Capítulo 6

8 1 0
                                    

"Violência Física: qualquer comportamento que implique agressão física, por exemplo, crimes de ofensa à integridade física, maus tratos físicos, sequestro, intervenções e tratamentos médicos arbitrários." (APAV)

Acordo com uma voz suave e romântica a cantar,

I could search the world from south to north (Eu poderia pesquisar o mundo de sul a norte)
But I've already found what I'm looking for (Mas eu já encontrei o que estou procurando)
Wherever I go and whatever I do (Onde quer que eu vá e o que eu fizer)
I was born to love you, I was born to love you (Eu nasci para te amar, eu nasci para te amar)

Só agora me recordo que é a voz do Noah que soa no pequeno sotão. Ele repara que me acordou e para de cantar... não Noah continua.

"Bom dia Ava, desculpa se te acordei, já estava a cantar à muito mas não tinhas acordado antes."

"Bom dia, só desculpo se continuares."- ele esboça um sorriso e desta vez junta uns acordes da sua guitarra com a sua magnífica voz.

I was a wild child between lost and found (Eu era uma criança selvagem entre achados e perdidos)
Then you spoke my name, it was a sweet sound (Então você falou meu nome, era um som doce)
Rescue kiss and you pulled me in (Resgatar beijo e você me puxou)
All my life baby, where you been (Toda a minha vida baby, onde você esteve)
'Cause I could search the world from south to north (Porque eu poderia procurar o mundo do sul para o norte)

"Essa música é linda."- comento quando ele pára de cantar.

"Sim tens razão, é a Born to Love You dos LANCO. Antes que perguntes não, eu não escrevi, mas gosto da letra e da música em si."

Levanto-me indo à casa de banho, quando saio o Noah está a fazer panquecas e a pegar na Nutella. Okay, é oficial, ele conseguiu, conquistou o meu estômago, provavelmente involuntariamente.

"Isso é para mim?"- pergunto demasiado contente para quem está de pijama e a querer comer algo que um conhecido de à dias fez.

"Não!"- ele ri com a minha expressão de descontentamento.- "É para a tua sósia."- ele continua-se a rir e eu sento-me ao lado dele dando-lhe uma palmada no braço.

Começamos os dois a comer e eu comento.

"Não tenho nada que fazer hoje depois da aula que tenho às 10h, tens reuniões hoje?"

"Hoje não, pensei em escrever algumas letras, tenho tido mais inspiração nestes dias e convém aproveitar."

"Claro que sim, mas não sei apetecia-me fazer algo."

"Alguma ideia?"- eu nego- "Sei dum torneio de futsal..."- torso o nariz quase automaticamente e ele volta a rir-se da minha expressão, é certo que o meu cabelo despenteado não deve estar a ajudar- "Okay e se for futebol de praia?"

"Melhor, mas isso é a que horas?"

"Começa às 14h30, estás livre a essa hora? De quanto tempo é a tua aula? Vens comer cá?"

"Calma homem!"- rio-me do seu ataque de perguntas, mas tento responder a todas de forma clara- "Sim estou livre, a minha aula é de 2h por isso ao meio-dia estou livre, e sim venho comer a casa."

"Okay então eu posso fazer uma lasanha vegetariana para o almoço, gostas?"

"Sim, mas por favor não lhe coloques pepino, por favor."

The Boy UpstairsOnde histórias criam vida. Descubra agora