Capítulo 62

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Aviso de gatilho: Descrições gráficas de violência.


Yugyeom sentia sua cabeça doer. Seus olhos estavam fechados e não queria abrir, pois sua mente assim dizia para fazer.

— Yug? Yug? Acorda... Yug!

Ele conhecia a voz que o chamava, mas estava tão cansado. Não parecia ser muita vantagem se movimentar naquele instante.

— Porra, Yug! Eu preciso de você, caralho!

— Chan-Chanmi...

— É, sou eu! Graças à divindade você 'tá vivo, cacete! Agora levanta, Yug! Por favor, por favor! Ele está dormindo, mas tem um sono leve do caralho!

Kim piscou os olhos e sentiu uma secura na boca, mas a amiga precisava dele, então ele usou toda a força que nem sabia ter e virou para o lado, vendo uma cama próxima a ele. Yugyeom forçou o corpo para cima e se sentou no chão, vendo tudo dobrado por alguns segundos.

— Yug? Você... Claro que você não está bem, mas... você consegue vir até aqui?

Yugyeom engoliu fundo algumas vezes, empurrando a vontade de vomitar para algum lugar que não fosse da boca para fora. Céus, tudo doía.

— Yug? Eu te amo, mas tem como você ser um pouco mais rápido, porra. Precisamos sair daqui...

— E-eu n-não sei... Acho q- Ah, porra. — Yugyeom reclamou, da dor que sentia na lateral do corpo que ao pouco o impedido de respirar com facilidade. — M-minha costela... Mi... O-onde você... está?

— Na cama, Yug. Ai, você está enxergando, né? Por favor! Se eu chorar outra vez e borrar a maquiagem, ele não vai gostar. Yug, por favor... — Chungha parou de falar por um instante. — Yug, eu estou com medo.

O moreno respirou fundo outra vez e mesmo seu corpo todo doendo, ficou de pé de uma vez, lembrando-se de um passo que aprendera ainda quando criança. Em outro momento iria sorrir, mas agora somente sentiu vontade de vomitar.

— Céus, Yug... Seu rosto.

Yugyeom piscou mais algumas vezes e fitou a cama, arregalando os olhos.

— Eu... poderia dizer o mesmo... de você.

— E-eu sou uma princesa! U-uma fodida princesa, Yug! — A moça reclamou já choramingando e apontando para o vestido extravagante de gala que ela estava usando e a maquiagem forte e o cabelo extremamente arrumado. — Ele... vem aqui de hora em hora ver se estou arrumada... E-eu...

— O-okay... — Yugyeom piscou outra vez com força, tentando colocar a cabeça no lugar. — Vamos dar um jeito.

O rapaz caminhou até a amiga, cambaleando algumas vezes e praticamente se jogou na cama, mas todo o seu corpo doeu, o que o fez se arrepender de tal coisa. Mas, tinha que focar em sai dali, então respirou fundo outra vez.

Agora, olhando de perto, ele conseguia ver as cordas prendendo as mãos e os pés de Chanmi e uma marca na testa da moça, como se a maquiagem estivesse por cima de um pequeno curativo.

— Eu tentei dar uma cabeça nele quando te vi caído... — explicou a moça, fungando. — E-eu estava no quarto lá de cima, ele me amordaçou, mas eu escutava a sua voz. V-você não m-me escutou.

— Chungha, e-eu...

— Eu sei... e-eu só... estou com medo. — A moça fungou, mas ainda assim sentiu as lágrimas rolando pelos os seus olhos. — Merda, e-ele vai ficar possesso com as lágrimas. Pr-princesas não ch-choram, é o que ele diz...

Bad BehaviorOnde histórias criam vida. Descubra agora