Capítulo 3: I'm in love

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OLAAAA! Eu disse que não ia demorar.

Nas notas finais, tem uma perguntinha de algo que preciso saber, então não esqueçam de responder, ok?

Boa leitura.


🌹


- Mas que... - Parei minha fala e o encarei. - Você não olha por onde anda?

- Mil perdões! Eu juro que eu só ia entrar e quando me dei conta, você já tava saindo e...

- Amas cê tá nervosinho?

- Como? Eu... - Ele suspirou, olhando o estado da minha camisa. - Mil perdões! Eu não quis esbarrar em você... Eu... Vem aqui, eu vou te pagar outro.

O olhei meio confuso. Porque ele tá tão nervoso? - Tudo bem! É o mínimo, né?!

Ele se aproximou do caixa e deixou o dinheiro. - Pode ir lá escolher.

- Tá.

Fui até a máquina e peguei o mesmo sabor de antes. - Bem que você podia me pagar um sorvete também, né? Pra compensar o estrago na minha camisa. Ela é novinha, seu moço. - Eu tenho essa camisa há 2 anos.

- Ahm... Tudo bem!

- O que? - Arregalei os olhos. - Vai mesmo me comprar um sorvete?

- Vou, sim! - Ele desviou o olhar pra baixo e apontou - Pra compensar a camisa.

Fiquei em silêncio por uns instantes, pensando, até que disse: - Sabia que meus sapatos estão molhados? Minha meia tá toda ensopada. Meu sapato é novinho. - Do tempo do ronca, mas ele não precisa saber.

A essa altura, o balconista já tava prendendo a risada.

- Ah! Eu... Como...

- Relaxa! - comecei a rir, porque ele realmente parecia confuso. - Não precisa. Mas eu aceito, se quiser comprar.

Ele riu negando com a cabeça e me pediu pra escolher um sabor. Escolhi o meu favorito, abacaxi com hortelã.

Quando vi ele pagando, tentei pegar no beco.

- Aonde pensa que vai?

Parei onde estava, já fora do mercado, e virei de frente pra ele. - Ahm... Pra casa?

- Não vai me agradecer?

- Agradecer pelo quê? Por ter derramado raspadinha na minha camisa novinha?

- Essa camisa nem é nova. E eu não derrubei a raspadinha, você que não olhou pra frente. Tava entretido nessa coisa. - Apontou pro meu telefone.

- Olha aqui! - Levantei o dedo próximo ao rosto dele. - Não tente transferir a culpa pra mim!

Ele levantou os braços em sinal de rendição. - Ok! Então, devo me desculpar?

- Deve!

- Me perdoe, por favor!

- Só se você beijar meus pés! - Ele me olhou com os olhos arregalados. - Eu estou brincando. Não sabe brincar, não?

Ele continua com uma cara de quem não está entendendo nada.

- Olha, o papo tá bom, mas eu tenho que ir. - Fingi um ar esnobe - Cê sabe, né? Muito trabalho, muitos papéis, muitas impressoras... Eu sou um homem de negócios.

Ele me olhou com um ar sério, como se estivesse tentando me ler. - Aposto que sim. - Falou com desdém. - Onde trabalha?

Engoli em seco. - Em casa. Quer dizer, eu trabalho de casa. De casa, em casa, sabe? - ele continua com a mesma cara, de quem pode ver minha alma.

Meu Psicólogo • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora