A verdade dela

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Senti-me confortável ao ser abraçada pelo homem que havia me obrigado a casar, mas que cada vez mais entrava no meu coração. Abri os meus olhos e vi que ele estava preocupado comigo. Não consegui conter as lágrimas que caíam sem parar no meu rosto.

Omar: Minha gazela, foi só um sonho ruim. Não quer me contar o que aconteceu?

Dassy: Não, não foi um sonho. Foi muito real o que aconteceu, pode acreditar. Se eu te contar, você vai sentir nojo de mim, Omar.

Omar: Por que não me conta e deixa eu tomar minhas próprias decisões sobre o assunto, habib?

Dassy: Irei contar tudo a você, pois acho que, se vamos nos casar, devo a você a minha verdade sobre o meu passado.

Ditas estas palavras, limpei minhas lágrimas e contei tudo com riqueza de detalhes ao emir. A cada momento que eu contava, seu semblante ficava mais fechado e irritado. Mas eu não podia ocultar esta verdade dele: a tentativa de violação sexual que sofri quando adolescente. Isso me causou trauma e impediu que qualquer rapaz se aproximasse de mim. Eu só tinha contacto com homens da minha família e meu melhor amigo. Não conseguia confiar em mais ninguém até que ele apareceu, misterioso e lindo, e eu não pude resistir. Parece que estou sucumbindo de amor por ele. Depois de contar quase tudo, exceto o nome do monstro, ouço o som de um vaso de flores quebrando

Emir: Como se chama este homem? Diga já, é uma ordem.

Dassy: Williams Courteney Filho. O pai dele é muito rico em Nova York.

Emir: Sinto pelo pai que ficará sem um filho. Este miserável será um homem morto até ao amanhecer. Não vou deixá-lo respirar o mesmo ar que você, pode apostar. Ou não me chamo Omar, filho do meu pai Muhammad Ali Saíde.

Dassy: Com tudo o que lhe contei, se você quiser pode desmarcar o nosso casamento. Se os teus inimigos souberem desta história, vão te atacar com palavras feias, Omar. Entendo se você decidir me deixar. Ainda dá tempo de cancelar tudo e voltar para o meu país, sem que ninguém saia machucado.

Omar: Habib, nada irá mudar com relação ao nosso casamento. Os planos seguirão. Sinto muito por tudo o que você passou, mas agora eu irei protegê-la sempre, para que nunca mais aconteça algo assim em sua vida.

Pronto, habib. Beba esta água e acalme-se. Tenho coisas a fazer antes do nosso casamento, que será em 18 horas. Quero ver você linda no altar. Pelo barulho, as comadres já estão preparando o seu banho de despedida de solteira. Prepare-se, vai durar muito tempo. Sua mãe, sua tia e suas amigas também vão ajudar a banhá-la para dar sorte, eu acho. Enquanto isso, eu vou beber um pouco e resolver meus assuntos para não atrapalhar a nossa lua de mel.

Dassy: O que você vai fazer com meu ex-professor? Vai mesmo matá-lo? Não quero que faça isso. Você vai se arrepender por toda a vida. Não suje suas mãos por alguém que não vale a pena.

Emir: Não sou homem de mudar de palavra tão facilmente. Ele já está morto e não se fala mais sobre esse assunto.

Fiquei admirada com a calma e frieza com que ele falou. Depois, senti ele me beijando com paixão e me puxando para frente de um grande espelho. Ele o abriu, revelando uma porta. Ele me informou que era uma passagem secreta para os aposentos reais e uma saída para o mato, onde há vários carros para fuga em caso de invasão do palácio.

Dassy: Por que está me dizendo isso? Estamos em perigo? Não me assuste, Eazizi Alearis. Por favor, diga a verdade para mim.

Emir: Relaxa, Habib. É apenas para o caso de precisarmos nos proteger de algum ataque no palácio. Tem também outro espelho no meu quarto com a mesma função. Quero que guarde isso e nunca fale a ninguém. É por lá que venho te ver sempre nas noites, gazela, e deixar um beijo no seu rosto lindo.

Dassy: Podes confiar em mim, está seguro este segredo comigo, Omar. Fico feliz por compartilhar algo assim comigo. Podes acreditar.

Emir: Tenho um pedido a fazer, Gazela.

Dassy: Diga-me, meu emir, o que deseja? E o seu desejo será concedido, pois esta humilde serva vive para lhe satisfazer, meu emir.

Emir: Que bom que já está de bom humor. Quero que, na nossa manhã de núpcias, dance para mim no quarto. Pode ser?

Dassy: Eu não sei dançar, meu emir, mas posso tentar. Sou um verdadeiro desastre ambulante, Omar.

Omar: Guarde suas artimanhas para enganar seus amigos nos jogos que sempre você conseguiu vencer. Sou uma raposa astuta, portanto sei que você dança como uma verdadeira serpente e cisne negro, minha habib. Não me desaponte mais logo. Te desejo sorte para os preparativos com as comadres e a equipe de maquiagem que já chegaram desde as 4 horas e estão aguardando.

Dassy: Por que não me disse nada antes? Agora tenho que me arrumar para mais tarde, Aezizi. Mas me deixe um beijo de bom dia, meu amor.

Omar: O que você me chamou, Dassy? Repete.

Dassy: Meu amor. Você é isso para mim, Aezizi.

Omar: Não diga algo assim. Você pode se arrepender disso mais tarde, pode acreditar em mim.

Sem mais, Dassy diz para mim olhando nos meus olhos, "Eu te amo, Omar."

Parece que meu coração ia sair pela boca. Começamos a nos beijar e a trocar carícias. Ele tocou meus seios e eu gemi de prazer, pois tinha um fogo que subia sem parar pelo meu corpo, aumentando a minha temperatura, pois estava super excitada. Mas meu emir também estava descontrolado e me prensou na parede, tocando-me de muitas formas. Até que alguém bateu à porta de forma insistente.

Emir: Por Allah, é um sinal de que devemos parar e guardar para mais tarde, minha ninfa. Um beijo de bom dia revigorante, pode acreditar, minha futura esposa.

Saiu pela porta secreta e eu fiquei um tempo para me recompor. Fui abrir a porta e encontrei um monte de mulheres, todas cheias de enfeites e outras coisas que não sei o que são.

Como enlouquecer um Sheik Árabe!Onde histórias criam vida. Descubra agora