Especial Dia dos Namorados

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A três anos atrás

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A três anos atrás.

Era verão. O sol está brilhando no céu e aproveito pra usar minha blusa favorita. Ela é de alças e vermelha, ganhei no meu aniversário no início do ano. A calça jeans preta era rasgada nos joelhos e o tênis cano baixo vermelho dava o toque final. Tinha deixado meus cabelos ondulados, mas deu errado.

Tudo isso porque Adam Philipe tinha me chamado pra um encontro.

-Você está linda.- Falou chamando minha atenção. Eu já estava com vinte e um anos, nem devia mais ficar envergonhada com esse tipo de comentário.

Adam vestia uma jaqueta jeans e uma blusa branca por baixo, uma calça jeans azul e o seu típico All Star, dessa vez ele usou o vermelho. Também estava bonito. Ao passar a mão pelo cabelo castanho escuro, foi como se estivesse em câmera lenta. Adam guardou seu celular e sorriu.

Ele estava sentado na grama, ao seu lado tinha uma cesta, uma pequena caixinha de som e eu sorri ao ver aquilo que ele montou sozinho.

-Obrigada. Você também está lindo.- Disse me aproximando.

Eu sentei ao seu lado, agradeci aos céus que deixou aquele dia tão perfeito com o Sol. O garoto deu um sorriso de canto, fazendo meu coração esquentar. Senti minhas bochechas queimarem.

-Um piquenique na área reservada do parque. Muito romântico.- Eu falei e ele deu risada.

-Eu trouxe o som pra você me dizer suas músicas favoritas.- Ele disse. Aquela caixa devia custar todo meu salário de designer.

-Gostei sim.- Respondi e finalmente encarei ele. Adam aproximou a cesta de nós.

-Os meninos da banda não param de falar de você.- Ele respondeu enquanto tirava os lanches e colocava em cima do pano quadriculado no chão.

-Isso é coisa boa?- Perguntei rindo. Eu estava muito nervosa.

-Considerando que você só foi lá duas vezes, é sim. São coisas boas, nada com que se preocupar.- Adam respondeu rindo também. Ele ficou tão fofo quando sorriu sem graça, sem ao menos saber o que dizer.

-Isso aqui é bolo de cenoura com chocolate?- Perguntei apontando pra vasilha transparente que ele tinha acabado de colocar. Era o meu favorito.

Adam abriu um sorriso e concordou. E era um sorriso lindo, um dos sorrisos mais bonitos que eu já tinha visto. Talvez estivesse exagerando, ou fosse porque o cara em minha frente era meu ídolo a um bom tempo e estávamos num encontro.

-Pedi pra minha irmã fazer pra você. Infelizmente não sei fazer bolos.- Ele respondeu. – Da última vez que fiz, o dono do prédio convocou os bombeiros.- Adam conta pra mim.

-Adam Philipe não sabe fazer bolos. E eu achando que você era perfeito, estou decepcionada agora.- Brinquei arrancando uma gargalhada dele.

-Pois é, bom lembrar disso pra não criar expectativas quando eu for fazer um bolo. Será um desastre.- Adam falou e ficamos dando risada daquilo.

Ajudei ele a cortar o bolo e coloquei nos pratos as nossas fatias.

-Um copo de café pra mim e um de suco pra você.- Ele falou enquanto servia.

-Café?- Perguntei fazendo uma careta. Chá parecia muito melhor.

-É um vício melhor do que qualquer outro.- Ele explica.

Dei de ombros e bebi mais um pouco do suco. Estávamos conversando tanto que quase não notávamos o horário passar, as risadas e os assuntos fluíam rápido, ficamos em pé e começamos a caminhar bem próximo dali.

O tempo congelou quando senti um arrepio ao perceber que nossas mãos se tocaram, e cada vez mais nos aproximávamos um do outro.

A música romântica Five Directions começou a tocar naquela mesmo hora. As risadas cessaram e agora nossos olhares estavam fixos um no outro, meu coração acelerava no peito e sentia minhas mãos ainda suando. Era uma ligação forte demais pra ser ignorada.

Senti sua mão direita no meu pulso, ela ia subindo até meu cotovelo traçando um caminho até chegar no ombro. Eu acho que estava tremendo, tentava me mexer, mas não conseguia fazer nada enquanto ele não parasse de olhar pra mim com seus profundos olhos azuis. Adam se aproximou um pouco mais e agora eu sentia de perto sua respiração agitada, um sorriso involuntário se abriu quando senti sua mão no meu rosto, ela estava quente e macia.

-Você é minha perdição.- Ele sussurrou segundos antes de se abaixar um pouco mais e colar nossos lábios.

De alguma forma eu sabia que ele ia fazer uma bagunça na minha vida.

Era eletrizante, perfeito e quente, mas não pela temperatura do meu corpo, mas sim pelo calor que ele me trazia. Emana confiança, como se estivesse dizendo mil palavras em apenas um único beijo. Sentia a ponta de seus dedos na minha nuca, me fazendo cócegas. Mesmo com os olhos fechados, ele conseguia mexer comigo sem fazer esforço algum.

Finalmente correspondi, eu me aproximei e coloquei uma das minhas mãos no seu ombro me juntando mais a ele. Eu ainda me esticava um pouco pra alcança-lo.

Não sei quantos exatos segundo durou, mas foi tempo suficiente pra eu me sentir nas nuvens. Nosso primeiro beijo. Eu não sabia o que viria pela frente, mas assim que ele se afastou deixando um selinho em meus lábios, percebi que daquela maneira não seria difícil confessar que já estava começando a me apaixonar.

E eu espero de todo meu coração não está enganada.

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