2 - Jonathan

507 34 3
                                    

Nesse capítulo iremos conhecer Jonathan, o nosso CEO herdeiro.

Curtam, comentem e compartilhem!

E é claro, se divirtam!

**********

Mais uma dessas enfadonhas reuniões bimestrais com as gerências regionais, já cansei de falar a meu avô que as informações que a gente recebe nessas reuniões qualquer relatório daria conta de passar. Mas ele, com a imensa teimosia que só quem já passou dos 70 consegue ter, faz questão dessas reuniões, já que para ele o importante é mostrar que quem comanda dá poder mas vigia, ele sempre diz “se você prende um cachorro com uma corda grande que está presa em algum lugar o cachorro não vai longe, se você solta o que prendia essa corda mas ainda a deixa amarrada na coleira os cachorros continuam a obedecer os limites antigos, sua avó sempre dizia ‘homens são como cachorros’ e mulher a gente não contrária meu filho”.

E como sempre, meu avô começa a falar qualquer uma dessas suas besteira motivacionais e é bajulado por ser o presidente: “Ótimas palavras senhor Hayes”, “Brilhante como sempre” e todas essas coisas que qualquer empregado falaria para o chefe para agrada-lo. Depois o diretor administrativo fala do balanço nacional, seguido do diretor de produção e do diretor de comercial, seguimos sempre a mesma ordem. E aí vem a parte mais cansativa, o gerente de cada um dos estados fala sobre os últimos dois meses e a implantação, dificuldades e exceções, seguindo a ordem alfabética dos Estados.

E como se não bastassem horas intermináveis de reunião e minha contagem regressiva de quantos estados faltavam, meu avô ainda me chama pra conversar.

- Tem que ser hoje? – Perguntei esperançoso.

- Você sabe a resposta. Em dez minutos no meu escritório.

E mais uma vez, o senhor Robert Hayes quer que eu faça as coisas no tempo dele, e nesse tempo cada minuto é precioso e indispensável. Resolvi segui-lo, ele parou, me olhou e falou:

- Eu falei dez minutos Jonathan, não um!

- Ok senhor.

E como sempre, meu avô resolve me ensinar alguma lição que eu não me importo. Desde os seis anos meu avô me criou, sofri um acidente com meus pais num avião bimotor e eles não sobreviveram, minha avó viveu conosco até meus dez anos, e depois disso sempre fomos nos dois.

Não sei muito a história da minha mãe, meus pais me falaram pouco sobre eles antes de morrer, afinal esses não eram questionamentos para uma criança com seis anos, e meu avô sempre disse que sabe sobre a minha mãe apenas a partir do momento que ela começou a namorar meu pai. Então basicamente meu avô é minha família.

Onze minutos depois entro no escritório do temido e adorado senhor Robert Hayes.

- Oi vô. – Disse entrando.

- Sente-se Jonathan. – Isso era sinônimo de problema.

- Está tudo bem vô? – Disse enquanto sentava.

- Está, só preciso conversar uma coisa com você sobre a empresa... Filho, você sabe que é o meu sucessor e que venho te preparando pra isso. – Respirou fundo... Com certeza é problema. – E que eu pretendo fazer essa transição em vida...

- Vô, você ainda tem...

- Não me interrompa Jonathan!

- Desculpa.

- Como eu estava dizendo, pretendo fazer essa transição em vida, mas você ainda não está pronto e eu pretendo acelerar as coisas.

- Como assim?

- Acredito que você ainda não tem maturidade suficiente pra assumir a empresa, e eu já tenho 76 anos, não posso me dá o luxo de esperar você resolver tomar juízo. – Eu tenho bastante juízo.

- E como você espera fazer isso?

- Você vai fazer. Você vai se casar! – Ele só pode tá caducando.

- Como assim, eu vou me casar?

- O casamento amadurece o homem, eu casei aos 20 anos e foi junto com sua avó que consegui construir isso tudo. – Disse abrindo os braços. – Infelizmente o seu pai não teve tempo pra mostrar o amadurecimento proveniente do casamento, mas você terá.

- Eu não vou me casar vô! – Disse levantando.

- Você casa ou perde a herança!  - Parei pra olha-lo pra saber se ele estava falando realmente sério. – E não digo só essa cadeira, mas tudo. Você é um homem feito, 27 anos, formado em administração, com especialização e MBA, e tem no currículo que é CEO de uma das maiores empresas dos Estados Unidos. Acredito que não terá dificuldade pra encontrar um emprego.

- Eu ser despedido da empresa do meu avô é dificuldade suficiente pra mim, aposto que vai correr pelo mercado que eu fiz alguma besteira e fui demitido por isso. Ninguém vai acreditar que meu avô me despediu só porque eu não quis casar. – Ele riu.

- Então acho bom você casar. Tenho algumas sugestões de mulheres que você pode se interessar, mas você tem liberdade pra escolher.

- Com certeza eu escolherei, e não será ninguém da sua lista.

- Quer dizer que já tem pretendente? – Disse parecendo contente. - Lembre-se de escolher alguém que queira crescer com você.

- É só isso senhor Hayes? – Já que era uma transição comercial.

- Sim Jon, e não se irrite, você perceberá que é pro seu bem.

Preferi não responder, fui até a minha sala peguei minha pasta e fui embora. Para o meu apartamento, a decisão mais sabia que tive quando voltei pra Nova York foi não voltar a morar com meu avô. Agora preciso dá um jeito nessa história de casamento, e isso não é algo que eu almejo pelos próximos dez anos pelo menos.

*********

E agora Jonathan?!

O que vocês estão achando da história?


Não esqueçam de darem uma estrelinha a esse capítulo e compartilhar.

A Noiva Perfeita. (Livro 01 - CEO Herdeiro) [Degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora