chapter 5- Frank Iero

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Minha noite foi incrível, até certo ponto.

Eu estava muito feliz de ter encontrado com Gerard de novo, por mais que nós não tivéssemos conseguido sair de lá, valeu a pena. Ele conheceu Bert, eu conheci Quinn, e se não fosse por aquilo tenho certeza que Bert só me apresentaria Quinn no dia anterior do casamento, por mais que eu cobrasse que ele me apresentasse quase todo dia, quando ele ficava todo boiola olhando a tela do celular, ou quando saía do nada no meio da noite, cheio de pressa. Ele sempre me dizia a mesma coisa, "quando chegar a hora eu te apresento". Mas qual era a hora? Eu sou seu melhor amigo!

Quanto a isso, eu estou aliviado que ele seja alguém normal, do jeito que Bert é, eu não duvido que ele se envolva com um professor da faculdade ou algo do tipo, na verdade isso é a cara dele, visto que ele dava em cima de quase todos eles durante as aulas. Quinn parecia legal, e estava fazendo bem para o meu amigo, então eles dois podiam contar com o meu apoio naquela relação, eles estávam quase namorando oficialmente, só faltava alguém propor.

Porém a história tem altos e baixos, não pra eles, mas pra mim mesmo. Naquela noite eu mal consegui dormir, porque aqueles dois coelhos no cio ficaram fazendo barulho a noite inteira, e era torturante ter que dormir com aquilo, e pior quando os dois ficavam na cama do lado, a qual era separada da minha apenas por um espaço e uma cortina vagabunda meio rasgada. Eu fiz de tudo, tentei abafar o som com o travesseiro, pedir silêncio (eles faziam por 3 minutos e depois voltavam com os gemidos e barulhos de mola) e tudo que alguém possa imaginar. Acho que o momento em que eles acabaram aquilo tudo, foi o momento mais feliz da minha vida, e eu estava quase dormindo, finalmente. Até Bert passar completamente nu na minha frente, em direção ao banheiro, com a bunda toda roxa e mancando, que puta visão do inferno.

-Bert! Meu deus cade a sua dignidade!? Gritei enquanto jogava um travesseiro, para ele se cobrir. -Acabou de me ouvir gemer por horas e não pode me ver pelado? Até parece. Ele gargalhou, ao que entrou e se trancou no banheiro. Bufei e fui dormir, no dia seguinte eu tinha aula a tarde, então não precisava me preocupar com horários. E meu colega de quarto provavelmente não iria a aula com a bunda doendo, e iria abusar da minha boa vontade de trazer comida para ele ou inventar desculpas aleatórias para os professores. Eu só o ajudava porque já tinha feito muita coisa por mim, e porque algum dia ele iria retribuir os atos.

Bert e eu nos conhecemos no primeiro ano da faculdade, e somos inseparáveis desde então. Ele me ajudou a conhecer pessoas, me enturmar e fora que quando minha mãe esteve doente durante o último verão, ele foi comigo para a casa e me ajudou a cuidar dela o verão todo. Eu sempre seria grato por tudo que Bert fez por mim, e sempre tentaria retribuir. Ele era uma pessoa muito importante, e eu tenho certeza que nada nunca irá nos separar.

Acordei um pouco antes do horário do almoço, quando me deparei com uma mensagem do Gerard que me arrancou um sorriso, me senti até mal por não ter respondido antes, mas eu realmente não tinha visto. Se tivesse não perderia tempo antes de responder, mas infelizmente, tinham dois coelhos que me atrapalharam. "Chegar eu cheguei, difícil foi dormir com dois caras no cio na cama ao lado. E você?" Respondi e botei o celular no criado mudo, afim de tomar um banho para pegar algo para Bert comer, o mesmo encontrava-se dormindo de bruços enquanto agarrava um travesseiro.

Quando cheguei no quarto, sentei no pe da cama de Bert e o acordei, esperando ele levantar para entregar o saco com alguns pães de queijo e um mate. -Obrigada anão, e desculpa pela barulheira de ontem... eu não via um pau a anos. Ele falou enquanto sentava e pegava a sacola. -Com anos você quer dizer algumas horas né? Respondi e ele riu, fazendo que sim com a cabeça. -Mas isso é muito tempo, não é que nem você que já deve estar meses sem transar mas ainda é muito tempo. Ele falou arregalando os olhos, e eu dei um tapa leve em seu ombro. -Pelo menos você é viciado em pau, não em droga.

Every Breath- FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora