chapter 2- Gerard

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Depois que Frank foi embora as pressas, eu confesso ter ficado um tanto quanto abalado. O menino tinha me passado uma energia boa, e se tivéssemos tido mais alguns minutos eu teria conseguido beijar aqueles lábios finos e atraentes.

Normalmente quando eu ficava com alguém em bares eu estava bêbado, drogado ou só frustrado. Mas nunca havia tido um processo antes, era tudo muito direto, muitas das vezes não precisávamos nem trocar palavras e minutos depois estávamos em algum quarto barato de motel ou só em algum canto mais escondido daquele bar fazendo um sexo não muito agradável, mas estimulante.

Com Frank tinha sido diferente, tivemos um momento especial. Não foi uma coisa direta e sem significado. Pode ter sido algo de uma noite, e provavelmente eu nunca o veria de novo, mas eu tinha essa sensação de que eu o encontraria novamente, e tomaria aqueles lindos lábios como eu queria fazer na noite anterior.

Então quando ele foi embora, eu também fui. Quando eu cheguei, eu queria encher a cara como qualquer pessoa num bar, mas com o rumo que tomou aquela noite eu só queria ir pra casa e dormir, porque eu voltaria no dia seguinte pro mesmo bar.

Com a esperança de ve-lo de novo.

E assim o fiz, cheguei em casa tomei meu banho e dormi, acordando no dia seguinte no meu horário não habitual já que tinha ido dormir muito mais cedo do que o costume.

Depois de muito insistir em continuar dormindo, finalmente abri os olhos e me sentei na beirada da cama esfregando os olhos e bocejando, até me deparar com um incômodo entre as minhas pernas, cujo não era muito normal quando acordava.

Levantei e me dirigi até o banheiro do apartamento ligando o chuveiro quente e esperando esquentar enquanto escovava minha boca podre de pós-sono. Quando entrei no chuveiro senti meu "problema" latejar ainda mais, e estranhamente, tudo que eu conseguia pensar era no garoto da noite anterior e imaginar aqueles lábios atraentes fazendo pressão contra mim, naquela e outras partes específicas.

"Oh meu deus, oque eu estou me tornando?!" O pensamento ecoava pela minha cabeça enquanto me tocava com a água quente rebatendo pelas minhas costas. Porém sendo ofuscado por todos aqueles pensamentos impuros a respeito de Frank, o homem que tinha conhecido na noite anterior, e que nem sequer havia beijado ainda.

O cômodo foi logo tomado por gemidos guturais, enquanto eu me liberava contra minha mão, mais aliviado porém ainda estático, "mal conheci o cara e já estou batendo uma pensando nele, deplorável Gerard, deplorável".

Após uma boa lavagem naquele meu sebo e corpo, saí com a toalha em meu quadril até o closet do quarto, do qual retirei uma blusa preta do Metallica, uma calça jeans apertada e rasgada em alguns pontos e meu coturno militar velho e querido. Eu usava ele desde a minha fase punk, da qual eu não tinha saído até hoje.

Delineei os olhos com meu lápis de olho insubstituível, e distribuí algumas borrifadas do meu perfume habitual e desodorante, nas axilas e um pouco naquelas partes mais abafadas. Eu estava me preparando todo para algo que eu nem tinha certeza se aconteceria ou não, era só um Pressentimento, só isso.

Algumas horas depois, depois de comer um pouco de cereal, peguei a carteira e meu café, num copo velho da Starbucks, daqueles descartáveis, mas que eu fazia questão de guardar e encarar aquele nome escrito errado na lateral do copo "Gerad", ao mesmo tempo que era angustiante observar aquilo, ainda era um tanto quanto engraçado e me arrancava risadas baixas sempre que lia.

Com tudo em mãos liguei a minha scooter Bee50, usada, vintage e em ótimo estado naquele tom claro meio bege, e saí do prédio logo chegando as redondezas do bar, que antes de entrar direto, resolvi passar em uma lanchonete para comer um salgado e tragar um cigarro, a qual era na rua em frente ao bar de segunda categoria.

Ainda estava muito cedo, para o horário de pico de horário. Com o relógio marcando quatro e meia da tarde, resolvi que ficar ali observando as ruas peculiares de Jersey enquanto tragava meu cigarro por algumas horinhas não seria uma ideia ruim, então o fiz.

Pouco depois das seis, quando eu já tinha pagado a conta, e estava prestes a levantar dali e me guiar ao bar, quando avistei aquele pequeno corpo atraente adentrando o mesmo, com o homem energético que tinha levado Frank na noite anterior. O menor parecia procurar por algo, ou alguém, e pouco depois de ele entrar eu segui o meu caminho e Adentrei o bar, sentando no balcão e esperando que ele me visse ali, e fosse até mim.

Fiz um gesto para o barman me trazer uma dose de whiskey enquanto procurava ser discreto com o meu olhar que tentava achar o garoto no meio do recinto que cada vez enchia mais, já começando o horário de pico. Quando minha dose chegou, agradeci o homem que assentiu logo se dirigindo a algum outro cliente que esperava por sua bebida. Avistei Frank não muito longe dali, enquanto conversava com o seu amigo de ontem enquanto disfarçadamente jogava um olhar pelo espaço, procurando algo.

-Esperando por alguém? O barman perguntou, me tirando do transe em que me encontrava ao que surgiu repentinamente atrás do balcão a minha frente enquando secava um copo com um paninho. -Não necessariamente. Respondi, eu esperava por Frank, mas nós não tínhamos marcado nada então não faria muito sentido dizer que sim. -Ah sim, vou te trazer mais uma dose. Por conta da casa! Ele falou esboçando um sorriso simpático e um pouco malicioso enquanto se retirava para me servir outra dose da bebida.

-Aqui. Me chamo Adam, como se chama? O homem perguntou, se apoiando no balcão logo após de me servir a bebida. -Gerard. Respondi, retribuindo um sorriso simples, mas ainda assim, focado em não perder Frank de vista, ao que andava pelo bar procurando por alguém, ou eu. -E o que faz aqui Gerard? Adam disse. -Eu vim beber, e também... vim procurar uma pessoa. Respondi, depois de uma pausa de alguns minutos. Observando uma leve expressão de descontentamento ser impressa rapidamente em sua face, mas logo disfarçando com o mesmo sorriso de antes.

Assim que Frank direcionou seu olhar em minha direção, eu rapidamente desviei o olhar para a minha bebida, enquanto ele caminhava até o banco ao meu lado lentamente, com um sorriso simples de lábios e encarando o chão, ao que se sentava ao meu lado, e o barman logo percebia sua presença ali e o quanto eu havia corado bruscamente. -Prazer em conhece-lo Gerard, se precisar de algo só me chame. Ele afirmou, enquanto abria um sorriso e se retirava, me deixando sozinho com Frank.

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Oie, tenho que me desculpar pelos capítulos curtos. Mas com o tempo eu vou ir tentando deixar um pouco maior.

Não sou muito experiente em escrever fanfic ajdbsjsja mas eu tento.

Votem e comentem :)

Every Breath- FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora