9° capítulo

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Se passaram algumas semanas desde que tudo aconteceu, agora estou trabalhando na empresa do pai do Luan, já estou aqui a uma semana e até agora não tive sequer um contato com o Sr. Ricardo (pai do Luan) ele não sai do escritório, poucas ligações são encaminhadas pra ele, a maioria é pra esposa dele, que resolve todos os assuntos da empresa.

Minha relação com o Luan anda meio estranha, ele parece distante, talvez tenha se arrependido, mas estávamos indo rápido demais,  ele tá certo em se afastar, não sei por que me apeguei a ele em tão pouco tempo.
As aulas da Lilian começam em uma semana, decidi juntar dinheiro e me matricular somente no segundo semestre, não vou desistir do meu sonho, vou estudar e tentar de novo, se não conseguir eu vou fazer de tudo pra pagar minha faculdade, não vou desistir do meu sonho, não depois de tudo que eu fiz.
Quando chego em casa a Lili tá toda arrumada, ela me chama pra ir numa festa, já que hoje é sexta e eu estou precisando me divertir depois de uma semana de estresse no trabalho, eu aceito, quando termino de me arrumar nós chamamos o Uber e vamos para a mesma balada que conhecemos os meninos, Lili disse que o Vinícius está ocupado hoje e não pôde ir, então decidi não chamar o Luan e fazer uma noite das meninas.
Nos divertimos, conversamos, bebemos, alguns caras pediram meu número mas eu não quis, não que deva fidelidade a ninguém, só não passei porque não estou procurando romance agora, nem ninguém pra pegação.

Quando saímos da balada eu vejo o carro do Luan estacionado do outro lado da rua, quando me aproximo mais um pouco vejo ele se agarrando com uma garota lá dentro.

A Lilian dá dois passos em direção ao carro e eu puxo ela, o Uber chega e nós entramos, não sei se ele me viu, mas também não me importo. Ele é solteiro não é? Por que meu coração tá doendo se ele nem é meu? Por que eu quero gritar e chorar? Eu não consigo entender, nunca senti isso antes, quero que desapareça e quero que ele desapareça.

Assim que chegamos em casa eu recebo uma mensagem dele perguntando como fui no trabalho, ignoro e vou dormir.

Quando acordo me deparo com a Lilian sentada na cama com um olhar preocupado.

Lili: quer conversar?

Eu: sobre?

Lili: o que aconteceu ontem!

Eu: ele é livre Lilian, nossos caminhos se cruzaram e somos obrigados a conviver, só porque ficamos algumas vezes não quer dizer que vamos namorar ou coisa do tipo, ele não é o tipo de homem que eu procuro.

Lili: você está bem mesmo?

Eu: sou uma mulher incrível, que não precisa de homem pra viver!

Lili: okay...

Eu: o que quer fazer hoje?

Lili: acho que só ficar com você aqui em casa...

Eu: não vai sair com o Vini?

Lili: ele anda muito ocupado, alguma coisa com o Luan, parece meio distante sabe? Ele tá estressado, não está me tratando mal ou coisa do tipo, ele é um amor, mas parece tão cansado...

Eu: mas ele não disse o que está fazendo?

Lili: não, mas tenho certeza que não é nada de errado.

Eu: você confia nele né?

Lili: sim.

Eu: vou tomar um banho e já desço pra tomar café

Lili: ah, não tem nada em casa, a gente meio que não fez compras pra cá...

Eu: acho que nos acostumamos a comer sempre fora com os meninos... Bom, a gente vai na padaria e depois no supermercado.

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