Letters To You

155 20 9
                                    

𝔒 𝔞𝔪𝔬𝔯 é 𝔲𝔪𝔞 𝔣𝔬𝔯ç𝔞, 𝔲𝔪𝔞 𝔢𝔫𝔢𝔯𝔤𝔦𝔞, 𝔮𝔲𝔢 𝔰𝔢 𝔪𝔞𝔫𝔦𝔣𝔢𝔰𝔱𝔞
𝔑𝔞 𝔞𝔩𝔪𝔞 𝔠𝔬𝔪𝔬 𝔲𝔪 𝔰𝔢𝔫𝔱𝔦𝔪𝔢𝔫𝔱𝔬 𝔡𝔢 𝔩𝔢𝔪𝔟𝔯𝔞𝔫ç𝔞
𝔡𝔢 𝔞𝔩𝔤𝔬 𝔔𝔲𝔢 𝔞 𝔞𝔩𝔪𝔞 𝔧á 𝔱𝔢𝔳𝔢, 𝔪𝔞𝔰 𝔭𝔢𝔯𝔡𝔢𝔲.

   Platão falava sobre o papel do filósofo. Sobre o ser que sente compaixão pelos outros e a necessidade de libertação da ignorância. Eu aprendi à me afeiçoar com a filosofia por um especial motivo. Tal motivo que me fez escrever este relato, que aos poucos irei me apresentar por completo, afinal, grande parte da construção de Louis Tomlinson se deu através desta história. Esse é meu agradecimento à você, Harry Styles.

   Vou começar racionalizando dois conceitos que aderi ao longo da minha curta vida. E isso pode fazê-lo perder as esperanças, e me perdoe desde já pela melancolia. Talvez você não tenha encontrado seu oráculo e muito menos tais conceitos. Mas, acalme-se leitor!
Eu nunca estive tão ciente do quão longe nossos devaneios podem nos fazer chegar. Afinal, ninguém deseja se tornar um filósofo. Eu sou consideravelmente mais versado. O problema é que me ceguei para a existência de alguns deles. Daqueles que me desprendem da minha condição e me fazem alcançar a episteme. A droga da episteme do amor. Num conceito bem grego, antigo, romântico.

   Depois de todo esse desencorajamento, voltarei aos conceitos. Primeiro de tudo, esta é uma história real, pessoal, onde o personagem principal sou eu mesmo. E é completamente possível que haja uma personalização com você.
Numa grande parte da história, sem querer estragar o sentimento de surpresa, emulei à mim mesmo, pronto à qualquer consequência das grandes desventuras e o que viesse à nós.

ಥಥಥ

   Tulipas e pergaminhos gregos são os conceitos do qual citei. A teoria provada por mim mesmo, de que existem apenas duas pessoas em nossa vida. Que me ilude e desilude ao mesmo tempo, que entrega e retira de uma forma bruta demais, sem intervalos entre uma coisa e outra. Isto se dá pela descoberta precoce desses conceitos que me faz pensar... Eu estou vivendo, ainda. Mas não conheço as possibilidades de viver eternamente como pergaminhos gregos. Eu sou uma tulipa e há vida em mim. Por enquanto. Como em todos nós.

   Tulipas possuem sua fase de ascensão, onde elas exalam vida, atraem olhares ficcionados. Talvez estejam presentes nos filmes num enredo totalmente monótono de qual limita a tulipa ser apenas uma flor e até mesmo, uma figura importante na demonstração de afeto, quando uns presenteiam aos outros com buquês exuberantes, pelo menos o tanto que conseguem durar num jarro d'água.
   Já pergaminhos gregos têm em si uma carga histórica, de grande influência. Tem suas extremidades robustas da madeira especialmente escolhida, mas cada vez mais frágeis através dos anos, e de mãos que exploram o papel de lá pra cá, de ponta cabeça. São raros. São excêntricos. São de outras vidas. E apesar de não terem vida e muito menos a noção de sua importância, são essenciais para a evolução. São como oráculos da sabedoria, e também da episteme.

   Eu estava tão certo dos ciclos naturais da vida, que cheguei a desacreditar de uma figura folclórica mal representada por aí, porém bem comentada. O destino. Completamente clichê de se introduzir mas que você talvez conheça ou esteja justamente esperando por ele nesse momento. Se deseja continuar lendo, seja bem vindo, eu espero que você possa ter uma experiência pessoal no descobrimento da evolução e até a aceitação de que certos destinos estão devidos à nós. Ou não.

   Este é um relato do meu diário de intercâmbio e como fui abordado por um oráculo grego, quem me fez sentir o quão tulipa eu sou.

Tulips & Greeks [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora