another us | adrinette

prólogo

Parecia impossível esquecer aquela ardência e todo aquele carinho que a mestiça sentia por Adrien Agreste, seu primeiro melhor amigo e, consequentemente, seu primeiro amor.

Era impossível negar que a garota gostava; não, gostar é pouco; amava o esverdeado. A azulada amava cada pedaço do maior, cada pequeno detalhe do garoto estava cravado no coração dela, que pertencia totalmente ao loiro.

Mas, como não teve a chance de demonstrar tal amor e como nunca pôde selar seus lábios nos dele, teve que seguir em frente e cortar cada laço de amizade com Adrien.

Porém, claro que havia um contra-ponto, era impossível esquecer ele em um estalar de dedos ou em um piscar de olhos. Para Marinette, não havia como esquecer Agreste, ele estava cravado nela, e por esse motivo, ela chorava todas as noites na faculdade.

"Amigos não se tratam desse modo", Juleka, uma garota que queria ser modelo e estava cursando moda e dividia o quarto junto de Marinette, disse a ela uma fez. "Amigos não se tratam do jeito que você o tratava, assim como ocorre o vice-versa. Eu adoraria conhecer Adrien e saber o lado dele."

Sim, pensou Marinette, amigos não dormem na mesma cama e não faz o coração acelerar.

Quando chorou por amor mais uma vez, percebeu que deveria fazer uma história clichê, narrando os fatos do relacionamento dela com Adrien, sem ter terminado do jeito que acabou: com os dois não se falando mais, como se não se conhecessem. Não, iria acabar de um jeito feliz, com um feliz-para-sempre.

Era um fato que a mestiça pensava que os finais felizes não eram realmente felizes ou não eram finais, como foi dito em seu livro favorito, "Tartarugas Até Lá Embaixo", mas ela iria fazer um esforço e lhe dar o final feliz que achava que merecia.

Para a mestiça, era como ter voltado no tempo e mudado um ponto de sua história, que mudou totalmente sua vida.

Sorriu mais uma vez e terminou de embrulhar o livro em um papel marrom. Escreveu o antigo endereço de Adrien, onde seus pais certamente moravam e o mesmo passava as férias, remetendo o embrulho para o esverdeado e postou no correio, pagando o preço para enviar.

Estava feito. De um jeito ou de outro, Adrien Agreste iria receber um livro com uma declaração de amor e o qual contava um futuro que o mesmo não viveu, assim como Marinette Dupain-Cheng.

Pois é, bem-vindos à mais nova obra do najúverse. Espero que gostem!

Todo o amor,

Najú ♡