34° Enquanto uns morrem outros nascem

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Filipe narrando_
Eu só conseguia rir

Filipe : que som maravilhoso!!! - comemoro com irônia com a arma firme na mão apontando para a testa do Danilo. Se tem uma coisa que aprendi nesse tempo na vida do crime é que tiro na cabeça e no coração são fatais 😝 : ouvindo Maicon? O som do sofrimento - digo com o olhar frio sem tirar os olhos do Danilo que chorava de raiva, medo e tudo o que se pode imaginar de sentimento ruim
Danilo : filho da puta - cospe as palavras e ergo a sobrancelha ironicamente. filho da puta é? Boca suja 😒 A madrugada era de garoa e quando o sangue se espalhasse no chão ia ser limpo rapidamente por causa das gotas finas de água
Filipe : buuuum! - e atiro na cabeça do moleque que enquanto caía sua mãe gritava ensurdecedoramente. Fiquei triste por ela, mas eu não podia perder a frieza. Asseno com a cabeça para os caras que apontavam a arma na cabeça do Joaquim e na cabeça da mãe do cara morto. O cara que estava atrás da mãe dá um tiro na cabeça dela que também caí para a frente. Vejo o Joaquim olhar para aquela cena completamente em choque e me olhar com os olhos cheios de lágrimas, o encaro. Provavelmente o moleque tava pensando que eu ia mandar matar ele também. Eu não ia deixar a mãe do moleque viva para dedurar a gente e sermos presos. Foi ordem do carioca e eu topei : limpem a bagunça. - dou a arma para ele : Vou falar com o Joaquim - digo para o Maicon que assena com a cabeça conforme eu ainda encarava o Joaquim. tu tá com a gente ou não tá? 😕 Minhas mãos estavam tremendo. Eu não gostava bem de matar, pois toda vez que eu fazia isso eu queria mais e mais sangue. Por isso dei a arma para o Maicon. Faço um gesto com a cabeça para os caras e me ajoelho ao lado do Joaquim que olhava para a mulher no chão : que foi? - ele me olha. O Maicon ia tirar foto do corpo do Danilo pra mim mandar para o carioca. Os caras(Pablo e Otávio) andaram até o Maicon para me deixar a sós com o moleque e esperar o Maicon dar a ordem de limpeza. Maicon era o chefe deles em relação a isso e eu era chefe do chefe das execuções
Joaquim : porque matou a mãe dele? - pergunta sem olhar para o corpo cujo o sangue se espalhava pelo chão. Ficou um buraco feio atrás da cabeça da mulher
Filipe : preferia que eu tivesse te matado? Eu dei minha palavra não dei? - pergunto calculista. Se ele bobeasse eu mataria ele também, depois daria explicações para o Daniel
Joaquim : mas você já tinha matado ele - diz aparentemente com raiva de mim por causa das minhas atitudes. Suspiro profundamente e olho para os três caras que pegavam o corpo do Danilo do chão. Eles eram tão frios quanto eu. Estavam acostumados com isso. Ele olha para a mulher ao seu lado
Filipe : não podia dar bobeira. Ela podia denunciar. - o testo em seguida : Tu vai denunciar? - ele olha mais uma vez para a mulher caída e me olha. Ele discorda com a cabeça
Joaquim : e por acaso sou louco de entregar minha família de bandeja assim pra vocês? - limpa furiosamente as lágrimas de seus olhos
Filipe : como assim vocês? Faz parte da gente agora. Ou errado? - o fito calculista mais uma vez moleque não faz besteira... 😐
Joaquim : não. - praticamente o tempo todo quando não estava olhando para o corpo caído, ou para mim, ele fitava o chão pensativo e com lágrimas nos olhos que as vezes pingava tu é fraco moleque? O carioca disse que tu era o mais frio da turminha de otários... Ou tu mudou depois da prisão e o Daniel nem se tocou? 😕 : Já falei uma vez pro moleque e vou falar de novo: entrando nessa vida não tem mais como sair ligado? - me olha
Filipe : falou bonito - digo rindo enquanto batia em seu ombro e observamos os caras carregar o corpo da mulher para fora do terreno agora legal. Uma peça a menos ☺
Joaquim : quem vai ser o próximo a morrer? - pergunta pensativo com os nervos a flor da pele a todo momento. Eu também tava mano
Filipe : talvez o... - penso na turminha : Caíque, mas ainda temos que colocar o cara contra a parede porque como você disse entrando nessa vida não tem mais como sair né?
Joaquim : é - curvo o lábio em um sorriso satisfeito : e depois? - abaixa o olhar
Filipe : Evelin. Mas só quando o Gabriel tiver morto. Ainda precisamos dela infiltrada na casa dos caras. Depois do Gabriel quem morre é a... - ele me interrompe
Joaquim : Manuella. Essa pode deixar que eu mato. Faço questão - diz ainda com muita raiva e sorrio quem vai matar ela e o playboyzinho drogado é o carioca eu acho 💭
Filipe : sabia que foi por causa dela que chegamos até o Danilo? Sim mano... Ela deu ele de bandeja. Claro, sem querer - acabo rindo coitada 😂 : a loira é inocente demais. Dá até dó
Joaquim : você tem dó de alguém? - me olha e estranho sua pergunta tá me enfrentando moleque? 😕
Filipe : tenho de quem ousar mexer comigo. Igual tenho desses dois cadáveres aí - ele fica olhando para o sangue e toco mais uma vez em seu ombro : tudo bem mano. É só continuar firme com a gente - lembro e ele concorda com a cabeça ainda olhando para aquilo
Joaquim : pode pá...

...

Manuella narrando_
Hoje é dia 31 de julho de uma sexta-feira e estou no trabalho. São 10:26h da manhã e não estou tão legal assim, o que não é novidade. Um sentimento de culpa me subiu apartir do momento em que acordei e não entendi absolutamente nada. Afinal culpa de quê? O Alex me beijou e eu praticamente sai correndo quando me despedi de todos e ignorei o que tinha acontecido. Até hoje não sei porque ele fez aquilo, mas eu não quero machucar ele e nem o Natan como acho que fiz com o Richard. Eu e o Natan as vezes ainda ficamos e não escondi o que aconteceu dele, ele pareceu não se importar e eu consegui relaxar um pouquinho. Falei pra bih conversar com o Alex, mas ela disse que ele só fez o que fez porque o pai dele achava que ele era gay e ele queria de uma vez por todas tirar isso da cabeça do seu Cristovão e eu quis acreditar nisso. Me sinto culpada pelo que aconteceu com o Gabriel. Ele quase morreu de overdose e ainda continua usando aquelas porcarias. A merida, a garota mais positiva que já conheci está diferente e acho que é por causa disso, mas eu não sei mais o que fazer. Se eu contar a verdade o Gabriel vai me odiar e o Nicolas não vai acreditar em mim depois de tanto tempo achando que eu o traí. Ele não vai acreditar em mim afinal, ele preferiu acreditar no melhor amigo do quê mesmo em mim, mesmo sem ter provas e eu não acho que seja diferente agora. Não quero que o Gabriel more na rua, debaixo da ponte ou em qualquer lugar que for, por minha causa, mas também não posso deixá-lo morrer de overdose. Ele só usa aquilo porque a culpa dele ainda é presente quando se trata do Matheus. Ele o matou para me defender, me defender com o nick, mas... Valeu mesmo a pena ter me defendido? Ele foi preso, praticamente se rendeu a polícia e quando saiu(por minha causa também) começou a se entupir de droga, foi um refúgio para relaxar mais e se livrar momentaneamente da culpa, mas vale a pena se matar aos poucos por meia hora "vivendo em outro mundo?". Um mundo cor de rosa cheio de arco íris e unicórnios? Sei que ele não é gay, mas só consigo imaginar que quem usa droga fica nesse mundo de mentiras. Tudo se resume num ciclo que sempre é voltado para mim e não sei quando isso vai acabar. Ao menos sei se isso vai ter fim... Afinal, quem é João? Estou conversando por mensagem no computador com um cliente sobre tal região da Irlanda. Na faculdade estudamos(eu e a merida) sobre tudo, sobre todas as regiões do mundo. Meu celular na mesa começa a vibrar, mas ignoro pois eu tava no trabalho. Vibra de novo e de novo e vejo que se tratava da mah. Estranho e por um momento me passa uma ansiedade na cabeça. será...? 😮 Eu não podia atender, mas para ela me ligar assim devia ser muito urgente e eu tava sozinha na sala. Era da merida e minha, mas ela tava na recepção com os outros. Atendo

Início de ligação :
Manuella : mah? - pergunto ainda olhando para a tela do computador. Sem parar de falar com o cliente. Deixando assim meu celular entre meu ombro e orelha
Marta : oi manu. Sei que trabalhando, mas é urgente. A bolsa da sua mãe acabou de estourar e ela mandou te ligar - diz com a voz apressada e sinto meu coração disparar
Manuella : falando sério? - pergunto ansiosa. Um turbilhão de sentimentos fluindo a mil
Marta : sabe que sua mãe quer que você acompanhe, já que seu pai ainda viajando a negócios. Vem logo menina eu vou pedir para o Renan levar a gente no convenio dela agora! - alerta e fico agoniada para sair do trabalho e ir até o hospital
Manuella : tabom - digo rindo. Eu tava tão ansiosa quanto ela
Fim de ligação :

A Rebeca vai nascer!!! 😄😄😄😄😄😄

...

O meu Silêncio - Sad drugs (5) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora