4 - party

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O loiro se encontrava quase deitado no sofá se sua sala, lendo o nono capítulo do livro sobre ele e sua vida. Era engraçado e estranho ler aquilo, pois parecia tudo uma grande mentira.

Na maior parte das vezes, se sentia um adolescente novamente, com seus quinze anos, com Marinette ao seu lado e com Nino e Alya começando a ser um belo casal.

O que mais sentia falta era dos pequenos momentos que tinha com a mestiça, os quais ele não dava bola pois, para ele, aquilo iria continuar para sempre. Era como se eles fossem continuar aparecendo na casa do outro sem avisos prévios e saíssem para almoçar juntos. Se ele soubesse que não iria mais vê-la em sua frente por quase cinco anos, ele teria dado mais atenção a cada momento vivido com a menor.

No livro, o aniversário de dezesseis de Marinette estava perto, e a mãe da mesma perguntara que ela queria alguma festa e ela disse que um bolo para sua família, Adrien, Alya e Nino não faria mal algum. Mas, o loiro se lembrava daquele ocorrido e sabia muito bem que ele preparara uma grande festa surpresa para ela, convidando a sala toda e algumas outras pessoas que ela conhecia.

O loiro também sabia que, se tinha algo que se arrependera amargamente fora aquela festa. Depois, se arrependera dos momentos que não dera valor e por último por não ter acessado sua antiga conta de e-mail.

No sétimo, foi narrado um dia em que ele ajudara na confeitaria e no oitavo um em que ela fez um bolo para visitar uma Emilie Agreste gripada, o que foi importante para o esverdeado.

" Não quero uma festa grande, mamãe.  Marinette disse para a mulher mais baixa, na quarta-feira, três dias antes de seu aniversário. -Só quero você, papai, vovó e o vovô, Adrien, Alya e Nino. São as pessoas perfeitas para comemorar.

 Você tem certeza, filha?  Sabine perguntou, levando uma xícara de café para a garota. — Podemos fazer algo...

— Tenho certeza, mamãe. — ela sorriu e deu um beijo na bochecha da mulher. — Como foi seu dia?

 Normal.  a mulher deu de ombros.  E o seu, querida?"

Agreste fechou o livro, não terminando o capítulo, o deixando de lado em cima do sofá de sua sala na empresa e apoiou a cabeça em suas mãos, respirando fundo e se concentrando para não chorar.

Ele não perguntara para Sabine ou para a própria Marinette se a garota gostaria de uma festa. Estava muito ocupado e ansioso pensando em fazê-la feliz a qualquer custo que não perguntou se a mesma queria algo grande.

Mas, ele era um total idiota; Marinette sempre gostara de coisas simples e pequenas, dava atenção as joaninhas ao invés de borboletas. Como seu melhor amigo, era óbvio que a mesma não gostaria de uma festa grande e sim de uma menor, restrita apenas aos mais chegados.

O pior de tudo, não foi ele ter feito uma festa, e sim o fato de que Dupain-Cheng fingira sorrisos e o dissera que amou a surpresa, sendo que ele percebeu que ela havia dado mais atenção ao seu presente, que havia sido uma pulseira de fio vermelho, do que para a própria festa.

O loiro se odiava por saber, depois de anos, que na verdade Marinette queria algo simples, com amigos próximos e a família e ele, praticamente, estragara o dia dela. Contara para Sabine no último minuto, e ela tentara dizer que a filha não queria algo grande, mas ele disse que a mestiça estaria em casa antes das uma da manhã. Ele era tão idiota de não ter dado ouvidos para a Sra. Cheng, pois, mesmo naquela idade, ele sabia que as mães sempre tinham razão. 

Mesmo assim, virou a página, pronto para continuar a sua leitura. Estava ansioso demais para ler a parte em que a levava para a festa, então pulou toda a parte que descrevia o dia com a mesma no shopping e no museu de Orsay.

another us | adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora