Capítulo 69

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Mark bateu na porta da casa da avó quando eram dez da manhã. Ele tinha recebido a mensagem de Yugyeom e tinha corrido para o local a pedido do irmão.

— Ah, ainda bem que você chegou. — O mais novo suspirou pesado, deixando passagem para o ruivo entrar no local. — Ela está no quarto agora, mas está tão tristinha.

— O que aconteceu?

— Lembra aquela ex dela que agora virou amiga?

— Sim, sim, claro...

— Ela faleceu — explicou o moreno. — Foi algo súbito, parece que foi dormindo... Nós fomos no velório mais cedo, mas vovó chegou e pediu para te ver, disse que queria a família reunida.

— A pobrezinha... Vovó estava tão feliz com a amiga. Vamos preparar algo gostoso para ela e ficar assistindo filme — Mark anunciou, abraçando o caçula apertado. — Vovó vai superar essa.

— Ela está tão fraquinha, Mark. Eu estou com medo.

O ruivo contorceu os lábios e voltou apertar o caçula no seu abraço.

— Ela deve estar muito triste — ponderou o manager. — Mas se você quiser, podemos levá-la no médico. Você acha melhor?

— Até parece que você não conhece a nossa avó.

— Então vamos alimentá-la para ela ficar fortinha e se amanhã ela não tiver melhor a levamos no médico, okay?

Yugyeom concordou, por mais que se sentisse desanimado. Ele tinha um pressentimento ruim e não sabia explicar ao certo o que era.

Como a senhora Haneul estava dormindo, eles seguiram diretamente para a cozinha, onde começaram a preparar um prato simples, mas o favorito da mais velha. Durante todo o processo, Yugyeom permaneceu tenso.

— Sua costela ainda dói muito? — Mark perguntou, tentando acabar com o silêncio estranho do ambiente.

— Um pouco, mas ainda tenho que permanecer com a faixa por um mês.

— Vai passar rápido.

— É... até lá eu já esqueci como dança.

— Impossível. A dança é quem você é, Yug. Não dá para se esquecer assim.

— É... Se você fala...

O moreno se virou para pegar uma outra panela e Mark não soube ao certo o que fazer. Ele já tinha notado como o irmão parecia desanimado, porém acabava perdido na agitação dos dias e esquecia de tirar um tempo para conversar com o rapaz.

— Como vão as coisas com Bambam?

— Boas.

Tuan pode ver o primeiro sorriso do irmão desde chegara ali, então sentiu seu coração um pouco mais relaxado; provavelmente o rapaz somente estava preocupado e triste pela senhora Haneul. O ruivo entendia, claro que entendia.

— Ele ganhou aquele desfile, né?

— Sim e já começou a trabalhar com o super estilista lá, está todo animado. A maioria das coisas que ele fala eu não entendo, mas nunca deixaria de escutar.

O ruivo não pode deixar de sorrir com aquela fala do irmão, porque ele entendia muito bem aquele sentimento. Amar era algo único que nunca deixaria de surpreendê-lo.

— E como estão Jin e Jackie?

— Bem, as coisas parecem certas agora — afirmou o manager, suspirando pesado. — Às vezes fico com medo de que algo ruim vá acontecer a qualquer momento, sabe? O que eu odeio, porque me sinto bastante pessimista.

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