, fique meio assustada e disse:
  - O mesmo.
  - Não fique assustada.
  - Por que não, você me sequestrou, como acha que eu ficaria?
  - A não sei.
  Me virei e sai da sala, mas pensei “ele está sozinho, não conhece a escola, e só conhece a mim, quase isso” voltei a sala e disse:
  - Quer conhecer a escola?
  Ele não disse nada se levantou e me seguiu, mostrei a escola pra ele, no final do tour pela escola, fui aproveitar o meu lanche e vi que ele não trouxe nada “por que eu sou tão boa?”
  - Quer lanchar ?
  Se sentou ao meu lado e dividir o que tinha trazido, e ele disse depois de terminar de comer:
  - Por que está sendo tão legal?
  - A não sei, por que talvez eu seja Boa demais.
  Ele riu, e disse em seguida:
  - Olha me desculpa por ter feito aquilo com você.
  - Eu sei que você estava preocupado, mas não tinha necessidade de me amarrar.
  - Não te conhecia direito, não sabia como agir.
  Não disse nada a ele, e ele disse em seguida:
  - Vamos do começo, agora da maneira certa.
  - Humm?
  - Meu nome é Jônatas e o seu?
  - kkkk, o meu é Sirena.
  - Você gosta de fazer quando não está na escola?
  - A, gosto de nada no oceano em meio aos corais.
  - É serio?
  - Sim, as vezes acho que o meu lugar é no mar, por isso que sou tão fascinada por sereias. E você? Do que gosta de fazer?
  - Nadar no oceano é realmente bom, mas eu gosto de ficar na ilha de mako.
  - Eu nunca fui lá, só fui até os corais.
  - Se você fosse lá, ia gosta do lugar.
  Olhei o relatório e estava quase pra bater o sinal. E eu disse:
  - Talvez um dia, mas agora temos que ir pra sala.
  Na sala de aula, a professora de biologia pediu que fizéssemos um trabalho sobre a vida marinha e disse:
  - Quero que a turma se divisão em grupos e me tragam na próxima aula uma amostra da vida marinha.
  Henrique quis fazer o trabalho comigo, os amigos de Jorge queriam que ele fosse com eles mas veio pro meu grupo, e disse ao Jônatas:
  - Quer entrar pro meu grupo?
  - Por quê?
  - A nada, só queria ver como ia se explicar pra outro grupo quando tocasse na água.
  E ele se juntou a mim se reclamar, e eu disse:
  - Então onde vamos fazer o nosso trabalho?
  - Não sei.
  Disse Jorge, mas Jônatas disse:
  - Na ilha de mako.

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