Como enlouquecer um Sheik Árabe!

Encontro

Dassy

Naquele momento, o tempo parou. Todos em silêncio, e aquele homem que mais parecia um dos filhos de Afrodite analisava a situação toda, enquanto eu ainda estava deitada sobre seus pés, implorando por perdão.

Levantei-me sem poder fazer nada. Sabia que seria nosso fim ali. Rezei para que nossas vidas fossem poupadas, independentemente do preço que teríamos que pagar.

Depois de um simples movimento de mão daquele que era detentor de todo o poder, fomos separados, meus amigos e eu, pela guarda do sheik.

Estávamos com medo até de respirar. Em seguida, Raj, o chefe dos seguranças, recebeu alguma instrução do sheik.

Fui atirada para dentro de um dos carros da comitiva, junto com minhas malas e meus amigos. O motorista recebeu ordem para seguir viagem para a casa do meu tio.

Sheik Omar

Já em seu carro blindado, ele parecia incomodado e irritado.

Raj: Emir, todas as suas ordens foram seguidas, mas a menina está muito silenciosa e estranha...

Omar: É bem melhor assim, pois fui muito benevolente para com eles. São insolentes esses estrangeiros...

Raj: O que faremos com a menina no palácio? Pois não vejo qual a utilidade desta gazela para nós. Risos...

Omar: Vai se arrepender de ter cruzado meu caminho. Liga para o meu harém. Preciso liberar esta tensão. Risos...

Por Deus, que gazela é aquela que suas palavras me fizeram estremecer por dentro?

Mas não posso deixá-la sem nenhum castigo, pois se não, estes estrangeiros farão da minha cidade algo imundo.

Dassy

Assim inicio meu caminho para o calvário. Mas vou com certeza encontrar um meio para me livrar desse problema. Desde pequena, sempre fui muito inteligente, acima da média.

Mesmo que neste país a opinião das mulheres seja nula, isso não quer dizer que eu não possa tentar fazer algo diferente. Risos...

Camila era uma empregada pessoal do sheik, e me olhava com curiosidade e risada misturadas, pois eu estava rindo da minha própria desgraça.

Camila: Silêncio no carro, gazela.

Dassy: Peço desculpas pela risada, mas não consigo parar de pensar na minha desgraça. E sei que vou morrer hoje, pelo menos quero rir um pouco.

Camila: Quem lhe disse, gazela, que vai morrer? Pelo contrário, o sheik Omar vai deixá-la bem viva para os seus castigos. Você vai pedir sozinha para morrer. Que Deus a proteja do sheik Omar, gazela.

Dassy: Não tenho medo. Tenho Deus sempre no meu coração, e Ele vai me proteger. Não fizemos um crime tão grave assim para merecer a forca, não acha? Risos...

Camila: Gazela, gostei de você. Poderíamos ser boas amigas um dia. Mas temo que isso não seja possível. Você é insolente e não deveria falar com ele sem ter sido autorizada para tal. É corajosa da sua parte, contudo, essa também é uma qualidade rara nas mulheres por aqui.

Dassy: Que lugar lindo! Parece um jardim do Olimpo, com tantas flores lindas. Não consigo ver ou saber quais são as mais lindas. Gostaria de poder tocá-las e colhê-las para fazer um lindo arranjo de flores. Trabalhei com flores para ajudar nos meus estudos.

Aiiii meu Deus, que castelo é aquele ao fundo? Parece uma fortaleza, é super lindo e grande! Mas por que tantos guardas? Tem um dragão vivendo aí? (risos)

Camila: Cale a boca! É a casa do Sheik. Já chegamos agora é contigo. Mas gostei de falar com você. Que Deus cuide de você e de todos nós. Espero que o Sheik não esteja de mau humor, senão você será o jantar do tigre dele. (risos)

Enquanto isso, meu tio recebe meus amigos e se preocupa com tudo o que eles contam sobre o incidente acontecido com sua sobrinha.

Tio Tariq não sabia o que fazer, pois o Sheik é muito perverso e autoritário. Não há possibilidade de convencê-lo com palavras, onde sempre a dele e a última sempre.

Então, depois de muito pensar, decide ir tentar conversar com ele, pois havia uma longa história de amizade com o pai do Sheik.

Tentarei explicar que talvez tudo não tenha passado de um pequeno erro, até porque a sobrinha não tinha sido criada dentro dos hábitos e costumes árabes.

Todos estavam apreensivos, pois nem mesmo o jantar com as iguarias deliciosas que havia sido servido para a recepção foi tocado. Todos estavam tristes com tudo o que ouviram do tal Sheik e não sabiam se Dassy ainda estava viva.

A tia só chorava, pensando no que diria à cunhada sobre a situação da filha. Pois Tia Radij era grande amiga da minha mãe. Haviam se casado no mesmo dia e se tornado muito unidas desde então.

Começou a rezar, pois ela tinha muita fé em Deus e sabia que Ele não a abandonaria nesta situação.

E quando todos estavam lamentando o sequestro dela, ela chega na sala toda feliz e com esperança, dizendo:

Tia Radij: Pessoas sem fé e que se comportam assim, saibam que a última palavra é de Deus. Acho que o Sheik cairá na própria armadilha. Nada acontece sem um propósito, pois os caminhos de Deus são sempre tortuosos.

E sem querer, começamos a rir de tudo o que estava acontecendo conosco, pois já não havia muito por fazer naquela noite.

Foram todos se deitar sem acreditar que as férias dos sonhos estavam sendo um verdadeiro inferno na terra.