Até mesmo a menor das criaturas pode mudar o rumo do mundo.
Passou-se uma semana até Nancy conseguir voltar a andar. A cada dia se precisava de menos ataduras e isso a estranhava muito, já que nunca vira uma possibilidade de recuperação tão rápida em seu tempo de faculdade. Até que ela pôde ver a medicina élfica sendo aplicada em si. Com a exigência de Thranduil elas precisavam ser apresentadas o mais imediatamente possível, então as práticas de cura dos elfos que era aplicada somente em seu sono, passou a ser intercalada duas vezes ao dia. Ela ficara maravilhada com aquilo e com seus efeitos. Possuía um brilho nos olhos e perguntava incessantemente sobre as propriedades medicinais que eles utilizavam, até sobre algumas que eles preferiam não revelar. - Uma das mais habilidosas de nós é a Chefe da Guarda, Tauriel. - Disse Arwen. - Nunca a vi em ação com meus próprios olhos, mas espero um dia ter a oportunidade. Isso deixara Nancy ainda mais ansiosa por saber dos seus segredos, mas compreendia que dificilmente um dia saberia. Não era ninguém além de uma invasora de certa forma e não fazia parte daquele mundo e nem daquele lugar. “São elfos... lembro do que Legolas disse sobre os humanos, sobre serem mesquinhos e tudo mais. Estão em um patamar muito mais acima de mim..., mas quem sabe?”Rowena passara os dias lendo, conversando e conhecendo mais sobre o mundo a sua volta. Ouviu sobre a linhagem dos elfos, sobre o tempo de vida deles (o que a deixou muito surpresa), sua cultura e técnicas de batalha. Ouviu falar sobre as montanhas dos anões e como os elfos não simpatizavam com os mesmos, mas ao que ela percebeu, não se passava de uma bronca entre as duas raças. Ficava enojada com o que falavam sobre orcs e suas atitudes vis. Como surgiram e de que buraco aparecem. Leu sobre os dragões e ficara fascinada, mesmo ouvindo que lá eram vistos como seres malignos que sentiam o cheiro do ouro e eram atraídos pela cobiça dos que caíam na tentação dos tesouros. Consequentemente soube da antiga Montanha Solitária e a trágica história da linhagem de Durin. Não podia ver os anões como os elfos o faziam, pois se compadecera.
Via os mapas e suas diferentes escritas. Ouviu certa vez alguns deles conversarem em uma língua estranha e perguntou a Arwen. Se tratava do Quenya, a língua élfica. Arwen a ensinou de bom grado algumas palavras e frases para poder se comunicar e não ficar completamente cega quando estiver em uma situação onde os que estiverem ao seu redor não estiverem falando no idioma comum.
Observara de longe alguns deles treinar enquanto se amparava na janela. Notava seus movimentos, seus passos, como manejavam as espadas, punhais e adagas, gravava a que momento desviavam, corriam e atacavam.- Quem me dera se eu fosse ensinada a isso. - Disse baixinho sobre o tecido da manga onde o rosto se apoiava. Seus olhos brilhavam com a possibilidade de uma nova vida. Durante toda a vida pensava em algo a mais, em uma saída daquele mundo podre de onde vivia. Queria ser livre para vagar por onde quisesse e conhecer a vida de um outro ângulo. E a vida se apresentava lá, diante de deus olhos. A cada vela acesa que contemplava a noite, a cada nova constelação que admirava, a cada corrente de ar que trazia um cheiro novo pela manhã, e o pôr do sol alaranjado que fazia a relva brilhar vermelha a cada dia que passava lá. Podia sentir, dentro de si, que sua vida não seria nunca mais como antes.
[...]
-Estão prontas? - Arwen perguntou segurando a porta.
Quando chegaram não vestiam mais que jeans, camisetas, agasalhos de jeans e couro fino e tênis. Depois do acidente estavam em estado de miséria e não seria adequado a se apresentarem com qualquer roupa que traziam em suas malas. Não eram dali e quando mostraram o melhor vestuário que levavam a Arwen, esta olhava com a cabeça pendendo para um dos lados e de sobrancelhas franzidas. Nancy pôs uma blusa preta com um decote raso e mangas que deixavam um pouco dos ombros a mostra, uma calça azul clara e saltos médios vermelho escuro. Rowena usava uma blusa vermelho sangue que ia até a garganta com as costas a mostra e sem mangas, expondo assim suas tatuagens, uma calça preta e botas de couro de couro polido e cano alto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um salto no escuro
Fiksi Penggemar"[...] O custo pode ser a minha vida, mas eu juro que nenhuma mulher jamais precisará novamente abaixar a cabeça perante qualquer homem. Dou a minha palavra. [...]" "[...] Você não é um monstro. Nunca foi, nunca será. Quando vejo seus olhos vejo tod...