Capítulo 6: I REMEMBER YOU

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Desculpe se tiver algum erro, não tive muito tempo pra corrigir.

Boa leitura.

🌹


Eu olhava atônito, para o homem.

Veja bem, como você pode imaginar que o cara com quem você teve uma leve discussão no mercado e do qual você se aproveitou pra ganhar sorvete e raspadinha de graça, é na verdade, seu mais novo psicólogo?

Enquanto eu o olhava com a boca aberta, ele olhava com uma poker face. Talvez ele não lembrasse de mim.

- Eu me lembro de você. - Ok. Ele lembra de mim.

- Eu também. Você é o cara do mercado, não é?

Ele me olha ainda sem se expressar muito e afirma com a cabeça. - Se está se referindo ao incidente com o suco rosa, sim, sou eu.

Suco rosa?

- Suco rosa? - Será que ele não sabe o que é uma raspadinha?

- Sim. Aquela coisa que você estava tomando.

"Aquela coisa"?

- " Aquela coisa"? Você tem o quê? 80 anos?

Ele continua me olhando, só que dessa vez, com uma expressão confusa. - Por que está perguntando isso? Parece que eu tenho 80 anos?

Ai! Essa doeu!

- Ai! Essa doeu! Não precisa me dá um coice.

- Um coice?

Ai meu Jesus Cristinho¹.

- Ai meu Jesus Cristinho. Era só uma... Quer saber? Esquece isso.

Ele fica em silêncio e põe o livro que segurava, em cima da mesinha de centro. Nesse momento, reparo na roupa que ele está vestindo.

Ele veste uma camisa branca de manga comprida, bem colada ao corpo, com suspensórios que passavam por cima dela e estavam enganchados à calça social marrom. Dava pra ver os músculos dele, contornados por aquela camisa.

Ele então, ainda com as pernas cruzadas, olha pra mim e me lança aquele mesmo olhar de quando estávamos no mercado e eu menti pra ele sobre o meu trabalho.

- Então, Park. Como está indo o trabalho na empresa? - Ele apoia a caneta nos lábios e sorri de lado. - Ah! Esqueci, você trabalha de casa, não é?

Droga!

- Dro... SIM! - Gritei, ao perceber que quase me entreguei. Pigarreio e diminuo o tom de voz. - Tá uma correria só. - Deslizei o dedo indicador pela testa, simulando retirar o suor.

Ele continua me lançando aquele olhar, de quem sabe ler meus pensamentos.

- Deve ser muito complicado. Quero dizer, sua atenção tem que ser redobrada, já que está na sua própria casa.

Ele fala muito formalmente. Credo!

- Você fala muito formal. Se solta um pouco, relaxa, respira. Assim, ó. - comecei a fazer movimentos de respiração e expiração.

Foi a primeira vez nesses minutos que estou em sua sala, que vi o resquício de um sorriso crescer em seus lábios.

Só não sabia se ele estava mesmo querendo rir ou se estava me achando um idiota e iria me dar uma bronca.

- Park. Park Jimin, não é? - Ele pega alguns papéis que estavam na mesinha ao lado poltrona.

- Eu já ia mesmo perguntar como você sabe meu nome.

Meu Psicólogo • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora