A viagem para Pandora

15 4 2
                                    

Era o início da viagem todo mundo estava conversando com as pessoas que estavam na poltrona do ao seu lado. Pandora não. Ela estava sentada ao lado de Andréia, mas estava dormindo porque, na noite anterior não dormiu pela ansiedade e também porque tomou um remédio para o enjoou que sente em viagens longas e sem uma janela aberta, a única que podia ser aberta era a da parte da frente do ônibus, a do motorista. Ela queria dormir o tempo suficiente para acordar, comer uma maçã, jogar uma partida de xadrez e logo descer do ônibus para encontrar Morgana na capital. Aconteceu um pouco disso, mas quando ela desceu na verdade era mais uma parada do ônibus. Depois de ir no banheiro e voltar para o ônibus, se segurando para não começar a reclamar, ela agradeceu, pois agora tinha sinal e pode finalmente mandar e receber mensagens de Morgana. Leu as mensagens, respondeu e percebendo que Andréia tinha voltado fala:

-Você acredita que o pessoal da peça já chegaram?

Andréia jogando umas garrafinhas de água no chão fala:

-Como? Eles não saíram depois da gente... pergunta se eles pararam aqui.

Pandora digita alguns momentos e responde:

-Eles só pararam 1 vez... e ela não sabe onde.

Andréia responde se acomodando na poltrona:

-Caramba, e tem a questão de que eu acho que o motorista deles estava dirigindo mais rápido do que o da gente. Teve uma hora que eu fiquei olhando pela sua janela e dava pra ver cada detalhe da paisagem de tanto que ele estava lento. 

Pandora resmungou alguma resposta, percebeu que o ônibus estava voltando para a rodovia e que com isso ficaria sem sinal de novo, mandou rápidas mensagens para Morgana e se acomodou na poltrona para seguir com o resto da viagem. 

Pandora olhava para janela, isso seguido por um grande silêncio dentro do ônibus. Andréia estava com a uma manta até o pescoço, parou e ficou olhando Pandora por alguns segundos, e só para porque Pandora se sentiu observada e olhou para ela. Andréia para não deixar um clima estranho fala:

-Olhando pro nada e pensando em tudo...

Andréia solta uma risadinha, no que Pandora responde com um sorriso e fala:

-Tipo isso...

Elas se olham por um momento, Andréia oferece abrigo debaixo da manta dela e com isso um pedaço da viagem é Pandora e Andréia embrulhadas, mas ainda sim, Pandora olhava para a janela enquanto Andréia lia algo no celular. Quando finalmente chegam na capital, começa a ação e não digo isso pela adrenalina apenas, mas sim a adrenalina da competição somada a correria que era encaixar horários e fugas para ir nas peças encontrar as meninas. Por sorte durante a peça mais importante ninguém competia, e assim Pandora, Maya e Andréia foram prestigiar as meninas, e se deleitar com a peça, que de fato foi muito aplaudida e assim entrou em várias categorias da competição que tinha o festival.  No camarim, depois da peça das meninas, durante uma conversa com Morgana, Pandora sentiu. Sentiu algo que eu costumo chamar de clima, é maravilhoso, parece que sua vida para só pra aquele momento acontecer. Você não ouve ou vê nada a sua volta, sua atenção está na pessoa que está contigo, seu coração acelera, cada piscada é lenta, sem perceber, você olha rápido para os olhos e a boca da pessoa que te acompanha, o olhar é penetrante, magnético e sugestivo. Sugestivo ao natural, e se recíproco, beijo. Mas não aconteceu essa última parte com Morgana e Pandora, não naquele momento. Morgana e Pandora depois desse momento conversam sobre a festa, Pandora estava com medo, não gostava de festas, mas por Morgana valia a pena. Ou não?

Depois de perder na semi-final, Pandora estava sem cabeça para aquilo, torceu de forma meio medíocre para Andréia que ficou em segundo lugar. Na "festinha" no alojamento, Andréia estava feliz, se jogava em cima de Pandora, dava abraços mais apertados do que o de costume. Pandora que sempre foi muito competitiva perguntou para Andréia:

La FilleOnde histórias criam vida. Descubra agora