Decendente de sereia

Só eu e ele

  Ele subiu as escadas e foi no seu quarto. Fiquei sentada no sofá a olhar o celular, vi umas fotos minhas com os meninos, percebi que no meu braço direito junto com um anel, tinha uma pulseira “se eu usava, por que não me lembro dela?” pensei e perguntei meio que gritando pra Henrique:
  - Henrique! Você sabe se eu usava uma pulseira depois que nos conhecemos?!
  - Não sei, por que?
  “Estranho, estava usava ela em quase todas as fotos. Por que mentiu?”. E disse:
  - Nada não.
  Em quanto isso, na casa de Jônatas
  Vi meu pai chegar com uma cara nada boa, perguntei:
  - O que aconteceu pai?
  - Acharam o tridente antes de mim. Estão dizendo pelo cardume que uma humana achou em meio aos corais. Mas como pode ser? Não me importa, nem que eu tire ela do meu caminho!
  Ouvindo isso, senti um pequeno arrepio “Se Sirena o tivesse ainda, ela estaria em perigo. Se ele descobrir... terei de protege-la custe o que custar”, levantei e fui pro meu quarto, deitei na minha cama e pensei um pouco mais e lembrei que Sirena me pediu pra ensina-la a usar o anel da lua “Pelo visto terei de ensina-la a usar o anel caso eu ou os outros não estejam por perto” peguei o meu celular de dentro da bolsa e liguei pra Sirena:
  - Alô Sirena.
  - Oi.
  - Você está livre hoje a tarde?
  - Vou limpar minha casa, mas depois não tenho nada pra fazer. Por que?
  - Pensei em te ensinar a usar o anel hoje.
  - Tá bom, então vem pra minha casa e depois vamos prática, pode ser?
  - Ok.
  - Mas você sabe onde eu moro?
  - Sim.
  - Então tá, mais tarde eu vou.
  - Tá, mas vem sedo.
  Me despedi dela e desliguei, me estiquei mais na minha cama e fiquei pensando “Será só nos dois e mais ninguém” de repente senti-me feliz.
  Na casa do Henrique
  Depois de falar com Jônatas, ouvi Henrique descendo as escadas e foi falar com a mãe dele, em seguida saiu. Lembrei de Jorge e da sua nova namorada. Lágrimas escorreram em meu rosto, tentei me recompor, enxuguei minhas lágrimas e decidi ir logo pra casa e ir limpa-la, antes avisei a senhora Soraia onde ia.
  Minutos depois, já em frente a minha casa, olhei o jardim, liguei o regador e entrei em casa, peguei a vassoura e voltei pra varanda, comecei a limpar por lá. Sei que me ocupar um pouco iria me ajudar.
  Uma hora depois, estava dentro de casa lavando a louça, quando ouvi alguém me chamar no lado de fora “Jônatas já chegou” fui pra entrada e vi ele, em seguida desliguei o regador. Ele se aproximou e disse:
  - Oi.
  - Oi, entra por favor.
  Nos entramos, fechei a porta atrás de mim, e fui pra cozinha, ele veio também, voltei a lavar a louça, ele se encostou na mesa, vi seu reflexo na janela e ele me olhava de um jeito “Por que ele está me olhando” fiquei sem graça e sente o meu rosto corando e perguntei:
  - Por que está me olhando desse jeito?
  - Por nada.
  - Já que você não está fazendo nada, pode pegar um pano ali do lado da mesa e um espanador e limpar a mesinha da sala?
  - Hamm.
  Ele desencostou da mesa e me olhou com a cara de espanto e falei virando pra ele:
  - Que foi? achou mesmo que não ia fazer nada?
  - Achei.
  Rimos em quanto ele foi limpar a mesinha, voltei-me a terminar de lavar os pratos.
  Depois de secar a louça, limpar o armário da sala, tira o pó do sofá e do tapete, varrer a sala o quarto a cozinha a sala de jantar, fomos por íntimo trocar os panos das camas, troquei a do quarto da minha mãe, ele trocou a do quarto da vovó depois fomos pro meu quarto, ele olhou o meu quarto e disse:
  - Por que o quarto de uma garota é tão...
  - Cheia de coisas? Bonecos de pelúcia? Cor de rosa?
  - Bem arrumado, cheio de ursinhos de pelúcia e...
  Ele olhava uma estante com várias conchas e viu uma pedra, e perguntou:
  - Por que tem uma pedra em meio às conchas?
  - Não sei.
  Fui ver a pedra e quando fui segurar ela acabou escorregando das minhas mãos e se partiu em vários pedaços, me agachei pra pegar e ele também, quando o sol iluminou os pedaços no chão pude ver uma coisas brilhando, peguei e olhei mais de perto, nesse momento um vento balanço as cortinas e meus cabelos encaracolado. Apesar de está olhando a pedra, pude ver que Jônatas me olhava de um jeito diferente. Sem motivo algum senti o meu rosto começar a corar, levantei e fui pra minha mesa, senti o meu rosto arde, tentei afastar estes pensamentos e foquei na pedra, peguei umas ferramentas de baixo da mesa e quebrei mais a pedra, Jônatas percebeu e perguntou:
  - O que está fazendo?
  - E-Eu... acho que tem uma coisa presa nesta pedra.
  Ele saiu pra jogar forra os restos da pedra que tinha no chão. Quando voltou, ele parou do meu lado direito e observou o que eu fazia. Quando terminei de tirar da pedra, era um pingente em forma de estrela do mar e no seu meio tinha uma pedrinha azul, parecia a mesma do anel, a corrente não saia da pedra, tirei o pingente, limpei e coloque em uma nova corrente. Jônatas pediu pra ver e disse:
  - Parece ser bem mas bem antiga.
  - Pois é.
  Ele olhou pra mim e pro pingente, me levantei da cadeira e fui pro armário, mas antes Jônatas pediu:
  - Posso colocar em você?
  Não disse nada mas meio que fiz sim com a cabeça, ele afastou com cuidado os meus cabelos, nesse momento sente um arrepio quando ele colocou o colar em mim, não sei o por que mas o pingente brilhou por uns minutos e disse :
   - Estranho.
   - O que?
   - O pingente brilhou.
  Ele ainda segurava meus cabelos, senti sua respiração tão perto, seu rosto estava por cima do meu ombro esquerdo. Meu coração pulou de nervosismo, me afastei e disse:
   - Acho que já terminamos, vamos pra mako?
   - A sim. Vamos, ainda podemos aproveitar 3 horas lá antes de escurecer.
  Descemos as escadas e fomos pro porto, entramos no barco e fomos pra mako. Chegando lá, não podia aproximar muito o barco na ilha, então Jônatas disse:
  - Vimos começar o treinamento aqui, no barco.
  - Como?
  Ele pegou a minha mão direita com o anel da lua e apontou pra água, esperei ele soltar mas não aconteceu, em vez disso ele disse perto do meu ombro:
  - Pense em algo gelado.
  Ele estava tão perto “Por que eu estou tão nervosa? Ele é bonito e tudo mas...” fiz o que ele pediu, pensei em algo gelado, em seguida a água do mar congelou uns 4 metros na horizontal e 8 metros na vertical. Olhei pra ele e percebi que ele estava esperando com o que fiz e disse ainda segurando a minha mão:
  - Com... Não importa, vamos logo.