Capítulo 28

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Jinyoung acordou com frio. Ele se mexeu na cama em busca do tecido que o protegia, contudo nada encontrou, pois ao abrir os olhos, notou que este já estava lhe cobrindo e com uma camada extra. Então, ficou confuso, afinal não se lembrava de estar uma temperatura tão baixa no Japão.

Então, ele tentou encontrar a pessoa que nos últimos dias sempre acordava ao seu lado, contudo nada encontrou. O cantor tateou o outra vez, mas era óbvio que o coreógrafo não estava na cama.

— Jackie?

Foi o máximo que conseguiu falar, pois a sua voz falhou e soube no mesmo instante que não tinha saído alto o suficiente ou se tivesse, não estava escutando; o que era absurdo, certo?

Park então resolveu fechar outra vez os olhos, afinal se fosse preciso, o namorado o chamaria, certo? Ele não estava ali, contudo nos outros dias nunca o deixara na mão. Ele tentou rir com a piada, mas tudo doeu. Tudo mesmo. Céus, o que estava acontecendo com o seu corpo? Nada mais fazia sentido.

Estava tão cansado, o melhor era somente voltar a dormir outra vez.

— Jinnie, vem cá.

Jinyoung não sabia quanto tempo tinha passado, mas a voz de Jackson o chamando, fez com que abrisse os olhos rapidamente uma outra vez.

— Jackie? — Park jurou que não conseguiu escutar a própria voz. O que estava acontecendo? — Jack... e-eu...

— Vem cá, Jinyoung!

O moreno se moveu, contudo sentiu uma forte dor de cabeça e atrás do pescoço, isso sem contar o frio na base da sua coluna. Ele não sabia explicar, mas a dor parecia rasgar ao mesmo tempo que furar; parecia agulhas e facas o perfurando com força. Céus, estava enjoado também e não tinha certeza se era por conta do que achava ser uma virose ou por outro motivo. Estava tão confuso naquele instante.

— Jinnie?!

O cantor escutou o barulho da porta batendo, como se alguém tivesse saído do quarto e outra vez tentou chamar Jackson, mas sua voz falhou, então por mais que fosse difícil, ele se levantou e seguiu o som. Por mais que tudo doesse, não estava tão ruim quanto pensou. Conseguia andar normalmente e parecia forte, então provavelmente estaria bem para a noite, agora tinha certeza.

Jinyoung tinha um sorriso quando abriu a porta, doido para ver o seu namorado, contudo não tinha ninguém ali. Ele piscou algumas vezes e sentiu a garganta seca, mas resolveu olhar em volta e pela primeira vez notou que não estava sozinho no local.

Foi rápido, tão rápido que pensou estar imaginando coisas, contudo não era mentira; era a pura verdade.

As portas do elevador estavam se fechando, mas os olhos de Jinyoung captaram Mark com os braços em volta do pescoço de Youngjae enquanto se aproximavam para dividirem um beijo, que aconteceu com naturalidade até a visão de Park ser bloqueada pelo aço do ascensor fechado.

Jinyoung não soube o que realmente sentiu naquele momento, mas soube que toda a dor que sentia não era nada perto da que ocupava o seu coração no momento.

— Amor? O que você está fazendo na porta?

Park se virou de uma vez e viu Jackson somente de toalha, com a testa franzida e com um ar preocupado na face.

— Ei... você está pálido! — Wang se adiantou até Jinyoung, puxando-o delicadamente para dentro do quarto fechando a porta. — Oh, você não está mais com febre — comentou, com a palma na testa do mais velho. — O remédio deve ter feito efeito. Como se sente?

— Bem.

A voz de Park saiu automática e sem emoção, o que fez o loiro fitá-lo outra vez com uma expressão confusa.

Bad BehaviorOnde histórias criam vida. Descubra agora