65° Tapa na cara

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Nicolas narrando_
O quê?!!! 😳

Início de ligação :

...

Nicolas : do que você falando? - pergunto completamente confuso e angustiado como assim acha que aconteceu alguma coisa com ele? 😓
Jonas : descobri que o Gabriel está no hospital. Você acha que eu ia emprestar o jatinho e não ia pesquisar onde o jatinho estava? Rastreei o celular do Gabriel e o gps levou pra um hospital público chamado Getúlio Vargas. Eu já falei para os meus pais e achei que você quisesse saber já que é o melhor amigo - explica, mas mesmo assim não consegui acreditar
Nicolas : você não sabe mesmo o que aconteceu pra ele ter falado com você desesperado? - insisto em saber
Jonas : querido meu irmão me odeia. Você acha que ele iria me dar detalhes? Só acho que aconteceu alguma coisa séria não? Não custa nada ir lá ver já que somos ricos - diz irritadiço e respiro fundo
Nicolas : sou rico, mas não estou no Brasil. Estou na Alemanha a trabalho - respondo no mesmo tom de irritação
Jonas : e você trabalhando agora? - pergunta e não. Hoje era minha folga e na Alemanha agora é dia
Nicolas : não
Jonas : então cara. Pede licença ai e vai pro Rio de Janeiro
Nicolas : tabom. Vou ver o que eu faço. Valeu - digo ainda irritado o que aconteceu biel...? 😓
Jonas : de nada. Amigo do meu irmão é meu amigo também - não sei porque, mas isso não me soou legal 😅
Nicolas : tchau - e desligo a ligação
Fim de ligação :

vou ligar pro biel... procuro o contato dele e o faço, mas ele não atende. Ligo de novo e de novo, mas nada. caramba biel... 😓  Resolvo dar um tempinho enquanto arrumava minhas malas e quando termino de dobrar tudo ligo novamente e nada outra vez. Ligo de novo, mas nada. Desisto e resolvo falar com o tenente que diz que eu poderia ir, mas que eu perderia alguns benefícios do trabalho. Não dou muita importância e compro uma passagem para hoje mesmo ao Rio de Janeiro. Cheguei no aeroporto e espero uns 30 minutos ansioso, confuso e angustiado quando o voô é chamado e dou graças a Deus por isso. Poderia não ter acontecido nada e se não for nada eu vou ficar fudido com o Jonas

(...)

Gabriel narrando_
Caralho... Nunca senti tanta dor velho. 😓 Que porra 😓  Me assusto ao ver o médico entrar e arrastar uma mesinha de ferro com rodinha até mim e uns bagulho em cima

Xxx : vou fazer um exame rápido em você e deixar seus parentes te visitarem - diz pegando uns bagulhos da mesa
Gabriel : espera ai... Parentes? - pergunto inquieto e sinto mais dor ainda no ombro. Faço careta e o médico percebe
Xxx : você não pode fazer muito movimento. Não se recuperou da bala ainda. Espera aí... - e me examina. parentes? Não... Deve ser o parça. 😅  É... É o parça. Só pode ser ele... 😓 Pouco tempo se passa até que ele termina os exames e me olha. O encaro curioso : está se recuperando bem, só que ainda está inflamado e precisa ficar de repouso. Eu vou chamar as pessoas que querem te ver - e se levanta
Gabriel : espera... - ele me olha e bufo. Nego com a cabeça querendo dizer com aquilo que não era nada ligado? Meu ombro doía pra um caralho. 😓 O médico chega na porta e me arrependo de não ter perguntado quem era : doutor - o chamo, mas ele sai. Bufo : merda - e me jogo no travesseiro, o que dói pra uma porra. Me arrependo no mesmo minuto. 😤 Vejo quando a porta se abre e vejo quem eu menos queria ver na minha vida inteira, que quando entram, olham ao redor. Papai, mamãe e "maninho". 😒 Minha mãe sorri quando me vê e viro o rosto para o lado oposto não acredito mano 😒
Clara : quanto tempo filho - e toca na minha perna
Gabriel : engraçado que agora sou seu filho né? - pergunto ainda sem olhar para eles
Ótavio : o que aconteceu? - pergunta curioso o cara que um dia trepou com minha mãe sem camisinha fazendo ela engravidar de mim
Gabriel : interessa? - finalmente resolvo olhar para eles e o senhor que um dia foi meu pai bufa
Jonas : isso é jeito de falar com nossos pais maninho? - pergunta curioso e irritadiço. Dou de ombros
Gabriel : como tu descobriu onde eu tava? - pergunto mais nervoso que ele
Jonas : rastreei o celular - e me assusto outra vez carai cadê meu celular? 😳
Gabriel : vocês são engraçados né? - pergunto olhando para os "meus pais" : Aceitam um filho gay, mas não aceitam um filho que quer andar com as próprias pernas - julgo inconformado nunca me quiseram então porque me fizeram seus idiotas? 😒
Otávio : não temos preconceito com sexualidade - e pega na mão da minha mãe o que estranhei pra porra insegurança senhor Otávio Castilho? 😒
Gabriel : mas de resto né? Desculpa perguntar... Mas o senhor já comeu algum cara? - o olho com curiosidade e vejo meu irmão arregalar os olhos e olhar para ele
Clara : o quê?! Gabriel eu exijo que respeite seu pai! - diz muito nervosa e reviro os olhos dependente de marido 😒
Gabriel : então se deêm o respeito. O que vocês acham? Que iriam aparecer aqui e tudo bem? Vão se fuder isso sim. Se é a porra do dinheiro que querem um dia eu vou pagar - solto um riso debochado : já lotado de dívidas mesmo. - falo para mim mesmo ao olhar para o lado oposto : A única família que tenho é o cara que me acolheu quando vocês me abandonaram, a mina que ele ama e a garota que eu amo. Eles são minha família, vocês não são porra de nada para mim valeu? Agora por favor queiram se retirar cambada de fresquinhos? - peço muito fora de mim e eles muitos surpresos se entreolham e depois me olham outra vez
Jonas : até eu?
Gabriel : tu acha que eu esqueci o que tu falou pra mim quando seu pai e sua mãe me meteram o pé na bunda? - aposto perguntar ainda irritado
Jonas : ingrato! Eu te emprestei o jatinho! - diz bem nervoso e dou de ombros
Otávio : emprestamos. Vem, vamos embora. Ele nunca foi meu filho mesmo - diz puxando os dois para fora do quarto podre. Isso me doeu na alma tão "ligado"?. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas as limpei bruscamente. Só é então que vejo que enquanto o cara que me deu a vida e meu "maninho" gay saiam do quarto, minha mãe estava me olhando
Gabriel : que foi?!!! - pergunto totalmente fora de sí e ela negando com a cabeça sai também. Grito de ódio de tudo que eu sentia no momento e acabo chorando. Foi uma espécie de desabafo e libertação. Com isso esqueci até a porra da dor. Um tempo se passa até que a porta se abre novamente. Era uma enfermeira
Xxx : licença? Vou fazer curativo - afirma entrando e concordo com a cabeça totalmente destruído por dentro. O que o cara que um dia já chamei de pai disse, me machucou mais do que a bala de um revólver. 😶 Fico observando a mulher tirar a gase suja de sangue e colocar outra, quando de novo, a porta se abre e em seguida alguém bate. Eu e a profissional olhamos para o objeto. Era o parça e um sentimento de culpa toma conta de mim. Eu já sabia o que era e eu tinha que contar a verdade. A loira foi embora parecendo depressiva e o mano nem sabe da história 😶
Nicolas : licença posso entrar? - pergunta curioso e uma ansiedade toma conta de mim
Xxx : o horário de visitas já acabou moço - avisa segurando meu braço
Nicolas : por favor é rápido - insiste e olha para a mulher
Gabriel : eu preciso falar com ele - digo atraindo o olhar da moça que olha novamente para ele e concorda
Xxx : tabom, mas não me atrapalhem - pede e se volta para fazer seu trabalho. Tava doendo pra caralho, mas não tão quanto doeu aquelas palavras daquele homem
Gabriel : pode pá - abaixo o olhar cansado
Nicolas : obrigado - sorri para ela entrando com agilidade e a enfermeira continua com seu trabalho, que tava ardendo pra porra : o que aconteceu mano? Te deixei em São Paulo bem e você aparece no Rio em um hospital? Pensei que tinha passado mal, mas essa marca de bala não é de alguém que passou mal. O que aconteceu biel? A verdade mano - insiste preocupado e suspiro profundamente. Olho para o trabalho da mulher por um minuto. vai Gabriel... 😓 Volto a olhar para ele
Gabriel : desculpa por tudo - só foi o que saiu. Fecho meus olhos fortemente
Nicolas : tudo o quê? Do que você falando biel? - pergunta confuso agora. Suspiro. Acho que ele tava pensando que isso foi alguma coisa relacionada a briga com aquele cara fortão na barbearia outra vez e eu poderia mentir novamente afirmando seu pensamento, mas chega carai... Não consigo mais mentir. Quase morri hoje. A ruiva que me salvou 😓
Gabriel : eu nunca parei de usar droga. - admito. Ele arregala os olhos e continuo antes que ele dissesse algo : Quero dizer... Eu até parei, mas um criminoso sabia que eu já tinha usado um dia, me procurou e me ofereceu
Nicolas : como ele sabia? - pergunta por fim e o encaro. Depois de hesitar relaxo meu corpo
Gabriel : estudaram minha vida - abaixo o olhar
Nicolas : pra quê? Biel nada disso faz sentido cara. Como assim você usava droga no apartamento escondido de mim? Não tem como mano. A bala mexeu com teu cérebro foi? - pergunta completamente confuso e nervoso. Solto um riso debochado
Gabriel : eu gostaria muito que tivesse sido isso - a sinceridade foi tamanha o suficiente para ele entender que eu falava sério. O parça se preocupa ainda mais
Nicolas : o que aconteceu? 😓

...







O meu Silêncio - Sad drugs (5) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora