Capítulo 18

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Faziam vários dias que Yugyeom não conseguia falar com Bambam. Ele tinha tentado mandar mensagens, procurá-lo na faculdade e até mesmo no apartamento do tailandês, escutando da mãe dele que o rapaz não estava em casa. Queria dizer que estava ficando irritado, contudo somente se sentia triste.

— Meu filho, tenta ir atrás dele outra vez — falou a mais velha, segurando a mão do neto. — Agora talvez ele te atenda.

— Vó, está de noite.

— Eu consigo ficar sozinha até amanhã.

— Por que eu ficaria longe todo esse tempo?!

— Porque namorados, quando fazem as pazes, transam bastante.

— Vovó!

A senhora Haneul sorriu, segurando na mão do neto.

— Está tudo bem, meu filho. Eu sei que você não é mais virgem.

— Céus, vó!

Yugyeom sentiu as bochechas corarem e desviou o olhar. Como sua avó poderia saber algo assim?!

— Foi com aquele seu ex que eu odiava. — Haneul sacudiu os ombros. — Eu soube na hora que você chegou todo sorridente e mancando.

— Chega!

Kim se levantou de uma vez, querendo que um buraco abrisse no chão para ele este jogar.

— Ai, criança. É normal, também perdi a virgindade nessa idade, querido.

— Vó!

— E nem foi com o seu avô.

— Vó, para!

— Foi com uma amiga.

— Vó?!

A senhora gargalhou e Yugyeom quis sumir outra vez. O que estava acontecendo naquele momento?!

— Eu estudei em um colégio religioso só para garotas, filho. À noite, a última coisa que praticávamos era religião.

— Divindade! — Yugyeom riu nervosamente enquanto se sentava. — A senhora nunca me falou isso.

— Ai filho, faz tanto tempo, fora que não é o melhor assunto para avós e netos, não é? E antes de você falar para mim como se sentia com garotos, nunca tinha voltado a pensar nisso. Era algo proibido e somente fingíamos que não tinha acontecido.

— A senhora gostava dela?

— Muito, mas... É a vida, né? Não foi a década certa.

— Sinto muito, vovó.

— Tudo bem. — Ela sorriu. — Depois eu me apaixonei pelo o seu avô. Nos amamos muito, Yug.

— Você nunca mais a viu depois da escola?

— Vi sim, mas ela estava de mãos dadas com um rapaz.

— Poxa...

— É... — Haneul balançou os ombros outra vez. — Eu espero que ela esteja feliz. Foi tudo o que sempre quis.

— A senhora gostava mesmo dela, hein?

A mais velha pareceu perdida no tempo e Yugyeom imaginou se ela estava se lembrando de algo feliz e bonito junto com a tal moça.

— Enfim — disse a mais velha, chamando a atenção do rapaz. — Você tem que ir atrás de Bambam. E se ele for o amor da sua vida, meu filho?!

— Você acredita nisso?

— Claro que acredito! — Ela sorriu. — E mesmo que ele não seja, é bom transar.

— Vovó! — Yugyeom quase gritou. — A senhora está passando muito tempo com a mãe de Bambam.

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