O meu Silêncio - Sad drugs (5) ✔

27° Abalando peças do tabuleiro

Gabriel narrando_
Fico ali sentado, pensando na vida tá ligado? Sem me importar com os curiosos me olhando ou fofocando sobre mim. Eu merecia uma surra. Por causa da ruiva, por minha causa, por causa do Matheus, por causa da manu... Por causa do nick, por causa dos dois... 😟 saco! 😤 Vi quando a porra do Filipe saiu de dentro da barbearia, fez um leve gesto de cabeça para mim e saiu voado(as pressas). Entendi o recado. Ele já tinha avisado o parça sobre minha babaquice

Xxx : ei - me chama uma voz feminina e por um momento fiquei alegre por pensar que poderia ser a ruiva. Ergo o rosto, mas não era minha ruiva. Era outra mina que eu tinha ficado. Bufo : tá tudo bem aí gatinho? - a olho pensativo e concordo com a cabeça
Gabriel : tu é comprometida também? - pergunto irritadiço e ela ri
Xxx : não... E você é? - me olha com suposta curiosidade e suspiro entristecido ao lembrar da ruiva
Gabriel : era - e abaixo o olhar para evitar olhar para ela. Fico olhando para a calçada suja porra! 😒 : tô legal sim - digo ainda olhando para a calçada
Xxx : tem certeza? Não quer que eu chame o Samu? - insiste em me ajudar
Gabriel : valeu. - respiro fundo e olho para ela : Meu parça já tá vindo. Só tá terminando de cortar o cabelo - abaixo o olhar outra vez
Xxx : tabom - ouço ela dizer e vejo quando ela começa a sair. Ainda com a cabeça baixa

Meu corpo inteiro doia, mas eu ignorava toda a dor. Eu só conseguia pensar na ruiva e nas mentiras que me consumiam por dentro. Eu estava com a mão no estômago. Tava doendo pra caralho, parecia que tinha explodido dentro de mim. Mas idai? 😂😂😂 Sou um assassino, mentiroso e pilantra. Sou uma desgraça pro mundo. 😶 Um tempo se passa até que o parça aparece

Nicolas : caralho biel acabaram com você mano - diz vindo até mim e se ajoelhando ao meu lado : tu precisa de um médico - diz preocupado tocando no meu braço. Nessa hora passa uma moto com toda velocidade do mundo. O tempo já tinha escurecido
Gabriel : não carai... Eu tô bem. Só preciso de um banho - digo rindo e ele discorda com a cabeça
Nicolas : nunca aconteceu isso. Não pra você ficar desse jeito. - diz inconformado me olhando : O que você fez?
Gabriel : nada. Só fiquei com uma mina casada e para o meu azar o cara dela era enorme. - sorrio : Ela disse que era solteira e eu acreditei porque afinal... Ela era uma gostosa - admito. O parça ri ainda discordando com a cabeça. Ele estava abaixado sem tocar os joelhos no chão enquanto segurava suas mãos
Nicolas : consegue andar? - aposta perguntar. Nem eu sabia se conseguia. Fiquei sentado o tempo todo e quando caí, fui me arrastando até conseguir encostar as costas na parede branca de uma casa
Gabriel : sei lá... - penso. Minha mão ainda na barriga : Vamos ver. Tu me ajuda. - peço/ mando 😅 : Vamos lá - finalmente tiro a mão do meu abdômen para esticar o braço com a mão aberta para ele. Ele ri, se levanta e me puxa pela mão. Começo a tossir sangue de novo e coloco a mão na barriga outra vez. Inclinado para baixo : mais devagar carai - peço depois de tossir. Ele havia passado meu braço entre seu ombro e me abraçava com o outro braço para me ajudar
Nicolas : você precisa de um médico mano - diz por fim já tenho um médico em casa. Tu carai! Tava fazendo faculdade de medicina pode muito bem cuidar do teu mano 😓
Gabriel : não carai eu tô bem. Só tu que me levantou agressivo demais. Acho que ele me acertou no fígado. - digo fazendo careta de dor : Será que a loira topa fazer outro transplante? - acabo rindo para descontrair o clima e o parça aparenta não gostar da brincadeira, pois fica sério : tô zuando carai. Só brinco porque a mina já tá bem a anos. - hesito : Já eu... - acabo rindo outra vez com dificuldade
Nicolas : fica quietinho vai - diz irritadiço e caminhamos - ele me ajudando, - até chegarmos no carro. Chegamos no carro. Ele me ajuda a entrar e me sento. Ele fecha a porta e entra no banco motorista. Dessa vez ele que iria dirigindo. Fico meio sentimental, pois o parça era daora pra porra comigo e eu era um pé no saco desde então. O mano dá partida no carro
Gabriel : teu cabelo ficou daora mano - elogio e ele ri. O cabelo do cara tava assim: