O sonho azul de Pandora

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Era noite, Pandora estava sozinha em cima de uma ponte. Olhava para baixo, e então decidiu se jogar.

"Do chão eu não passo" -pensou, mas estava errada. 

Assim que se jogou, seu corpo bateu contra a água e foi afundando. Segurou o fôlego por segundos, notando a escuridão dentro d'água se transformando na escuridão que agora era céu. Antes afundando na água, do chão passando e agora sendo sugada pelo céu escuro da noite. Ao perceber que estava quase se aproximando do limite do céu, gritou e notou algo estranho. A atmosfera terrestre parecia sólida, como uma parede. Parede essa, que poderia machucá-la se continuasse a velocidade que estava sendo sugada. Porém para sua surpresa, sua velocidade estava diminuindo e encostou de leve no céu, de maneira lenta. Lenta o suficiente para observar que, no que seria um céu sólido, havia uma pequena porta quase que como um alçapão. Estava entremeio aberto, e com a lentidão que estava, Pandora simplesmente o abriu. 

Começou a ser puxada, como se tivesse aberto a porta de um avião em movimento, mas conseguiu se segurar na extremidade da pequena porta. No entanto, lá fora, a beleza do espaço era impensável, assim como o tom de azul que também de tão belo era singular. Sentiu uma mão segurando a sua, era Morgana, flutuando no espaço e azul. Morgana não estava literalmente azul, ela parecia azul como se Pandora usasse óculos com lentes azuis. Morgana sorriu e se aproximou de Pandora. 

Pandora se vê sugada, dessa vez, era da escuridão do céu para o chão. Com a velocidade que estava ao entrar em contato com chão morreria de maneira rápida. Porém, novamente sentiu um mão segurando a sua, era Morgana mais uma vez. Segurando em suas duas mãos, Morgana pareceu estabilizar Pandora no ar, e disse: 

-Movimente as pernas como se estivesse andando. 

E assim Pandora fez, e realmente era como se Pandora e Morgana pudessem andar no ar. E assim, "andaram" até a varanda do apartamento de Pandora. Pararam. Morgana, se aproxima de Pandora, e fala em seu ouvido: 

-O céu não é o limite. O azul além dele é até mais bonito, não acha? Não deseje nada menos que esse azul. 

Pandora, dá um passo para pisar dessa vez no chão da sua varanda, mas se desequilibra e cai... na cama. Pandora acorda. 

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