20° Seja bem vinda liberdade

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Início de flashback : Evelin narrando :

Início de webcam :

...

Evelin : não posso ir para o Brasil agora, mas você já sabe quem é o seu cliente. - digo irritadiça, pois ela tava se fazendo de difícil : Você é advogada, então está esperando o quê? - pergunto impaciente com meu café com creme em mãos
Debora : metade do dinheiro que me prometeu - diz com seu olhar fixo no meu e ergo a sobrancelha
Evelin : ainda não me disse se consegue tirar o Joaquim Gonçalves de trás das grades - movo o notebook mais para trás da mesa para cruzar meus braços. Eu não gostava de nada disso, mas aquele traficante tinha conseguido me deixar encurralada. Contra a parede. Eu estava em um restaurante francês, sentada em uma mesa de madeira escura ao lado de fora junto a outros clientes que estavam distraídos com sua necessidade momentânea. Alguns turistas e outros franceses. O restaurante não era nada parecido com os restaurantes brasileiros, mas era moderno e com um ar um tanto angelical. Era exatamente como nos filmes
Debora : nada é impossível com dinheiro. É claro - sorri e fico ainda mais impaciente se ela demorar muito quem vai morrer vai ser eu ou minha madrasta. Ou as duas e eu não posso deixar 😶
Evelin : fica tranquila que seu dinheiro vai estar na sua conta assim que desligar essa video chamada - esclareço com fúria na alma
Debora : então consigo sim. - afirma : A outra metade ganho quando o cliente estiver solto? - pergunta aquilo que ela já sabia
Evelin : sim
Debora : então sim... - concorda com a cabeça pensativa. Ela estava numa sala fechada também moderna. Devo admitir que quem decorou o lugar era ótimo no que fazia : Está combinado
Evelin : ótimo! - digo um pouco aliviada. Nem tanto assim : Deposito o resto quando ele estiver livre. E nem pense em contar para alguém ouviu? - ameaço com meu olhar fixo no dela apesar de vê-la por uma tela. Quem eu queria enganar? O bandido aqui não sou eu, mas o que não fazemos para sobrevivermos não é mesmo? : Você só está sendo paga para fazer o seu trabalho - digo por fim e ela suspira profundamente. Vejo ela olhar por fração de segundos por cima do computador
Debora : ouvi. Pode ficar tranquila que o que me interessa é somente libertar os passarinhos da gaiola - ironiza e dou de ombros
Evelin : boa profissional você é - e desligo a webcam sério que eu tenho que fazer isso? Ajudar um criminoso a sair da cadeia? Ou é a cabeça dele ou a minha né? 😓
Fim de webcam :

Deposito o dinheiro como prometido e aproveito meus últimos minutos para mandar o recado para o braço direito daquele marginal. O restaurante não ficava tão longe da mansão

Início de mensagem :
Evelin : depositei. - suspiro pesadamente e continuo a digitar : Ela disse que consegue tirar o projeto de marginal da cadeia. Quando ela soltar ele, deposito o resto como você falou - olho para o lado com o intuito de disfarçar minha agonia. Ele responde no mesmo momento e só é então que percebo que ele já estava esperando essa mensagem filho da puta calculista. 😒 Um dia ainda acabo com a raça dos dois 😶
Filipe : até que fim!!! - reviro os olhos e sorrio forçado, mesmo que ele não fosse ver
Evelin : 😆
Filipe : fica esperta mina. Qualquer bobeadinha que essa advogada der é você quem paga o pato - diz mais uma vez aquilo que eu já sabia a "anos" dá pra mudar o disco? 😒
Evelin : eu sei. Ela não vai. Falei com ela o suficiente para saber isso - tento ser firme na mensagem escrita e tomo meu resto do café. Eu não estava com fome para almoçar. Na verdade desde que tudo aconteceu eu comia bem pouco
Filipe : assim que se fala. no aguardo - uma forma de se despedir e deduzi que eu já poderia parar de respondê-lo já falei que te odeio? 😒
Fim de mensagem :

Bufo e fecho meu notebook. Saio do restaurante francês e volto para a mansão que mais parecia um palácio porque tô sentindo que sou eu quem vai pagar no final? Aff Evelin. Maldita hora em que você foi para aquela balada 😒

O meu Silêncio - Sad drugs (5) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora