22.

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Lili gostava do desafio do novo emprego e já na segunda semana de trabalho tinha pleno domínio das situações. Era uma profissional.

- Empresas Sprouse.

- Lili querida, pode pôr sua roupa de festa - disse Cole, rindo.

Lili conseguia ouvir a gritaria no fundo.

- Você encontraram petróleo? - gritou ela.

- Está jorrando! - ele confirmou com entusiasmo. Os operários a sua volta já estavam abrindo as garrafas de cerveja gelada. - Querida, vou levar o maior almoço para viagem que encontrar na cidade. Estarei aí em uma hora.

- Eu preciso fazer um serviço externo. Por que não nos encontramos em algum lugar?

- Tudo bem. No Wagon Wheel ao meio-dia e meia?

Lili concordou com o lugar e a hora.

Mas ao meio-dia e meia, estava andando sem rumo na rua principal, seu cérebro não registrava nada. Numa espécie de transe, parou na calçada e ficou olhando sem ver para a rica variedade de mercadorias na vitrine de uma loja.

Cole passou de carro, avistou-a, gritou seu nome e buzinou. Lili não se voltou. Não o tinha ouvido.

Ele fez uma conversão proibida, estacionou na única vaga livre a caminhonete com que viera do local da perfuração e foi ao encontro dela. Estava com as botas e a barra da calça sujas de terra e petróleo.

- Lili - disse quase sem fôlego -, você está indo na direção errada. O Wagon Wheel fica ali atrás.

Seu sorriso desapareceu quando ela se virou e fitou nele um olhar vazio. Alarmado, ele lhe segurou o braço e a sacudiu de leve.

- Que aconteceu, Lili?

- Cole? - sua voz era um débil sussurro. Piscando muito, olhou a sua volta como que percebendo pela primeira vez onde se achava. - Oh, Cole...

- Meu Deus, não me assuste! - exclamou ele preocupado, a testa enrugada. - Que aconteceu? Qual é o problema? Você está doente?

Lili sacudiu a cabeça e baixou os olhos.

- Não, mas não quero almoçar. Desculpe. Estou muito contente com o poço de petróleo, mas prefiro não... Desculpe-me...

- Quer parar de se desculpar? O almoço ficará para outro dia. Conte-me o que aconteceu.

Apoiou-se nele como se fosse cair.

Cole a abraçou resmungando, achando-se inepto e tolo.

-Venha, meu amor. Vamos tomar um refrigerante.

Caminharam meia quadra até a lanchonete. Na verdade, só Cole caminhou. Apoiada nele, Lili foi quase se arrastando. E praticamente tombou na cadeira de vinil quando chegaram.

- Hazel, dois refrigerantes, por favor - pediu ele à garçonete atrás do balcão.

Não tirava os olhos de Lili que, entretanto, não olhava para ele. Olhava para as próprias mãos presas às dele na mesa de fórmica.

Hazel serviu a bebida gelada.

- Tudo bem, Coçe?

- Tudo - murmurou ele vagamente.

A garçonete deu de ombros e voltou lentamente para a caixa registradora. As pessoas andavam dizendo que Cole Sprouse tinha mudado muito desde a morte do irmão. Comentavam que não largava à jovem Reinhart. Ora, aquilo só mostrava que os boatos tinham um fundo de verdade. Hazel estava acostumada a ouvir as piadas picantes de Cole quando ele passava na lanchonete. Hoje, estava tão concentrado em Lili Reinhart que não tirava os olhos dela, não via mais nada a sua volta.

- Lili, tome o refrigerante. Você está pálida como um lençol. Agora me conte o que aconteceu.

Ela bebeu. Permaneceu de cabeça baixa durante um tempo que, para Cole, pareceu uma eternidade. Ele estava a ponto de perder o controle quando ela finalmente o fitou.

Estava com os olhos cheios de lágrimas.

- Cole - sussurrou com medo, parando para respirar. - Eu estou grávida.

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oi, o estabilizador do meu pc queimou mas vou arrumar ele amanhã, ent vou postar só dois cap hj e amanhã posto mais dois 🤡

dps vou atualizar a fic todo sábado. é isso, bezus e fica em casa.



𝐄𝐗𝐏𝐋𝐎𝐒𝐈𝐕𝐄 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍  彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora