29° Enganando a sí mesmo

4 1 0
                                    

Nicolas narrando_
Hoje é sábado outra vez e estou mesmo disposto a recomeçar minha vida do zero. Tenho que aproveitar o sumisso da Carolina, meu afastamento da Manuella para tentar ter algo mais intenso com a Evelin. Eu quero isso e sei que ela também já que ela gosta de mim... Eu ainda amo a Manuella, mas idai? Sei que não vai durar pra sempre e quero que a Evelin esteja por perto quando isso acontecer. Por isso quero tirar a "estranheza" dela a limpo. Eu não acho bem ela estranha, mas é muito incomum mais de uma pessoa não ir com a cara dela, e não quero passar por isso de novo já que já passei por isso quando eu tava com a Carolina. Se eu quero viver do jeito que eu era outra vez, tenho que fazer isso certo e se a Evelin não for a garota, então que seja outra, mas a Manuella não. Não quero e não posso. Não depois do que ela fez. O biel tem razão, falar com a Laura me fez muito bem apesar de ela ter me ligado quando eu tava cansado e me preparando para dormir. Esse cara frio e babaca não sou eu e afim de mudança. Não do jeito que minha ex(Manuella) mudou, mas sim mudança do jeito certo. O jeito certo que ela achava ser o correto estava totalmente errado. Isso se ela achou a mudança repentina dela a coisa certa. Ela agora é outra pessoa. Não é mais a garota tímida e inocente que eu conheci um dia. Não mesmo e não sei o que pode ter acontecido para ela ter se transformado assim. Um câncer curado não faz isso. Não mesmo. Não quando se trata da Manuella. A gente transou. Digo... Eu e a Evelin e agora ela está deitada em meu peito, o que me faz lembrar da... 😟 manu Afasto isso da cabeça e acaricio o braço da Evelin. Dou um beijo em sua cabeça

Nicolas : você nunca me contou a história da sua vida - começo a "investigação" se é que pode se chamar assim
Evelin : porque esse interesse agora? - pergunta alarmada e levo um baita susto. Ela havia se apoiado no cotovelo e segurava a coberta sobre o peito para me olhar
Nicolas : calma. Eu só lembrei... Fiz mal em querer saber? - pergunto com interesse. Ela abaixa o olhar pensativa. Coloco uma mão atrás da cabeça
Evelin : não. Não. Claro que não - diz por fim e se deita outra vez no meu peito o que será que aconteceu na vida dela? 💭
Nicolas : muito pesada? - continuo
Evelin : o quê? - me olha sem entender
Nicolas : sua vida?
Evelin : não. Na verdade é uma história normal como qualquer outra - curva o lábio em um sorriso desconfiado. Ela não tava esperando por essas perguntas
Nicolas : então posso saber? - insisto
Evelin : pode. Pode sim - sorri e afago seus cabelos. Ela me olha com um olhar triste e fico confuso : é... Por onde eu começo?
Nicolas : pelo começo talvez? - sorrio tentando descontraír um pouco : onde você nasceu? - aposto perguntar e ela hesita por um momento
Evelin : No Rio de Janeiro
Nicolas : sério? Então você é carioca? - ela concorda com a cabeça
Evelin : sim e você é Francês - sorrio : sei que não tenho sotaque carioca, mas eu nasci no Rio - diz por fim
Nicolas : eu também não tenho sotaque francês - sorrio outra vez e ela curva o lábio em um sorriso : onde sua mãe mora? - continuo com as perguntas. Ela nunca me falava da mãe dela. Muito menos da família
Evelin : ela morreu. Morreu de acidente de moto. A muito tempo atrás. Eu era pequena. - começa a explicar : Meu pai tinha uma moto e eles sairam uma vez pra ir na casa da minha madrinha. - sempre com o olhar baixo : Minha atual madrasta. Meu pai perdeu o controle da moto e bateu num muro baixo de ferro daqueles que tem na pista sabe? - me olha e concordo com a cabeça : minha mãe voou longe, bateu a cabeça numa pedra e morreu na hora. Meu pai também voou, mas diferente dela ele conseguiu sobreviver. Eu não consigo sentir muita falta da minha mãe não. Eu tinha um ano e sete meses quando isso aconteceu e eu não lembro bem do rosto dela. Minha madrinha ajudou a cuidar de mim e meu pai meio que se apaixonou por ela depois de um tempo. Ela ajudou o meu pai a superar a morte da minha mãe. Minha madrinha que agora é minha madrasta, também é minha mãe. - sorri e curvo o lábio em um sorriso : Meu pai morreu a cinco anos atrás de infarto. Acho que foi muita ansiedade em saber que só faltava uma semana pra ele se casar pela segunda vez. - aparenta estar pensativa enquanto olhava para o meu peitoral meio magro : Fora isso... Acho que não tem mais nada. O resto da minha familia nunca foi muito presente não - admite e perco o ar
Nicolas : nossa
Evelin : é, pois é - sorri forçado : entendeu agora porque nunca falei nada? - diz naturalmente porém com um tom meio triste. Suspiro é biel... A vida dela não é nada estranha. O motivo de você achar ela estranha deve ser por consequências do passado dela
Nicolas : sim, mas isso não é uma história normal
Evelin : pra mim é. Todo mundo morre um dia né? Alguns mais cedo, alguns mais tarde... A única certeza que temos é que algum dia todos nós vamos morrer - admite e fico pensativo por um momento é 😅
Nicolas : isso é verdade
Evelin : então - suspiro profundamente e continuo com as perguntas
Nicolas : já namorou alguém antes de mim? - ela concorda com a cabeça e curvo o lábio em um sorriso : claro que já né? Linda desse jeito duvido que não - ela ri
Evelin : bobo. Já namorei seis vezes antes de você - admite e arregalo os olhos surpreso
Nicolas : tudo isso?
Evelin : é... Tipo, você, acho que é o cara que durando mais tempo comigo. Meus relacionamentos duraram pouco. Sabe... Um durou dois meses, outro uma semana, o outro seis meses, outro três meses e assim vai - diz por fim
Nicolas : caramba. Uma semana?
Evelin : os caras só querem curtir. Não querem nada sério e eu não tenho paciência pra isso. Na verdade não tenho paciência pra quase nada - rimos
Nicolas : certo - volto a acariciar seu braço delicadamente
Evelin : e você? Como conheceu a Manuella? - pergunta curiosa e suspiro desconfortável. Olho para ela
Nicolas : ela trabalhava numa lanchonete
Evelin : pensei que tivesse dito que ela é rica - estranha e curvo o lábio em um sorriso ao lembrar de como ela era. No início toda atrapalhada...
Nicolas : sim... Quero dizer, a família dela é. Os pais. Mas ela nunca quis o dinheiro deles. Ela dizia que não era digna disso já que não lutou pra ter uma quantia tão alta assim. Eu até entendo isso, eu sempre trabalhei também - admito
Evelin : agora eu entendo porque você ama ela - diz pensativa com o olhar baixo e me recomponho
Nicolas : mas eu com você não tô? - tento mudar meu comportamento
Evelin : mas não queria estar com ela? - pergunta pensativa
Nicolas : ela me traiu Evelin. Isso não tem perdão - digo irritadiço
Evelin : é... Tem razão. Traição é uma coisa que não se perdoa, mas e sua primeira namorada? - pergunta com curiosidade
Nicolas : a Carolina era incrível. Incrível até eu descobrir a sem noção que ela era. De vez em quando ela aparece pra me atormentar, mas depois que a gente começou a namorar ela deu uma parada - ela se engasga : eita. tudo bem? - pergunto preocupado com seu engasgo momentâneo. O que foi estranho
Evelin : claro! tudo ótimo - sorri e estranho será que foi ela que fez algo? Não... Quero dizer, sei lá né? 😅 : que tal pararmos de falar sobre nós e aproveitar mais um pouco? - pergunta me beijando e estranho ainda mais, mas dou de ombros. Concordo com a cabeça
Nicolas : quer partir pro segundo round? - pergunto animadinho
Evelin : você não? - sorri com malícia e mordo o lábio com desejo de ter ela outra vez essa noite. A beijo com certa agressividade e ela nos separa. Olho para ela que olha para mim com um olhar diferente, um olhar de arrependimento, mas arrependimento de quê? Será que ela não queria o segundo round? Mas ela me beija outra vez e por um momento me deixei esquecer a Manuella. Ela gemeu mais do que na primeira vez, me apertou, me arranhou e ficou fazendo movimentos de quem estava sentido muito prazer enquanto eu beijava seu corpo e chupava suas partes íntimas. Ainda mais quando penetrei dentro dela. Ela tinha um corpo de deixar qualquer cara louco e eu não ia hesitar em ter prazer com uma garota dessas. Ela era linda! De rosto e corpo e eu seria trouxa de não aproveitar o momento. Era muito bom e nenhum dos dois queria parar até o momento em que fiz ela gozar de prazer. Eu já tinha feito isso, porque pra homem é mais fácil. Estavamos ofegantes até demais. Ela ri e sorrio, mas me veio um arrependimento muito grande, coisa que não entendi pois essas não foram as primeiras vezes que transei com ela
Evelin : nossa! - diz satisfeita e ainda bem ofegante. Sorrio. Ofegante também
Nicolas : gostou? - mordo a boca dela e ela concorda com a cabeça. Acaricia meu rosto e me deixo ser envolvido por esse toque. Eu precisava
Evelin : quero que você me ame um dia - diz praticamente em um sussurro. Eu tava em cima dela
Nicolas : também quero te amar - beijo sua mão e ela curva o lábio em um sorriso
Evelin : já falei que você ficou gato com esse cabelo novo? - sorrio e ela também. Logo volta a acariciar meu rosto outra vez : gosto muito de você Nicolas - admite, mas eu não sabia o que falar. Só consegui dar um beijo em sua testa, deitar ao seu lado e fazê-la deitar em meu peito. Eu queria chorar, mas porque? 🤦🏽‍♂️

...

O meu Silêncio - Sad drugs (5) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora